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Alemanha 4x1 Inglaterra; Argentina 3x1 México.

domingo, 27 de junho de 2010

Alemanha 4x1 Inglaterra


Quando duas grandes seleções se enfrentam, independente da fase que vivem, esperamos grandes jogos. Algumas vezes, é verdade, isso não acontece. Mas quando Alemanha e Inglaterra, rivais históricas, entram em campo para um jogo de Copa do Mudo, principalmente se for em mata mata, certamente o jogo se transforma em uma guerra de nervos. Todos os ingredientes possíveis estiveram presentes na tarde deste Domingo, em Bloefonteim. Quando a partida estava por 2x1 para os alemães, Lampard mandou um lindo chute de fora da área, a bola bateu no travessão e entrou. Mas o bandeirinha não percebeu esse “detalhe” e, dessa forma, anulou a chance dos ingleses empatarem a partida naquele momento. Quando acontece um lance desses, é impossível sabermos como seria o restante da partida. Ouvi, de algumas pessoas, que se o juíz anulasse o gol do Luís Fabiano contra a Costa do Marfim, o jogo ficaria 2x1 para o Brasil. Não é bem assim. O jogo, naquela oportunidade, estava 1x0 e o gol irregular saiu no início do segundo tempo, quando os africanos poderiam esbanjar alguma reação no jogo. A mesma coisa acontece no jogo entre Argentina e México, realizado também neste Domingo, afinal quando os argentinos abriram o placar com um gol irregular, os mexicanos dominavam o jogo. Enfim, pode ser que o Brasil e a Argentina ganhassem seus jogos com certa tranquilidade caso não houvesse interferência da arbitragem, assim como a Alemanha poderia fazer, quem sabe, 4x2 na Inglaterra. De qualquer forma, o gol anulado dos ingleses mudou a história do jogo, que ficaria empatado naquele momento. Em 66, na final da Copa, Inglaterra e Alemanha empatavam por 2x2 já na prorrogação, quando Hurst fez o terceiro gol, com a bola supostamente não ultrapassando a linha. A Inglaterra ainda fez o quarto gol e conquistou o título. Dessa vez, acontece exatamente o contrário, contra a mesma Alemanha, com a Inglaterra fazendo o gol legítimo e a arbitragem anulando. Curiosidades do futebol!
Em jogo espetacular, a Alemanha voltou a usar sua velocidade para dominar o adversário. O esquema é o mesmo dos jogos anteriores, mas algo que me chamou a atenção é que Özil e Müller se revezaram na linha de três jogadores, que ficam atrás do artilheiro Klose. Enfim, Podolski ficou mais fixo pelo lado esquerdo, Müller jogou pelo centro e pelo lado direito, sempre trocando a posição com Özil. A movimentação da Alemanha confundia a zaga adversária. Ao contrário de Sérvia e Gana, que abusaram da marcação, a Inglaterra jogou para cima, buscando tomar a iniciativa do jogo. Por isso, cedeu espaços para o time alemão fazer fluir suas jogadas de ataque. O primeiro gol dos alemães resume bem a situação do “English Team” nessa Copa, quando Neuer bate o tiro de meta, a bola atravessa todo o campo e sobra para Klose, que vence Upson no corpo a corpo, e faz o primeiro gol alemão na partida. Durante o primeiro tempo, a Alemanha criou mais e não demorou a fazer o segundo gol, quando Müller deu assistência perfeita para Podolski fazer um bonito gol. Em cruzamento de Gerrard, Upson descontou para os ingleses. Depois disso, aconteceu o emblemático lance em que a bola tocou no travessão e entrou, mas a arbitragem fez questão de não enxergar o lance. Enfim, terminava o primeiro tempo e a Alemanha estava em vantagem naquela altura. Antes de falar da segunda etapa, vale destacar que foram vários os problemas que atingiram a Inglaterra durante o ano de 2010. Na época que surgiu aquele escândalo envolvendo o zagueiro John Terry, eu já imaginei que isso poderia estragar o ambiente da seleção. Depois disso, vieram as contusões de Beckham, Ferdinand e Owen (que é muito melhor que Heskey ou Defoe). Com um ambiente conturbado, com Gerrard e Lampard não conseguindo boas atuações em Copas outra vez, com goleiros inseguros, com um futebol burocrático e com Rooney sem suas condições físicas ideais, a Inglaterra me lembrou a Holanda de 1990 (que tinha um timaço, mas caiu nas oitavas sem fazer nenhum bom jogo na Copa). Na etapa final, os ingleses começaram ameaçando, com Lampard mandando uma bola no travessão. O “English Team” partiu com tudo para cima e dava espaços para o contra-ataque adversário. Com Gerrard e Milner abertos pelas pontas, Barry e Lampard mais centralizados e recuados, a equipe não conseguia chegar com muito perigo. Boateng e Lahm anularam muito bem os pontas, enquanto que os laterais Ashley Cole e Glenn Johsson subiam timidamente, sempre preocupados com Özil e Podolski. No duelo tático, a Alemanha de Löw deu um banho na Inglaterra de Capello. Enfim, o terceiro gol saiu em contra-ataque rápido, com Schweistenger passando para Müller concluir para as redes. Pouco tempo depois, Özil recebeu lançamento de Klose, se livrou da marcação de Barry e aproveitou o campo vazio para passar para Müller fazer 4x1. No final, Neuer ainda fez uma brilhante defesa em chute de Gerrard. A Alemanha venceu um clássico complicado, que dá muita moral aos germânicos para o restante da Copa. Na próxima fase, o confronto será contra os argentinos, em jogo que também deve ter muitas emoções.

Argentina 3x1 México


Ainda acho que falta equilíbrio ao time da Argentina, infelizmente. Me encanta ver essa seleção jogar, do meio de campo para a frente tem um time incomparável. Mas a zaga é muito fraca, isso pode pesar no confronto das quartas de final contra a tradicional Alemanha. Aliás, é um grande clássico do futebol mundial. Alemanha e Argentina decidiram a Copa por duas vezes, com uma vitória para cada lado. Recentemente, em 2006, os alemães venceram os argentinos na disputa de pênaltis, nessa mesma fase. Bom, para conseguir a vaga para enfrentar os alemães, os argentinos precisaram superar os mexicanos. O México evoluiu muito nos últimos anos e tem uma geração que pode fazer bonito nas próximas competições. Um nome que surgiu nesse ano é o de Javier Hernandez, o “