O Blog Grandes Seleções pretende divulgar o futebol de seleções pelo mundo, em todas as épocas. Este é o espaço pra você relembrar aquela seleção que te encantou, que te fez raiva ou te encheu de alegria. Todas as informações das eliminatórias, amistosos internacionais e da Copa, você encontra aqui!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Dinamáquinas

México, 4 de Junho de 1986. 13ª Copa do Mundo. Grupo E. Estádio Neza 86. Dinamarca contra Escócia. Resultado: 1 x 0, gol de Elkjær Larsen(campeão do scudetto 84/85 pelo Hellas Verona), vitória da Dinamarca. Este foi o começo do lendário time Dinamarquês que surpreendeu o mundo na Copa do México, e que conquistou a Eurocopa em 1992.

Em 1979, o treinador alemão Sepp Piontek assume a seleção da Dinamarca, após a recente profissionalização do futebol no país. Em sete anos de trabalho, Piontek leva a seleção para sua primeira participação em Copas do Mundo. Mesmo com uma boa campanha na Euro-84, na qual chegou à fase de semi-final, nada se esperava de uma seleção estreante em Copas.

A vitória contra a Escócia (treinada por Alex Fergunson) colocou o time na liderança do Grupo E, que era completado por Uruguai e Alemanha. A próxima partida seria contra o time celeste, que possuía em seu elenco o craque platino, Enzo Francescoli, além do goleiro Rodolfo Rodríguez, do são-paulino Dario Pereyra e o eficiente meia Colorado Rubén Paz.

A Dinamarca abriu 2 x 0 ainda no primeiro tempo. Francescoli diminuiu de pênalti aos 45 minutos. O Uruguai foi para o vestiário crente que sofrera um pequeno susto, e que poderia reverter a situação no tempo complementar. Aos 7 minutos da segunda etapa o jovem promissor da Juventus, Michel Laudrup faz 3x1. O artilheiro Elkjær Larsen faz mais dois (já tinha feito o primeiro gol da partida aos 11 minutos) e o jogador do Manchester United, Jesper Olsen finaliza a goleada histórica. 6x1 nos celestes bicampeões mundiais.

A próxima partida seria contra a temível Alemanha, sempre perigosa em qualquer torneio de Futebol. Dessa vez o time de Franz Beckenbauer sairia derrotado contra uma sensação da Copa (havia ganhado do Carrossel Holandês na final de 1974). 2 x 0, gols de Jesper Olsen e Eriksen.
Dinamarca classificada para a segunda fase do torneio. Com todos os pontos aproveitados, 3 vitórias históricas e com a torcida de boa parte do mundo. Jogaria contra a Espanha, segunda colocada no Grupo D, que tinha Brasil, Irlanda do Norte e Argélia.

A Dinamarca era a favorita. Tinha um time melhor. Mas a tarde de 18 de junho foi de Emilio Butragueño, na época um jovem de 22 anos, futura lenda do Real Madrid. A Dinamarca saiu na frente com J. Olsen, mas no final do primeiro tempo, Butragueño empata pra Fúria. No segundo tempo, o jovem do Madrid faria mais 3 gols e com outro gol anotado por Goikoetxea, a Dinamáquina é eliminada pelos espanhóis, segunda vez em dois anos. Os craques Michael Laudrup, Allan Simonsen, Elkjær Larsen voltam pra casa mais cedo, muito cedo.
Com campanhas fracas na Eurocopa de 1988, e na eliminatória pra Copa de 1990(na qual não se classificou) e com a iminente saída do técnico Piontek, a Dinamáquina, e toda sua geração parecia ser mais um sonho de verão, destes que costumam aparecer em tempos de Copas.

Em 1990, Piontek foi substituído pelo treinador-assistente Moller Nielsen. Na Euro de 1992, a Dinamarca perde sua vaga para a Seleção da Iugoslávia, porém, num ato de pura magia futebolística, a UEFA suspende a participação da Iugoslávia, devido à guerra que acontecia na região, e a Dinamarca entra na competição. Porém, seu maior jogador não participaria. Michael Laudrup ficou de fora da convocação da equipe devido a desavenças com o técnico Nielsen. Mas o DNA da família Laudrup estaria presente nas veias do caçula Brian Laudrup, jogador do Bayern de Munique.
Na Euro-92, com uma vitória, um empate e uma derrota, a Dinamarca se classificaria em segundo lugar, atrás da Suécia (que ficaria em 3º lugar na Copa de 1994). Após um empate em 2x2 contra a atual campeã européia Holanda, o time de Nielsen passa para a final da competição, após Van Basten ser o único a errar na disputa de pênalti.

A final da Euro seria contra a Alemanha, na época bicampeã européia. No dia 26 de junho de 1992, com uma vitória de 2x0 a Dinamarca entra para a história como campeã européia. Seu único triunfo, e sem sua maior estrela. Mas com um dos maiores goleiros da história, o Grande Dinamarquês, mito do Manchester United: Peter Schmeichel, que defendeu o pênalti de Van Basten na Semi-Final.

Não se classificou para a Copa de 1994, ficando um ponto atrás do algoz Espanha, e sendo eliminada na primeira fase da Eurocopa de 1996, em que a Alemanha se tornou tricampeã.
Em 1998, veio o fim da 2ª parte da melhor geração do futebol dinamarquês. Com campanha razoável na primeira fase, com uma vitória sobre a Arábia Saudita, empate contra África do Sul e derrota frente à anfitriã França, se classificou em Segundo Lugar no Grupo C. Nas Oitavas de Final, enfrentou a forte seleção da Nigéria (que eliminara a Espanha, com uma falha histórica de Zubizarreta) e goleou por 4x1.

Superando a sua única participação anterior em Copas, o time, que desta vez reuniu os irmãos Laudrup, o lendário Schmeichel, e o jovem Martin Jorgensen da Udinese, foi eliminado pelo Brasil após uma derrota por 3x2, numa das melhores partidas do torneio.

Engrenagens da Máquina:

Allan Simonsen:

Apesar da participação pequena na campanha da Dinamáquina em 1986, Allan Simonsen foi, ao lado de Schmeichel, o mais bem sucedido futebolista dinamarquês.Foi peça fundamental do histórico time do Borussia Mönchengladbach na década de 1970. Foi bicampeão da atual Copa da Uefa (atual Liga Europa) em 1974/75 e 1978/79. Tricampeão alemão entre 1974/75 a 1976/77, e vice-campeão da Liga dos Campeões em 1976/77 perdendo para o Liverpool na Final. Nesta mesma temporada, 1976/77, ganharia a bola de ouro européia.
Em 1979 iria para o Barcelona, mas os tempos na equipe da Catalunha não eram dos melhores. Passaria pelo Charlton Athletic antes de se aposentar no Vejle Boldklub, clube de sua cidade natal.

Michael Laudrup:

Nasceu em 1964, começou a carreira no Brondby. Permaneceu no time dinamarquês durante uma temporada e foi contratado pela gigante Juventus. Devido a regra da época que limitava apenas 2 jogadores estrangeiros no elenco (no caso da Juventus, Platini e Boniek) Laudrup foi repassado pra Lazio, que vivia uma fase ruim. Em 1985, a venda do polonês Boniek para a Roma possibilitou a vinda de Laudrup para o time que detinha o título de campeão europeu. No fim de 1985 ganharia o mundial interclubes contra o Argentinos Juniors. Com a aposentadoria de Platini em 1987, Laudrup herdou o posto de craque do time. Não foi bem nas temporadas seguintes, dominadas pelo Napoli, de Maradona, Milan, de Van Basten e Inter, de Matthäus. Acabou se trasferindo para o Barcelona.

Na equipe catalã, fez parte do Dream Team de Cruyff, e junto com Ronald Koemam e Stoichkov, os, agora, 3 estrangeiros permitidos, levantaram a Liga dos Campeões em 1992, contra a Sampdoria e quatro títulos consecutivos da Liga Nacional. Com a contratação de Romário, foi deixado de lado, e, insatisfeito com o tratamento seria vendido para o Real Madrid. Conseguiria pelo clube da capital, seu quinto título nacional seguido. O Real entrou em crise, e por conta da cota de estrangeiros foi vendido pro Japão para a entrada do craque Croata Davor Suker. Retornou do Japão para se aposentar como jogador do Ajax, clube que quisera contratá-lo aos 13 anos.

Atualmente, Michael Laudrup é treinador do Mallorca.

Elkjær Larsen:

Nascido em 1957, Elkjaer Larsen começou a carreira no pequeno Vanlose, e se transferiu em pouco tempo para o alemão Colônia. Foi campeão alemão da temporada 1977/1978 e foi vendido para Lokeren da Bélgica.

Pelo time belga, permaneceu por 6 temporadas. Chegou a marca de 98 gols na liga nacional. Foi vice-campeão belga na temporada 1980/1981, entrou na história do clube, e foi vendido em 1984 para o Hellas Verona.

Na Itália, fez história ao conquistar o scudetto de 1984/85, ficou em 3º lugar no prêmio Bola de Ouro em 1984 e em 2º no ano seguinte, perdendo para Platini nas duas ocasiões.

Brian Laudrup:

Enquanto seu irmão brilhava no México, Brian começava sua carreira no mesmo Brondby. Seu sobrenome sempre teve um peso a mais, e já em 1987 debutava pela seleção nacional. Se transferiu para a Alemanha no final da década de 1980. Ajudou o pequeno e provincial Bayer Uerdingen a permanecer na 1ª Divisão e chamou a atenção do poderoso Bayern de Munique. Em duas temporadas pelo time, Laudrup não conseguiu nada notável, sofreu uma lesão grave no joelho e foi vendido no verão de 1992 para a Fiorentina.Mas antes seria convocado para a Eurocopa de 1992, na qual, sem a presença de seu irmão, teve papel fundamental na conquista.Em alta após a conquista da Euro, chegou à Florença com status de craque, mas viveu um inferno quando o time, que contava com Batistuta, foi rebaixado para a 2ª divisão. Foi emprestado para o Milan, e foi campeão Europeu em 1994, contra o Barcelona do irmão Michael, porém ambos não foram relacionados para a final, preteridos por outros jogadores estrangeiros. Apesar do título, sua passagem por Milão foi ruim, figurando na maioria das vezes no banco de reservas da equipe.
Não queria retornar para Fiorentina, que havia retornado à Serie A, e foi vendido para o Glasgow Rangers. Na Escócia, recuperou o sucesso, e ganhou 3 ligas nacionais durante 4 temporadas.

Foi para a Copa de 1998 ao lado do irmão, e com um elenco forte, conseguiu uma boa campanha, chegando às quartas-de-final, eliminado pelo Brasil, e foi um dos destaques do torneio.
Após a Copa, foi jogar no Chelsea, Copenhague e Ajax (substituindo o recém aposentado Michael Laudrup). Aposentou-se em 2000, aos 31 anos, devido a lesões.

Peter Schmeichel:

Peter Schmeichel sempre estará numa lista dos maiores goleiros da história. Se destacou no mesmo Brondby dos irmãos Laudrup, ganhando 4 campeonatos dinamarqueses. Foi contratado pelo Manchester United em 1991, foi elemento essencial nas primeiras glórias de Alex Ferguson pelo clube, e só deixou o clube em 1999, com a conquista heróica da Liga dos Campeões, contra o Bayern de Munique.

Foi apelidado de “The Great Dane” ( O Grande Dinamarquês), e será lembrado pelos milagres produzidos a partir da sua extraordinária elasticidade. Ganhou 5 Premier Leagues e 3 FA Cups pelos Red Devils .

Jogou ainda pelo Sporting, no Aston Villa e no rival Manchester City.

Por Frederico Machado.

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Amistosos Internacionais! Argentina, França e Portugal vencem clássicos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Data FIFA movimentou as grandes seleções do futebol mundial para os amistosos internacionais. Por sinal, foram muitos jogos interessantes, clássicos do nível de Portugal x Espanha, Brasil x Argentina e Inglaterra x França. Confira um resumão:

Argentina 1x0 Brasil
Jogando em Doha, no Catar, a Argentina derrotou o Brasil pelo placar de 1x0, com um gol de Messi nos acréscimos da partida. Desde 2005 que os “hermanos” não venciam a seleção brasileira. O confronto foi equilibrado, mas o Brasil apresentou um maior volume de jogo na primeira etapa. Nos 45 minutos finais, a partida caiu de rendimento, devido ao calor e as mudanças processadas pelos treinadores. Nos acréscimos, porém, a Argentina achou um gol, quando Douglas perdeu a bola para Messi, que tabelou com Lavezzi, e chutou rasteiro para vencer Victor. Assim termina o ano de 2010 para a seleção brasileira. Depois de uma participação apagada no Mundial, a equipe (agora do técnico Mano Menezes) perde para o maior rival. Já a Argentina, apesar de eliminação humilhante na África do Sul, tem mais motivos para sorrir, afinal a albiceleste encantou na Copa do Mundo. Em 2011, tem Copa América e a probabilidade de Brasil e Argentina se encontrarem nas fases mais agudas é muito grande.

Portugal 4x0 Espanha
Jogando no Estádio da Luz, em Lisboa, Portugal teve uma atuação de gala e atropelou a campeã do mundo de 2010 com uma goleada histórica. O jogo, vale ressaltar, serviu para promover a candidatura dos dois países para as Copa de 2018 ou 2022. A seleção portuguesa, que caiu diante da mesma Espanha na Copa do mundo, partiu para cima. Aos 36 minutos, Cristiano Ronaldo fez linda jogada, driblou vários jogadores, poderia ter feito um golaço, mas Nani (em impedimento) decidiu completar o gol feito e invalidou o lance de seu companheiro. Mas aos 45, os tugas abriram o placar com Carlos Martins. Na etapa final, João Moutinho cruzou e Hélder Postiga, de letra, marcou um lindo gol, fazendo 2x0. A apatia da seleção espanhola na partida espantou. Aos 23, Postiga, outra vez, fez 3x0. E aos 49 foi a vez de Hugo Almeida completar a festa lusitana. A seleção de Portugal, agora comandada por Paulo Bento, surpreendeu com essa bela vitória e fechou com chave de ouro um ano de participação discreta na Copa, apesar de ter aplicado a maior goleada da competição (7x0 na Coréia do Norte). Já a Espanha, após o título inédito, perdeu suas forças e termina 2010 com o amargo gosto de duas goleadas para rivais em amistosos: Argentina (em Setembro) e Portugal.

Holanda 1x0 Turquia
A Laranja Mecânica, vice-campeã do mundo, continua mostrando sua força. Depois da Copa, somou sua quinta vitória em seis jogos, sendo que um time reserva jogou no empate com a Ucrânia em Agosto. Em Amsterdã, a equipe do técnico Bert Van Marwijk venceu a Turquia pelo placar de 1x0, com gol do sempre oportunista Huntelaar. De negativo, a contusão do zagueiro Mathijsen, que deixou o campo sentindo muitas dores após torcer o pé direito. O resultado coroa um ano “muito bom”, que poderia (para alguns deveria) ter sido o ano do título mundial.

Inglaterra 1x2 França
Crouch marca um bonito gol, mas não consegue evitar a derrota da Inglaterra para a França. Um ano péssimo para a seleção inglesa, que iniciou Janeiro como favorita da Copa e, após vários escândalos, termina 2010 com resultados e atuações vergonhosas.

Depois de um ano trágico, com campanhas pífias no Mundial, ingleses e franceses tiveram a oportunidade de apagar a má impressão. Em Wembley, naturalmente, o “English Team” tinha a obrigação de corresponder e conseguir uma boa vitória. Mas o inferno astral da seleção de Fábio Capello parece não ter fim. Após a Copa, a equipe empatou com Montenegro em Wembley pelas eliminatórias da Euro e, hoje, perdeu para a França, que fez uma das piores campanhas da Copa. Depois de certa pressão, os “bleus” abriram o placar com Benzema, aos 17 minutos de jogo. A Inglaterra recebeu vaias no intervalo e até ensaiou uma pressão no início do segundo tempo, mas recebeu um balde de água fria com o gol de Valbuena aos 11 minutos. O grandalhão Peter Crouch ainda deixou o seu, já na reta final do confronto. Mas o placar de 2x1 persistiu. Se, para os ingleses o ano termina com um saldo negativo, os franceses, pelo menos, têm motivos para esperar um futuro melhor. A equipe cresceu com L. Blanc no comando. Mas o verdadeiro teste só acontecerá na Euro 2012, caso a França conquiste a vaga.

Suécia 0x0 Alemanha; Romênia 1x1 Itália.
Em Gotemburgo, Suécia e Alemanha fizeram uma partida ruim tecnicamente e o placar de 0x0 foi merecido pela atuação das duas equipes. A seleção sueca se plantou na defesa, impediu os germânicos de jogarem e, mesmo assim, jogadores como Kroos e Khedira criaram chances claras de gol. A Alemanha, uma das grandes forças do futebol mundial, passa por uma boa fase e as perspectivas são boas para 2011, enquanto que a Suécia precisará mostrar muito futebol para conseguir uma vaga na Euro 2012.
A Itália, outra grande potência do futebol mundial, empatou com a Romênia pelo placar de 1x1. Aos 34 minutos, Marica abriu o placar para os romenos e os italianos só conseguiram o empate aos 37 da etapa final, com gol de Quagliarella. De negativo, é que houve manifestações racistas contra o atacante Mario Balotelli da seleção italiana. Enfim, os romenos terminam 2010 em baixa, algo comum para uma seleção que desde 1994 não aparece com uma boa geração. A Itália, campeã do mundo de 2006, ainda colhe os cacos do desastre no Mundial da África do Sul. Mas com Cesare Prandelli no comando, a seleção italiana está conseguindo bons resultados nas eliminatórias para a Euro.

Resultados:
Na despedida de Marcelo Bielsa, que não se entendeu com a nova diretoria, o Chile venceu o Uruguai por 2x0, em amistoso realizado nesta Quarta-Feira. A torcida fez uma homenagem ao treinador que resgatou o futebol chileno.

Escócia 3x0 Ilhas Faroe
China 1x0 Letônia
Hong Kong 0x7 Paraguai
Montenegro 2x0 Azerbaijão
Omã 0x4 Bielorússia
Eslováquia 2x3 Bósnia-Herzegovina
Rússia 0x2 Bélgica
Albânia 0x0 Macedônia
Argentina 1x0 Brasil
Bulgária 0x1 Sérvia
Hungria 2x0 Lituânia
Egito 3x0 Austrália
Israel 3x2 Islândia
Estônia 1x1 Liechtenstein
Dinamarca 0x0 República Tcheca
Luxemburgo 0x0 Argélia
Suíça 2x2 Ucrânia
Áustria 1x2 Grécia
Holanda 1x0 Turquia
Polônia 3x1 Costa do Marfim
Romênia 1x1 Itália
África do Sul 0x1 EUA
Irlanda 1x2 Noruega
Suécia 0x0 Alemanha
Irlanda do Norte 1x1 Marrocos
Eslovênia 1x2 Geórgia
Inglaterra 1x2 França
Portugal 4x0 Espanha
Chile 2x0 Uruguai
Colômbia 1x1 Peru
Equador 4x1 Venezuela

Eliminatórias p/ Eurocopa

Grupo E

Finlândia 8x0 S. Marino
No confronto de lanternas do grupo E, a Finlândia atropelou San Marino (seleção mais fraca que qualquer clube da segunda divisão do campeonato mineiro). Os finlandeses somaram seus três primeiros pontos, mas dificilmente brigarão por vaga em grupo que é dominado pela Holanda e que tem Hungria e Suécia almejando a segunda colocação. S. Marino e Finlândia só voltam a campo em Junho do ano que vem, quando fazem o jogo de volta, dessa vez em S. Marino.

Grupo F

Croácia 3x0 Malta
Niko Kranjcar foi o grande nome da Croácia no jogo contra Malta.

A Croácia venceu Malta e voltou a liderança do grupo F, passando a Grécia na classificação da chave. Niko Kranjcar foi o grande nome do jogo, marcou dois gols e contribuiu para a importante vitória dos eslavos. Kalinic também deixou o seu. Em Março do ano que vem, a Croácia visita a Geórgia. Já a seleçao de Malta recebe a Grécia.

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Noruega

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Noruega é a única seleção que jamais foi derrotada pelo Brasil. Em quatro jogos, foram duas vitórias dos escandinavos e dois empates. Parece pouco? Então se eu disser que as duas vezes que a Noruega venceu o Brasil foram inesquecíveis? Em 1997, em um amistoso, a Noruega ganhou da seleção brasileira, tetra campeã do mundo em 94, pelo placar de 4 a 2. Em 1998, uma virada histórica, em um jogo de vida ou morte para os noruegueses na Copa do Mundo da França. Placar: Noruega 2x1 Brasil! Este resultado classificou, pela primeira e única vez, a seleção da Noruega para as oitavas de final de uma Copa. Uma partida que entrou para a história! A seleção que se tornou a pedra no caminho dos brasileiros, enfim, era respeitada e temida no mundo da bola.
Jogadores comemoram após a vitória contra o Brasil, pela Copa do Mundo de 1998! Uma virada histórica da Noruega que, pela primeira vez, conseguiu passar de fase em uma Copa.

Tudo começou no dia 12.07.1908, um clássico da Escandinávia, quando, pela primeira vez, Noruega e Suécia entraram em campo para disputar uma partida de futebol. O jogo foi realizado em Gutemburgo, na Suécia, e terminou com o placar de 11x3 para os suecos. Demorou muito para os noruegueses conseguirem sua primeira vitória. Na verdade, isso só aconteceu em 1918, quando venceram a Dinamarca por 3x1, em Oslo. Em 1920, o primeiro grande feito da Noruega: uma surpreendente vitória por 3x1 contra a seleção do Reino Unido, resultado que desclassificou os britânicos dos Jogos Olímpicos de Antuérpia. Na fase seguinte, porém, os escandinavos foram eliminados pela Tchecoslováquia. Daquele time, o capitão Andersen e o artilheiro Gundersen merecem destaque especial.
Jorgen Juve é o maior artilheiro da Noruega de todos os tempos. Marcou 33 gols em 45 jogos. Curioso que é o craque começou a carreira na seleção como atacante, mas depois passou a jogar no meio de campo e na lateral-direita. Em 1936, foi o capitão e o grande nome da Noruega nos Jogos Olímpicos de Berlim. Por sinal, este foi o melhor desempenho da Noruega na competição, ficando com o bronze. Johanssen era o goleiro, responsável por salvar a Noruega em várias oportunidades. Isaksen e Brustad faziam uma temida dupla de ataque. Kvammen era o maestro. Não por acaso, a Noruega foi considerada uma das seleções mais fortes da década de 30. A Itália, no entanto, começou cedo a atrapalhar a vida dos noruegueses. Durante a história, a Noruega esteve por quatro vezes com reais chances de conseguir destaque em uma grande competição, mas sempre foi freada pela Itália. A primeira foi em 1936, nas Olimpíadas de Berlim.
Em sua estreia nos Jogos Olímpicos de Berlim, a Noruega atropelou a Turquia, com uma goleada por 4 a 0. Nas quartas de final, um encontro memorável com a Alemanha do ditador Adolf Hitler, anfitriã dos Jogos. Mesmo com o estádio completamente lotado pela torcida alemã, a Noruega não se intimidou e conseguiu uma bela vitória por 2x0, com dois gols de Isaksen. Sensacional! A partir dali, a Noruega se tornou uma forte candidata ao ouro olímpico, mas para isso precisaria superar a campeã do mundo de 1934: a Itália. Noruegueses e italianos fizeram uma partida muito equilibrada, com o placar de 1x1 no tempo normal, gols de Negro para a Itália e Brustad para a Noruega. Na prorrogação, Frossi marcou para a Squadra Azurra, finalizando assim a vitória da Itália por 2 a 1. Para a Noruega, restou a disputa do bronze, contra a boa seleção da Polônia. Em grande partida, a Noruega venceu por 3 a 2, um “hat-trick” de Brustad. A Polônia marcou com Wodarz e Peterek. A terceira colocação deu muita moral ao país nórdico, que conseguiu a classificação para disputar sua primeira Copa do Mundo em 1938.
Após passar pela Irlanda nas eliminatórias, a Noruega chegou a Copa de 1938, na França, com expectativa de fazer uma boa campanha. O primeiro e decisivo jogo era contra a Itália, a grande seleção da década de 30. Era a chance da Noruega se vingar da eliminação nas semifinais dos Jogos Olímpicos de 1936. Mas isso não aconteceu! Pela segunda vez, a Itália frustraria o sonho dos escandinavos. Um jogo nervoso e bastante disputado, novamente. A partida aconteceu na cidade de Marselha, no dia 05.06. Logo aos dois minutos, Ferrari colocou a Itália em vantagem. Após muita pressão, Brustad driblou toda a defesa italiana e fez um golaço aos 37 minutos do segundo tempo. Com o jogo empatado por 1x1, Brustad marcou novamente. Mas o árbitro austríaco Alois Beranek enxergou impedimento e anulou o gol que daria a vitória aos escandinavos. Esse gol poderia ter mudado a história da Copa de 1938! A partida foi para a prorrogação e da mesma forma que em 1936, a Itália conseguiu marcar seu gol e encerrar a partida com vitória por 2 a 1. Piola foi quem fez o gol italiano. Aos noruegueses o consolo de ter dado muito trabalho para a Squadra Azurra, ouro nos Jogos Olímpicos de 1936 e campeã do mundo em 1934 e 1938.
Pode parecer repetitivo, mas toda vez que falo de uma seleção que fez história na década de 30, não posso deixar de citar a paralisação do futebol devido a Segunda Guerra. A Noruega foi invadida pela Alemanha em 1940 e alguns esportistas do país acabaram mandados para campos de concentração. Foram seis anos sem poder se praticar o futebol legalmente e isso gerou grande prejuízo para a seleção nacional. A sua rival Suécia, por exemplo, não estava envolvida na Guerra e pôde montar uma grande equipe, que conquistaria o ouro na primeira Olimpíada pós-guerra, em 1948. Essa é a melhor explicação para a primeira exibição da Noruega, após a Segunda Guerra. Foi um jogo justamente contra os suecos, no dia 21.10.1945, com uma goleada impiedosa de 10x0 para a Suécia. Durante o final da década de 40, e por toda a década de 50, a seleção da Noruega não conseguiu nenhum resultado expressivo. Foi apenas figurante, pra não dizer um saco de pancadas. O zagueiro Svenssen é um nome lembrado desse período, já que jogou pela seleção nacional por 104 vezes, entre 1947 e 1961. Os atacantes Harald Hennum e Gunnar Thoressen também não podem ser esquecidos, já que conquistaram grande prestígio ao marcar vários gols com a camisa da seleção nacional.
A verdade é que a Noruega só voltaria a disputar uma Copa em 1994. Nesse grande intervalo de tempo, poucas vezes os europeus conseguiram algum êxito. Em 1965, por exemplo, uma vitória por 3 a 0 sobre a Iugoslávia, foi um dos poucos momentos de felicidade da seleção escandinava. Durante essa fase negra do futebol norueguês, destaque para um meia que iniciou sua carreira na seleção em 1971: Tom Lund, conhecido por “Tommy”. Para alguns, “Tommy” foi o melhor jogador norueguês de todos os tempos. Em 1981, ele era o grande nome do time que, pela primeira vez, conseguiria vencer a Inglaterra em um jogo oficial. Apesar de Bryan Robson colocar o English Team em vantagem, a Noruega conseguiu a virada, com gols de Albertsen e Hallvar Thoresen. A televisão, depois, provou que Albertsen não desviou o cruzamento de Tom Lund, o verdadeiro autor do gol de empate norueguês. Em 1982, “Tommy” se aposentou sem disputar nenhuma grande competição com a seleção da Noruega.
Vitória histórica da Noruega por 2 a 1 contra a Inglaterra, dia 09/09/1981 em Oslo.

Após não conseguir se classificar para a Copa de 1990, além de um péssimo começo nas eliminatórias para a Euro de 1992, o técnico Inghvar Stadheim renunciou ao cargo e abriu espaço para Egil Roger Olsen assumir a seleção. Era o início de uma nova era para o futebol norueguês. Foram oito anos de grande sucesso para Olsen! Em seu primo jogo no comando da Noruega, uma goleada por 6x1 sobre Camarões, em amistoso. A Noruega, é verdade, não conseguiu vaga para a Eurocopa seguinte, ficando atrás de URSS e Itália. Mas em 1994, após 56 anos, os noruegueses voltaram a uma Copa. Quando começaram as eliminatórias, poucos acreditavam que os escandinavos chegariam ao Mundial dos EUA, afinal enfrentavam em seu grupo adversários como Polônia, Holanda e Inglaterra. Mas os noruegueses surpreenderam o mundo com uma campanha impecável! Na abertura, uma goleada por 10 a 0 sobre San Marino. Em seguida, vitória sensacional por 2 a 1 contra a Holanda, gols de Rekdal e Sarloth para os noruegueses e de Bergkamp para a Laranja. Após mais uma vitória contra San Marino, a Noruega provou que estava mesmo na briga por uma vaga na Copa de 1994, ao conseguir um excelente resultado de 1 a 1 contra a Inglaterra, no estádio de Wembley. Após Platt marcar para os ingleses aos 11 minutos da segunda etapa, Rekdal conseguiu o gol de empate aos 32 minutos. No jogo seguinte, vitória por 3 a 1 sobre a Turquia, em Oslo.
O auge da campanha nas eliminatórias aconteceu em Junho de 1993, quando a Noruega enfrentou Holanda e Inglaterra, pelos jogos de volta. No dia 02.06, em Oslo, grande vitória contra o English Team, por 2x0, gols de Leonhardsen e Bohinen. Uma semana depois, um heróico empate por 0x0 com a Laranja Mecânica, fora de casa. A Noruega dava assim um passo importante para voltar a disputar uma Copa do Mundo. A classificação ocorreu com duas vitórias contra a Polônia, que valeram a primeira colocação da chave. Após vitória magra por 1 a 0 em Oslo, a Noruega conseguiu uma grande vitória por 3 a 0 jogando em Poznan, na Polônia. O jogo de volta aconteceu no dia 13.10.1993 e os gols foram marcados por Jostein Flo, Fjortoft e Ronny Johnsen. Com essa façanha, a Noruega foi responsável pela eliminação da Inglaterra, que perdeu para a Holanda o confronto direto pela segunda vaga do grupo. Exatamente isso! Os palpiteiros de plantão apostaram em Holanda, Inglaterra ou Polônia, mas a potência do momento era a Noruega que, com este feito, atingiu o posto de segundo lugar no ranking da FIFA.
O goleiro Erik Thorstvedt ganhou projeção ao participar com a seleção da Noruega dos Jogos Olímpicos de 1984, quando os europeus foram eliminados ainda na primeira fase, em um grupo com França, Chile e Catar. Após isso, o goleiro se tornou titular absoluto do gol norueguês e foi um dos grandes nomes do time na Copa de 1994. Apesar da eliminação precoce, em um grupo equilibradíssimo, Thorstvedt conseguiu a façanha de sofrer apenas 1 gol em 3 jogos, na época o goleiro menos vazado da história das Copas. Em 2006, o suíço Zuberbühler conseguiria sair do Mundial sem levar nenhum gol em quatro partidas, com sua seleção sendo eliminada apenas na disputa de pênaltis. De qualquer forma, o arqueiro da Noruega se tornou um dos maiores nomes da seleção em todos os tempos. O zagueiro Rune Bratseth também era um dos grandes destaques da geração que derrubou Inglaterra e Holanda nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994. Já com seus 33 anos, Bratseth formava uma sólida defesa ao lado de outro bom nome daquele time: Henning Berg. Além deles, Haland e Bjornebye completavam o sistema defensivo. No meio de campo, Rekdal já se tornava dono absoluto da camisa 10. Além dele, Mykland, Leonhardsen e Gunnar Hale eram nomes familiares por todo o mundo. No ataque, boas opções como Jakobsen, Fjortoft, Bohinen e Jostein Flo. Foi com essa seleção que a Noruega desembarcou nos EUA, para encarar um grupo com Itália, Irlanda e México. Ninguém poderia prever, até então, que este seria o grupo mais equilibrado da história das Copas.
Jogadores comemoram com Bohinen, após o atacante marcar o segundo gol na vitória por 2x0 contra a Inglaterra, pelas eliminatórias para a Copa de 1994. A Noruega ficou em primeiro lugar, deixando os ingleses de fora do Mundial dos Eua.

Dia 19.06.1994, a Noruega entrou em campo para a disputa de sua primeira partida na Copa do Mundo. O jogo era contra o México, na cidade de Washington. Um dia antes, a Irlanda havia vencido a Itália por 1 a 0, um resultado surpreendente e que aumentava ainda mais a responsabilidade dos noruegueses. A Noruega não decepcionou e venceu com gol de Rekdal, aos 39 minutos do segundo tempo. No fim da primeira rodada, Noruega líder do grupo ao lado da Irlanda. O segundo confronto era com Squadra Azurra. O amigo se lembra quando eu disse que a Itália sempre freou o sucesso dos noruegueses? Pois é! Pela terceira vez, os italianos apareceram para estragar a festa da Noruega. Era um jogo de vida ou morte para a Squadra Azurra! Se os escandinavos vencessem a partida, garantiriam a classificação por antecipação e praticamente eliminariam a Itália da Copa. Mas aconteceu o contrário! A Itália ressurgiu e venceu com gol de Dino Baggio, aos 24 minutos da segunda etapa. No dia seguinte, o México venceu a Irlanda por 2x1, embolando a classificação do grupo. Na terceira e última rodada, a Noruega precisava vencer a Irlanda para conquistar a classificação, sem ter que depender do resultado do confronto entre México e Itália. Mas no dia 28.06.1994, após um empate por 0x0 com a Irlanda e um empate por 1x1 entre México e Itália, os noruegueses viram seus três adversários de grupo se classificarem para a fase seguinte da Copa. Naquela época, classificavam-se os dois melhores, no caso México e Irlanda, além dos quatro melhores terceiros colocados dos seis grupos que formavam a Copa do Mundo. A Itália conseguiu a vaga, na bacia das almas, e partiu para o vice-campeonato mundial. O grupo terminou embolado, com todas as seleções somando 3 pontos (na época, a vitória valia 2 pontos). Todas as equipes tiveram o mesmo saldo de gols, e o que determinou o posicionamento final foi o número de gols marcados por cada seleção. Por isso, a Noruega, com apenas 1 gol marcado, ficou de fora das oitavas de final.
Jogo duro entre Noruega e México, na Copa do Mundo de 1994. No final, vitória da Noruega por 1x0, a primeira dos escandinavos na história das Copas!
Dino Baggio marca para a Itália, pela segunda rodada da Copa de 1994. O placar de 1 a 0 para a Azurra complicou a vida da Noruega, que acabou sendo eliminada na primeira fase.

A Noruega chegou a fazer uma boa campanha durante as eliminatórias para a Euro 1996, mas foi eliminada na reta final, por República Tcheca (futura vice campeã da Euro) e Holanda. Depois, porém, os noruegueses conseguiram classificação tranqüila para a Copa do Mundo de 1998, na França. Se, por um lado o goleiro Thorstvedt e o zagueiro Bratseth não jogavam mais pela seleção, por outro dois atacantes surgiram como grandes protagonistas do time: Solskjaer e Tore Andre Flo. Em 1997, T. A. Flo foi o grande nome ao marcar dois gols na vitória contra o Brasil, em amistoso. Em 1998, voltaria a ser destaque contra o Brasil, dessa vez pela Copa do Mundo, se tornando assim um dos maiores jogadores noruegueses de todos os tempos. Além deles, Mykland (o mosquito) também era muito popular em seu país. Mas a falta de profissionalismo manchou sua carreira! Em 1998, durante a Copa, Mykland foi encontrado bêbado em um bar, ao lado do zagueiro Henning Berg. O próprio Berg falaria sobre o episódio, mais tarde, em sua autobiografia. Outro fato curioso da seleção norueguesa de 1998 é o número de membros da família Flo que disputaram o Mundial. Além da estrela em ascensão T. A. Flo, também participaram daquele time o seu irmão Jostein Flo, o mesmo de 1994, e o primo de ambos: Havard Flo, titular absoluto da seleção na Copa da França. Além deles, Jarle Flo também se tornou jogador profissional, mas nunca vestiu a camisa da seleção.
O grupo da Noruega na Copa de 1998 era formado por Brasil, Escócia e Marrocos. Teoricamente, a Noruega era a segunda força do grupo, atrás apenas do Brasil. Seria, então, uma classificação tranqüila? Pelo contrário! A Noruega se complicou contra os dois adversários mais fáceis do grupo: Marrocos e Escócia. No primeiro jogo, empate por 2x2 contra os africanos, em Montpellier. Chippo (contra) e Eggen fizeram os gols da Noruega, enquanto que Hadji e Hadda marcaram para a seleção marroquina. A segunda partida foi contra a Escócia, em Bordeaux. Havard Flo abriu o placar para a Noruega, mas Burley empatou para os escoceses. Com o placar final de 1x1, restava a Noruega vencer o Brasil na última rodada para conseguir a inédita classificação para as oitavas de final da Copa. É verdade que a seleção brasileira não tinha muito interesse no jogo, afinal já estava garantida matematicamente como a primeira colocada do grupo. Mas absolutamente nada é capaz de ofuscar o brilho de uma virada espetacular da Noruega, no dia 23.06.1998, em Marselha. O jogo entrou para a história, como a vitória mais comemorada pela seleção européia. Em partida muito tensa, um empate por 0x0 até os 33 minutos do segundo tempo, quando Bebeto fez 1x0 para a seleção brasileira. Ao mesmo tempo, Marrocos vencia a Escócia, resultado que obrigava a Noruega a virar a partida contra o Brasil, caso quisesse seguir na Copa. Então surgiu T. A. Flo, o mesmo que destroçou o Brasil um ano antes, em amistoso. O atacante norueguês empatou o jogo aos 37 minutos do segundo tempo e aos 43 minutos sofreu pênalti de Júnior Baiano. Rekdal converteu a cobrança e definiu o jogo, com um placar final de Noruega 2x1 Brasil. O resultado classificou os europeus, ao lado do Brasil, para as oitavas de final. Mas, pela quarta vez, a Itália entrou no caminho da Noruega.
Havard Flo e Strand comemoram o gol contra a Escócia, pela Copa de 1998!
Tore Andre Flo, terror da defesa brasileira, sofre pênalti de Júnior Baiano aos 43 minutos do segundo tempo. a Noruega, com a ajuda de T. A. Flo, venceu o Brasil, por 2x1, em jogo histórico para os noruegueses.

60 anos depois de ser eliminada da Copa de 38, na França, a Noruega voltou ao estádio Velódromo, em Marselha, para um confronto decisivo contra a Itália. Uma coincidência emblemática da história dessas grandes seleções! Anteriormente, como já disse, a Noruega foi eliminada de forma direta pela Itália nos Jogos Olímpicos de 36 e na Copa de 38, e de forma indireta na Copa de 94. Pela quarta vez, ficaram frente a frente em um jogo decisivo. Em 1938, no mesmo estádio Velódromo, a Itália venceu por 2 a 1. Dessa vez, exatamente no dia 27.06.1998, a Itália venceu por 1 a 0, gol de Vieri, aos 18 minutos do primeiro tempo.Surpreendentemente, a Noruega fez uma partida muito ruim, praticamente não ameaçando a Itália. Novamente, a "maldição da Azurra!" Olsen foi considerado pela imprensa norueguesa como o grande culpado. Exatamente ele, que levou a desacreditada Noruega a disputar as Copas de 1994 e 1998. Justamente Olsen, que fez com que a seleção norueguesa voltasse a ser respeitada, coisa que não acontecia desde a década de 30. O treinador começou sua carreira na seleção em 1990 e encerrou em 1998, após a eliminação diante da Itália. A Noruega não apresentou, nesse período, um grande futebol. Mas adianta apresentar um futebol brilhante e não conseguir resultados expressivos? No caso da Noruega, ser responsável por eliminar a Inglaterra da Copa de 94, além de uma emocionante classificação ao vencer o Brasil em 98, pode e deve ser considerado como um grande resultado. Parabéns Olsen!
Itália e Noruega fizeram um jogo truncado pela Copa de 1998. No final, 1 a 0 para a Azurra. Mais uma vez, a seleção italiana eliminou a Noruega de uma Copa do Mundo.
Noruega, Copa de 1998! Rekdal, Eggen, Johnsen, Berg, Bjornebye e T. A. Flo. Havard Flo, Leonhardsen, Grodas, Riseth e Mykland. Além deles, Solskjaer também fazia parte do time.

Após a Copa de 1998, Semb assumiu a Noruega. Durante as eliminatórias para a Eurocopa 2000, os escandinavos não vacilaram e sobraram em um grupo com Grécia, Eslovênia, Letônia, Albânia e Geórgia. Detalhe: a Noruega se classificou, pela primeira vez, para disputar a fase final de uma UEFA EURO, que seria disputada na Holanda e na Bélgica. O grupo da Noruega na Eurocopa contava com Espanha, Iugoslávia e Eslovênia. No dia 13.06, estreia contra a Espanha. Steffen Iversen marcou aos 20 minutos do segundo tempo, o único gol da vitória por 1 a 0 da Noruega contra os espanhóis. Na segunda rodada, os escandinavos enfrentaram a Iugoslávia e, dessa vez, foram derrotados por 1 a 0, gol de Milosevic. Assim como em 1994, chegaram à última rodada precisando vencer o seu jogo para se classificar. Em caso de empate, dependeriam de uma combinação de resultados para conseguir vaga na fase seguinte. A partida contra a Eslovênia, no dia 21.06, terminou 0x0. Esse resultado classificaria a Noruega, caso a Espanha não conseguisse uma virada extraordinária contra a Iugoslávia. Isso mesmo! Se a partida entre os eslavos e a fúria terminasse com vitória da Iugoslávia ou empate, a seleção da Noruega se classificaria, mesmo empatando seu jogo com a Eslovênia. O jogo estava 3x2 para a Iugoslávia até os 45 minutos do segundo tempo, mas Alfonso Pérez e Mendieta marcaram nos acréscimos e conseguiram virar para a Espanha, em um dos jogos mais emocionantes dos últimos tempos. O placar de 4 a 3 para a Espanha classificou a fúria em primeiro lugar, deixando os iugoslavos em segundo. Como em 1994, a Noruega somou o mesmo número de pontos e tinha o mesmo saldo de gols de seu concorrente pela vaga ao fim da primeira fase, mas o número de gols marcados, mais uma vez, eliminou os escandinavos. A base da Eurocopa 2000 era muito parecida com a de 1998. As boas novidades eram John Carrew, John Arne Riise e Steffen Iversen.
Iversen salta para comemorar o gol na vitória contra a Espanha por 1x0, na Eurocopa 2000. Como em 1994, a Noruega começou vencendo, mas acabou caindo na primeira fase.

Após 2000, a Noruega ainda não voltou a disputar uma grande competição. Semb, apesar de muito criticado pelo seu estilo defensivo, permaneceu como técnico até as eliminatórias para a Eurocopa 2004. Na oportunidade, a Noruega ficou atrás da Dinamarca e foi disputar a repescagem contra a Espanha, quando foi derrotada nas duas partidas. Nas eliminatórias para a Copa de 2006, novamente a Noruega disputou a repescagem, após ficar atrás da Itália em seu grupo. Dessa vez, o confronto foi com a República Tcheca, que assim como a Espanha em 2004, venceu as duas partidas e deixou os noruegueses de fora da Copa. Nas eliminatórias para a Copa de 2010, a Noruega começou muito mal, mas cresceu na reta final, terminando em segundo lugar no grupo da Holanda. No entanto, os noruegueses não conseguiram fazer uma pontuação que pudesse classificá-los para a disputa da repescagem. Com Olsen de volta, a Noruega ressurgiu e tem tudo para encaminhar uma boa campanha nas eliminatórias para a Euro 2012. Até o momento, a equipe tem 100% de aproveitamento em um grupo com concorrentes do peso de Portugal e Dinamarca, inclusive com uma boa vitória contra os lusos em Outubro. Essa é a chance de Riise e Carew levarem a Noruega, novamente, a uma grande competição. Da geração de 1998, ficam as lembranças. A partir de agora, a Noruega precisa de renovação, para voltar a figurar entre as grandes seleções do futebol mundial.

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Colômbia

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Grande Colômbia- Copa do Mundo 1994 (Perea, Escobar, Álvarez, Rincón, Gaviria e Córdoba. Valderrama, Asprilla, Pérez, Herrera e De Ávila)

É verdade que, em 1962, a Colômbia apareceu em uma Copa do Mundo e ficou marcada por buscar um resultado espetacular contra a URSS, que dois anos antes, havia conquistado a Eurocopa. Mas o que faz a seleção da Colômbia ser uma das mais admiradas no mundo da bola, é um time ousado que, a partir de 1990, conquistou fãs no mundo todo, devido a sua maneira irreverente de jogar futebol.
A Copa do Mundo de 1962 foi disputada no Chile. A Colômbia, surpreendemente, conseguiu a vaga para disputar, pela primeira vez, uma Copa. O time tinha como principais destaques o bom goleiro Sánchez, além de jogadores como Gamboa, Zuluaga, Klinger e Aceros. De cara, um grupo da morte com Uruguai, Iugoslávia e URSS. O objetivo dos colombianos era não fazer feio. No primeiro jogo, derrota para a celeste olímpica por 2x1, de virada, com o gol do uruguaio Cubilla saindo apenas nos minutos finais da partida. No segundo jogo, um dos confrontos mais emblemáticos da história da Copas do Mundo: um 4x4 contra a poderosa URSS.
O jogo contra os soviéticos aconteceu na cidade de Arica, e contou com um pequeno público de 8.040 espectadores (normal para a época, já que apenas as seleções da casa lotavam estádios). Em menos de 15 minutos de partida, a URSS já vencia a Colômbia por 3x0, com dois gols de Ivanov, e outro de Chislenko. Aceros diminuiu para a Colômbia, mas aos 6 do segundo tempo, Ponodelnik faria o quarto gol da URSS. Se você pensa que o jogo terminou com um passeio dos soviéticos, está enganado. Em um intervalo de 9 minutos, o soviético Lev Yashin (o melhor goleiro da história das Copas do Mundo) viveu um pesadelo. Com gols de Coll, Rada e Klinger, a Colômbia chegou ao surpreendente empate por 4x4. Após o jogo, o jornal francês L’Equipe publicou que o goleiro soviético, conhecido como Aranha Negra, estava com os dias contados. Ele, mais tarde, provaria que não. Mas isso é assunto para outra hora, quando eu apresentar aqui a tradicional seleção soviética. Por hora, vale lembrar que essa “crise” do Aranha Negra foi por culpa da Colômbia de Coll, autor de um gol olímpico. Na última partida da primeira fase, a Colômbia foi humilhada pela Iugoslávia, uma goleada de 5x0 sofrida para a seleção de Galic, Melic e Jerkovic. Mas nem esse fracasso foi capaz de ofuscar o brilho da fraca Colômbia, que teve o seu dia de glória em 1962.
A Colômbia só voltaria a disputar uma Copa do Mundo, em 1990. Nesse intervalo de tempo, o destaque seria o vice-campeonato na Copa América de 1975. Nada sensacional, é verdade. Mas vale lembrar da equipe de 1975, por causa de Pedro Antônio Zape, considerado o maior goleiro da história da seleção colombiana. Na final, a Colômbia foi derrotada pelo Peru, já na terceira partida. Naquela edição da Copa América, não havia um país sede e, portanto, os jogos eram de ida e volta. Após vencer em Bogotá, e ser derrotada em Lima, o jogo de desempate foi realizado em Caracas (campo neutro), com vitória do Peru, por 1x0. Em 1987, mais uma vez a Colômbia faria bom papel em uma Copa América, terminando na terceira colocação. Começava ali a base da geração de 1990, com Higuita, Escobar, Rédin, Valderrama, Álvarez e companhia.
Bom, olhando apenas posicionamento, a melhor colocação da seleção colombiana na história das Copas foi o décimo-quarto lugar em 1962. Mas somente 16 seleções disputaram a Copa do Chile, e assim a Colômbia ficou pertinho da última colocação. Por isso, é mais justo analisar o aproveitamente e, dessa forma, o décimo sexto lugar na Copa de 1990, pode e deve ser considerado como o melhor desempenho dos sul-americanos em Copas do Mundo. Afinal em 1990, a Copa já contava com 24 seleções, e a Colômbia conseguiu vaga para as oitavas de final, sendo eliminada apenas na prorrogação, por outra grande surpresa: Camarões.
Vinte e oito anos após surpreender o Aranha Negra, a Colômbia voltaria a disputar uma Copa do Mundo. A seleção do técnico Maturana tinha a mesma base que chegou ao terceiro lugar na Copa América de 1987. A novidade era Rincón. O grupo da Colômbia contava com duas forças do futebol mundial: Alemanha e Iugoslávia. Na partida de estreia, vitória tranquila contra os Emirados Árabes, por 2x0, com gols de Redin e Valderrama. No segundo jogo, a Colômbia travou um duríssimo duelo contra os iugoslavos. O gol da seleção européia só saiu aos 30 do segundo tempo, com Jozic. O placar de 1x0 para a Iugoslávia preocupava os colombianos, que precisavam de um empate contra a Alemanha Ocidental, para conseguir se classificar por índice técnico. Mais uma vez, demonstração de força da Colômbia, que após sofrer o gol aos 44 do segundo tempo, buscou o empate aos 47 minutos com Rincón. O placar de 1x1 classificou os sul-americanos, ao lado de Alemanha e Iugoslávia, para as oitavas de final da Copa de 1990. Uma classificação muito comemorada, já que, pela primeira vez na história, a Colômbia passava de fase em uma Copa do Mundo.
Estádio San Paolo, Nápoles, dia 23.06.1990. Duas das três grandes surpresas da Copa de 1990 (A outra era a Costa Rica) entraram em campo para uma batalha épica, onde o vencedor se incluíria entre os oito melhores daquela Copa. Camarões e Colômbia, até então, eram seleções inexpressivas no mundo da bola e poucos acreditavam que pudessem fazer algo sensacional em uma Copa do Mundo. A Colômbia fez sua parte, ao se classificar para as oitavas de final. Já a seleção de Camarões, liderada por Roger Milla, derrubou Argentina e Romênia na primeira fase e era a sensação do momento. Após o 0x0 persistir durante o tempo normal, a partida foi para a prorrogação. Depois de 16 minutos de tempo extra, Roger Milla seria imortalizado ao marcar duas vezes. O segundo gol, inclusive, após tomar a bola do atrapalhado goleiro Higuita. Redin ainda diminuiu para a Colômbia, mas era tarde. Placar de 2x1 para Camarões. Eliminada, a Colômbia acreditava que esse era apenas um ensaio, já que em 1994 surgiria a grande Colômbia, a mais temida seleção formada pelo país. Infelizmente, a Copa dos Eua, que poderia ser um grande sucesso, foi marcada por uma campanha pífia e o assassinato do zagueiro Escobar.
Jogo entre Camarões e Colômbia, pelas oitavas de final da Copa de 1990. Higuita tenta sair jogando, mas perde a bola para Roger Milla. Esse foi o segundo gol de Camarões na prorrogação, que provocou a eliminação da Colômbia.

Antes de falar da Copa de 1994, devemos destacar os motivos que levaram a Colômbia a ser cotada como favorita ao título da Copa do Mundo. Valderrama, Asprilla, Valência e Rincón formavam uma base de grande destaque e faziam da Colômbia uma equipe muito temida pelos seus adversários. Em 1993, a Colômbia chegou novamente ao terceiro lugar em uma Copa América. Mas o grande feito dessa seleção aconteceu pelas eliminatórias, quando mandou a Argentina para a repescagem, após duas vitórias categóricas. Dia 05/09/93, o estádio Monumental de Nuñes, completamente lotado de argentinos, foi palco de uma massacrante vitória da Colômbia, pelo placar de 5x0. Isso mesmo, a seleção de Batistuta, Simeone e Redondo foi derrubada em casa, pela grande Colômbia. Dois gols de Rincón, dois de Asprilla e um de Valência, que fizeram a Colômbia chegar com muita moral a Copa de 94.
Após sorteio dos grupos para a Copa de 1994, a Colômbia comemorou, pois não ia ter que enfrentar na primeira fase seleções como Brasil, Alemanha, Itália e Holanda. Nada melhor do que um grupo com Suíça, Romênia e Eua, todas sem muita expressão em Copas. A euforia era tão grande, que os torcedores colombianos já davam a sua seleção como classificada para as oitavas de final. Mas no dia 18/06/94, a história mudaria seu curso e a grande Colômbia se tornaria uma decepção, ao perder para a Romênia, por 3x1. Raduciou e Hagi (que fez um golaço) mostravam as qualidades da seleção romena, essa sim, um grande destaque da Copa. O gol colombiano foi marcado por Valência. Na segunda partida, a Colômbia precisava vencer os Eua (donos da casa) para tentar a classificação no último jogo. Mas o gol contra de Escobar, aos 35 minutos do primeiro tempo, fez desabar o sonho colombiano de brigar pelo título. A equipe, muito nervosa, não conseguia mostrar na Copa, os motivos que a credenciavam como a grande Colômbia de todos os tempos. Stewart, aos 7 do segundo tempo, fez 2x0 para os Eua. Valência, aos 45 do segundo tempo, fez o gol de honra da Colômbia. Fim de jogo! Fim de Copa! Fim de vida para Andrés Escobar! Dia 22/06/94, após perder por 2x1 para os Eua, a Colômbia se tornou a grande decepção da Copa, sendo eliminada ainda na segunda rodada da fase de grupos. Dia 26/06 disputaria o terceiro jogo, apenas para cumprir tabela, quando venceria a Suíça por 2x0, gols de Gaviria e Lozano.
A decepção na Copa do Mundo teve consequências graves e manchou para sempre a história da seleção colombiana. O zagueiro Andrés Escobar, que também disputou a Copa de 1990, foi covardemente assassinado por um torcedor fanático, após uma discussão em frente a uma discoteca na cidade de Medellín. O motivo da brutalidade: o gol contra que ele marcou na derrota para os Eua. Segundo o filme “Escobar own goal”, que conta a história trágica do zagueiro, mais 39 pessoas morreram assassinadas em Medellín na noite em que o jogador foi executado com 12 tiros. A verdade é que, com jogadores como Valderrama, Àlvarez, Escobar, Asprilla, Rincón e Valência, dificilmente se podia imaginar outra coisa da grande Colômbia, a não ser uma campanha vitoriosa. Depois do episódio lamentável, a seleção sul-americana, por coincidência, nunca mais foi a mesma.
Com Higuita de volta, a Colômbia chegou ao terceiro lugar na Copa América de 1995. A base era muito parecida com a de 1994, claro quecom a ausência de Escobar. Valência também não disputou a Copa América. A Colômbia foi eliminada nas semifinais pelo Uruguai, que seria o campeão. Na disputa de terceiro lugar, goleada e vingança contra os Eua: 4x1. Quinõnez, Valderrama, Asprilla e Rincón marcaram para a Colômbia no jogo contra os norte-americanos. Em 1998, a Colômbia voltaria a disputar uma Copa do Mundo. Era a despedida da Grande Colômbia! Ao contrário de 1994, as perspectivas não eram boas. E a Colômbia ficou, mais uma vez, na primeira fase. De cara, um encontro com a Romênia, assim como em 1994. E, de novo, derrota. Dessa vez, por 1x0, golaço de Ilie. No segundo jogo, vitória difícil contra a Tunísia, por 1x0. Após grande lançamento de Valderrama, Preciado fez o gol da vitória dos sul-americanos aos 38 minutos do segundo tempo. No terceiro e último jogo, veio a eliminação, após perder para a Inglaterra, pelo placar de 2x0, gols de Anderton e Beckham. Aristzábal, Valência, Asprilla, Rincón, Valderrama, Mondragón e Preciado eram a base da seleção.
Na Copa de 1998, faixa de torcedores colombianos, protestando pela morte de Escobar. Certamente o zagueirão estaria na França, caso não tivesse sido assassinado por um torcedor, após marcar um gol contra na Copa de 1994.

Em 2000, a Colômbia foi convidada para a disputar a Copa Ouro da Concacaf. Na oportunidade, foi vice-campeã, ao perder a final para o Canadá. Em 2001, o grande título do futebol colombiano. 6 jogos e 6 vitórias e a Colômbia, pela primeira vez, conquistou a Copa América. Se a geração de 1994 foi uma decepção, essa de 2001 pode não ter chegado a disputar uma Copa do Mundo, mas, pelo menos, ganhou um título para o futebol colombiano. Jogando em casa, a Colômbia teve seu caminho facilitado. Na primeira fase, vitórias contra Chile, Equador e Venezuela. Nas quartas de final, eliminou o Peru. Nas semifinais, enfrentaria o Brasil, caso a seleção brasileira eliminasse Honduras (convidada da Concacaf). No entanto, a zebra aconteceu e Honduras passou pelo Brasil, facilitando assim o caminho da Colômbia, que nas semifinais eliminou os hondurenhos por 2x0, chegando a decisão contra outra seleção convidada: o México. No dia 29/07/2001, a Colômbia, enfim, pôde comemorar um título, após derrotar o México por 1x0, gol de Ivan Córdoba, aos 20 minutos do segundo tempo. Aristizábal era o grande nome dessa seleção, e terminou como artilheiro da Copa América com 6 gols. Castillo, Murillo, Vargas, Molina, o goleiro Córdoba e Grisales também foram importantes na campanha.
Jogadores comemoram o inédito título da Copa América em 2001. Essa seleção já não contava com Asprilla, Valderrama, Valência, Rincón e Álvarez.

Apesar do título, a Colômbia sequer se classificou para a Copa de 2002. Em 2003, disputou a Copa das Confederações e, mais uma vez, encontrou Camarões em um jogo decisivo. Mas dessa vez o jogo entrou para a história por motivos tristes. Em jogo válido pelas semifinais, Camarões vencia a Colômbia por 1x0, quando o camaronês Marc Vivien Foé sofreu uma parada cardíaca e morreu alguns minutos depois. O jogo terminou 1x0 para Camarões.A Colômbia, que tinha a mesma base da Copa América de 2001, perderia a disputa de terceiro lugar para a Turquia. Depois disso, a Colômbia não voltou a figurar mais entre as grandes seleções. Ausente das Copas de 2002, 2006 e 2010, a esperança é que em 2014, a Colômbia volte em grande estilo a uma Copa do Mundo, uma copa especial, já que será disputada no Brasil. E aos amantes da seleção colombiana, a esperança é que apareça no país novos craques como Asprilla, Álvarez, Valderrama, Rincón, Valência, Aristizábal, Zape e Higuita. Hoje, jogadores como Falcão Garcia, Rodallega, Jackson Martinez, entre outros, são a esperança por dias melhores. Em 2011, na Copa América, o primeiro teste.

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Iugoslávia

sábado, 23 de outubro de 2010

Iugoslávia, Copa de 1998. Já desconfigurada, somente com a participação de jogadores de Sérvia e Montenegro. De qualquer forma, uma boa seleção!

Hoje, quando acompanho o sucesso das seleções que faziam parte da ex-Iugoslávia, fico me perguntando: “Como seria, então, uma única seleção formada com craques da Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Macedônia?” Essa seleção existiu, e como Iugoslávia recebeu o apelido de “brasileiros do leste europeu”. Falar de Iugoslávia, sem citar história política, é praticamente impossível. Por isso, um pouco de história no blog das grandes seleções.
A primeira união entre os eslavos do sul aconteceu após a Primeira Guerra Mundial, quando foi fundado o Reino de Sérvios, Croatas e Eslovenos. Depois o Rei Alexandre I mudaria o nome para Reino da Iugoslávia. Anos se passaram, e com a Segunda Guerra, italianos e alemães invadiram a Iugoslávia, impondo o regime nazista e perseguindo várias etnias da região. Então, o primeiro ministro Tito formou um bravo exército socialista, que heroicamente resistiu à invasão. Em 1953, Tito fundou a República Socialista Federativa da Iugoslávia, formada por seis repúblicas: Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Macedônia. Para resumir o sistema político-étnico da Iugoslávia de Tito, usava-se a seguinte frase: “Seis repúblicas, cinco etnias, quatro línguas, três religiões, dois alfabetos e um Partido”.
Com a morte de Tito, em 1980, começaria a surgir um forte sentimento de nacionalismo entre os grupos étnicos que compunham a Iugoslávia. Ao mesmo tempo em que o regime comunista se enfraquecia consideravelmente, culminando com o fim da URSS e também com a queda do muro do Berlim, na Iugoslávia ocorria os já esperados movimentos separatistas entre os eslavos do Sul. Croácia, Eslovênia e Macedônia declarariam independência em 1991. A Bósnia-Herzegovina tentaria tomar o mesmo caminho, mas o presidente iugoslavo Milosevic se recusava a aceitar. Por isso, ocorreria uma guerra civil sangrenta, após a Bósnia-Herzegovina conseguir sua independência em 1992. Nesse caos, sobraria da Iugoslávia, apenas as repúblicas de Sérvia e Montenegro. No ano de 2003, foi fundada a União de Sérvia e Montenegro, e em Junho de 2006, Montenegro e Sérvia, enfim, separaram-se e tornaram-se países independentes. A região de Kosovo, até hoje, tenta se separar da Sérvia.
Mapa da Iugoslávia, em 2000! Note que vários países já se tornaram independentes!

É importante saber um pouco da história da Iugoslávia, também para entender os motivos que fizeram essa grande seleção se dividir em seis partes, sendo que duas delas se garantiram na Copa de 2010: a Sérvia e a Eslovênia. E, além delas, nunca é demais lembrar que a Croácia, apesar de ausente da Copa de 2010, participou brilhantemente da Copa de 98, e é considerada uma força do futebol mundial.
Nosso passeio pela história da seleção iugoslava começa em 1930, na primeira Copa do Mundo, quando os eslavos eliminariam o Brasil, com vitória por 2x1. A Iugoslávia terminaria aquela competição em terceiro lugar, ao lado dos Eua. Em 1950, os europeus voltaram com tudo, disputando a Copa do Mundo no Brasil. Após golear Suíça e México, os iugoslavos precisavam apenas de um empate contra a seleção brasileira, no Maracanã, para prosseguir no Mundial, eliminando assim os anfitriões. Mas a seleção canarinho conseguiu se vingar da eliminação de 30, ao vencer por 2x0.
A partir de então, a Iugoslávia conseguiria grande destaque, tornando-se uma das seleções mais temidas do mundo. Após a Copa de 1950, disputou mais três mundiais seguidos: 1954, 1958 e 1962. A partir de 1960, os iugoslavos chegariam aos melhores resultados de sua história. Na primeira edição da Eurocopa, realizada em 60, os eslavos do sul foram vice-campeões, sendo derrotados pela URSS na decisão. Nas semifinais, conseguiram uma vitória espetacular por 5x4 contra a anfitriã França, de Winieski e Vincent, mas sem o seu grande nome da Copa de 1958: Justin Fontaine. O jogo estava 4x2 para os “le bleus” até os 30 minutos do segundo tempo, mas em um intervalo de 4 minutos, os iugoslavos viraram para 5x4. Na decisão, após Galic marcar o primeiro gol, a URSS empataria no segundo tempo e conseguiria a virada na prorrogação. Daquele time faziam parte, craques como Galic, Vidinic, Matus e Kostic.
No mesmo ano, a seleção iugoslava conseguiu a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Roma, ao derrotar a Dinamarca na Final. O ouro olímpico de 1960 aconteceu após três medalhas de prata em 1948, 1952 e 1956. Vale lembrar que a partir de 1952, as seleções que disputavam os jogos olímpicos eram amadoras, menos as seleções do leste europeu, já que, em teoria, os jogadores dos países socialistas não eram profissionais. Esse “amadorismo de fachada” permitiu aos iugoslavos mandarem sua seleção principal para as Olimpíadas, a partir de 1952, até 1980, quando a Fifa autorizaria a presença de profissionais que não tivessem disputado uma Copa do Mundo. Com isto, em 1960, a mesma base que foi vice campeã européia, também foi medalha de ouro em Roma. Na decisão contra a Dinamarca, vitória por 3x1, com gols de Galic, Matus e Kostic.
Na Copa do Mundo de 1962, no Chile, a seleção iugoslava, já muito cotada pelo sucesso em 60, conseguiria um resultado expressivo. Após passar por Uruguai, Colômbia e Alemanha Ocidental, a seleção do leste europeu seria parada apenas pela Tchecoslováquia, nas semifinais. Soskic era responsável por belas defesas, Jerkovic era o motor do time e Galic e Sklobar eram o terror das defesas adversárias. Na disputa de terceiro lugar, ao perder por 1x0 para o Chile, os iugoslavos terminariam em quarto lugar.
Soskic tentou salvar a Iugoslávia, mas não adiantou. Os europeus perderam por 1x0 para o Chile, na disputa do terceiro lugar da Copa de 1962!

Ausente da Copa de 1966, a Iugoslávia voltaria a ter grande destaque em 1968, quando novamente chegaria a decisão da Eurocopa. Dessa vez, derrota para a Itália, por 2x0, no jogo de desempate. Como naquela época não havia disputa de pênaltis, italianos e iugoslavos precisariam repetir a decisão no dia 10 de Junho, já que dois dias antes as duas seleções empataram por 1x1. Na repetição, vitória da Squadra Azurra, com gols de Riva e Anastasi. Seria o primeiro e único título dos italianos na Uefa Euro.
Somente em 1974, a Iugoslávia voltaria a disputar uma Copa do Mundo. Após um empate com a seleção brasileira, os iugoslavos aplicaram uma goleada histórica por 9x0 sobre o Zaire. Bajevic foi o artilheiro do jogo, com 3 gols. Em 1976, anfitriões da fase final da Eurocopa, os eslavos do sul chegaram a abrir 2x0 contra a Alemanha Ocidental, pelas semifinais. Popivoda e Dzajic fizeram os gols. Mas os germânicos, campeões da Euro 72 e da Copa 74, conseguiriam o empate já no final do jogo. Gerd Muller, que fez o gol de empate, foi o carrasco dos iugoslavos também na prorrogação, quando marcou outros dois gols e deu a vitória pelo placar de 4x2 para a Alemanha Ocidental, liderado pela artilharia de Muller e pela inteligência de Beckenbauer. Na disputa de terceiro lugar, outra derrota na prorrogação, dessa vez para a Laranja Mecânica, vice campeã mundial dois anos antes.
Nos anos 80, a Iugoslávia participou da Copa de 1982 e da Eurocopa de 1984. Em 1987, ficou marcada pelo título mundial sub-20, quando a crônica esportiva considerava que os eslavos tinham uma seleção perfeita. Nomes que depois conseguiriam grande sucesso no mundo da bola, formavam um verdadeiro quinteto mágico: Robert Prosinecki , Zvonimir Boban, Davor Suker, Predrag Mijatovic e Igor Stimac. Após uma primeira fase perfeita, com 3 vitórias em 3 jogos, com 12 gols marcados e apenas 3 gols sofridos, a Iugoslávia eliminaria o Brasil, o último campeão da categoria, com vitória por 2x1. Depois derrotaria Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental, chegando ao inédito título sub-20.
Em 1990, a última competição da Iugoslávia, formada por jogadores de todas as seis repúblicas. Por isso, certamente, seria uma Copa especial para os “brasileiros do leste europeu”. Na primeira partida, sofreria uma goleada de 4x1 para a Alemanha Ocidental, de Matthäus, Klismann e Voller. No segundo jogo, vitória por 1x0 contra a Colômbia de Higuita, Valderrama e Rincón. A Iugoslávia fecharia a primeira fase goleando por 4x1 os Emirados Árabes. Nas oitavas de final, confronto contra a Espanha e vitória por 2x1. Nas quartas de final, um jogo duríssimo contra a Argentina, um 0x0 que seria mantido por 120 minutos de bola rolando. Na disputa de pênaltis, o goleiro argentino Goycoechea foi o grande nome, contribuindo para a vitória dos sul-americanos por 3x2. Pancev e Stoijkovic eram alguns dos bons nomes daquele time. Inclusive, os sérvios Stoijkovic e Lekovic, e o montenegrino Savicevic voltariam a disputar uma Copa pela Iugoslávia, já separada de Croácia, Macedônia, Bósnia-Herzegovina e Eslovênia, em 1998.
Os brasileiros do leste europeu em ação. Iugoslávia 2x1 Espanha, pelas oitavas de final da Copa de 90!

Em 1992, a excelente seleção da Iugoslávia conseguiu se classificar nas eliminatórias para a UEFA Euro, superando a seleção da Dinamarca. O macedônio Pansev se tornava ídolo iugoslavo, fazendo vários gols por sua seleção, que se preparava na Suécia para a disputa da Euro, quando recebeu a trágica notícia de que o Conselho de Segurança da ONU impôs várias restrições à Iugoslávia, devido a guerra civil que assolava o país. Diante dessa situação, a Iugoslávia foi excluída da Eurocopa e a Dinamarca, segundo colocada no grupo dos iugoslavos nas eliminatórias, foi convidada para a disputa da competição. O resultado disso foi um título inédito para a seleção dinamarquesa, a mesma que sucumbiu ao bom futebol da Iugoslávia, legítima classificada para a Uefa Euro 92.
Para muitos, uma geração desperdiçada. Afinal a seleção da Iugoslávia, que chegou ao título mundial sub 20 em 1987, e depois as quartas de final da Copa de 1990, ficaria a ponto de bala a partir da Eurocopa de 1992. Mas isso não ocorreu, pois a seleção foi suspensa por algum período de tempo. Só voltou a ser autorizada a disputar competições organizadas pela FIFA, após a Copa de 1994, já com seus jogadores divididos entre outras seleções. Infelizmente o mundo político atrapalhou o mundo da bola, que não pode ver uma seleção formada por craques como os croatas Prosinecki, Suker, Boban e Stimac, os sérvios Stoijkovic e Jugovic, além do macedônio Pansev.
Vários jogadores do time de 1987 formariam a fortíssima seleção da Croácia, que, em 1996, em sua primeira competição como país independente, conseguiria avançar as quartas de final da Eurocopa, quando foi parada pela Alemanha. Isso foi apenas um ensaio, já que em 1998, a geração de Jarni, Boban, Prosinecki, Stimac e Suker fez bonito na Copa do Mundo da França, quando daria o troco na Alemanha, com uma contundente vitória por 3x0 nas quartas de final, mandando os campeões europeus de 1996 para casa. Aquela grande seleção, ao vencer a Holanda por 2x1, ficaria em terceiro lugar, um resultado fantástico em sua primeira participação em uma Copa do Mundo. A Croácia, após isso, se firmaria entre as grandes seleções, se classificando seguidamente para as Eurocopas de 2000, 2004 e 2008 e também para as Copas de 2002 e 2006. Em 2010, pela primeira vez, a Croácia ficou ausente de uma Copa do Mundo.
Croácia, uma das herdeiras da Iugoslávia, comemora o terceiro lugar em 1998.

A Iugoslávia, como já disse, também disputou a Copa de 1998 e fez um bom papel, sendo eliminada pela Holanda nas oitavas de final. Mijatovic, o quinto elemento do time de 1987, disputou a Copa pela Iugoslávia, a esta altura formada apenas por montenegrinos e sérvios. Além dele, outros nomes famosos como Stoijkovic, Mihajlovic, Savicevic, Jugovic e Jokanovic eram à base da seleção iugoslava no Mundial da França. Os eslavos fizeram bonito na primeira fase, quando venceram duas partidas e empataram outra: um 2x2 com a Alemanha, após abrir 2x0 de vantagem. No jogo contra a Holanda, pelas oitavas de final, a Iugoslávia se lamenta de ter perdido um pênalti, quando o jogo estava 1x1. A partida terminou 2x1 para a Laranja Mecânica, com o gol da vitória, marcado por Davids, acontecendo no finalzinho do jogo. A última participação da Iugoslávia em uma grande competição, aconteceu na Eurocopa 2000, quando os iugoslavos chegaram às quartas de final e, mais uma vez, encontraram a Holanda pelo caminho. Dessa vez, ocorreu um massacre da Laranja, que aplicou uma goleada histórica por 6x1, mandando assim os iugoslavos para casa. Milosevic era o grande nome da seleção iugoslava, terminando como artilheiro da UEFA Euro, ao lado do holandês Patrick Kluivert. Esse foi o último jogo da seleção iugoslava na história da Eurocopa, já que os eslavos não se classificaram para a Copa de 2002 e a partir de 2003 passaram a ser chamados de Sérvia e Montenegro.
Em 2006, a Sérvia e Montenegro chegou muito bem na Copa do Mundo. Milosevic e Stankovic eram os únicos remanescentes do time que disputou a Copa de 98 e a Eurocopa de 2000. A sólida defesa, que havia tomado apenas 1 gol nas eliminatórias, e contribuído para a surpreendente classificação em primeiro lugar em um grupo que tinha a favorita Espanha, faziam de sérvios e montenegrinos um adversário de tirar o sono antes do Mundial. Com Vidic, Krstajic, Dragutinovic e Gavrancic, além do seguro goleiro Jevric, era difícil imaginar essa seleção tomando muito gols. Além de tudo, na frente um trio de respeito: Stankovic, Kezman e Milosevic. Se no papel o time era forte, o mesmo não ocorreria dentro de campo. Analistas esportivos asseguram que havia muitos problemas internos que atrapalharam a campanha de Sérvia e Montenegro, a pior possível para uma seleção considerada a principal herdeira da Iugoslávia. A última colocação com 3 derrotas em 3 jogos, e uma humilhante goleada sofrida para a Argentina por 6x0 na segunda rodada, é para se esquecer. Poucos dias antes do início da Copa, Montenegro proclamaria a sua independência e,esse fato, pareceu tirar a identidade de uma seleção, que representava um país que não existia mais.
Da antiga Iugoslávia, vale citar também a Eslovênia que se destacou entre 2000 e 2002, quando chegou a Eurocopa e a Copa do Mundo. Quando me lembro dos bons times da Croácia, da Eslovênia e da Iugoslávia em 1998, fico imaginando como seria se esses três times formassem um só, como aconteceu até a Copa de 1990. Se os croatas chegariam em 1998 ao terceiro lugar, imagina se pudessem contar então com os sérvios Mihajlovic, Stoijjovic e Jukovic, além do esloveno Zahovic. Poderia sim eliminar a França, e vencer o Brasil na final. Em 2009, a Eslovênia fez uma boa campanha nas eliminatórias européias e se classificou para o Mundial de 2010, sendo eliminada pela Inglaterra ainda na fase de grupos. A Bósnia-Herzegovina, apesar de todos os conflitos, quase conseguiu uma vaga para o Mundial, mas foi eliminada por Portugal na repescagem das eliminatórias. A Macedônia disputou as eliminatórias e, como sempre, não conseguiu nada demais. Já Montenegro, agora separado da Sérvia, disputou as eliminatórias para uma competição realizada pela FIFA pela primeira vez, não conseguindo grande sucesso. Nas eliminatórias para a Euro 2012, a seleção de Montenegro vem conseguindo campanha surpreendente até o momento, liderando uma chave com Inglaterra, Suíça e Bulgária. Por último, vale destacar a seleção da Sérvia, que chegou muito cotada ao Mundial da África do Sul, após se classificar para a Copa por antecipação em um grupo com França, Romênia e Áustria. No Mundial, venceu a Alemanha (sensação da Copa), mas não conseguiu passar da primeira fase. Infelizmente não existe mais uma seleção com jogadores da Croácia, Sérvia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Macedônia e Montenegro, mas toda vez que alguma das herdeiras da Iugoslávia conseguir montar um grande time, o mundo do futebol ficará contente, ao perceber que “os brasileiros do leste europeu” ainda podem ser encontrados no jeito de jogar de cada uma dessas seleções.

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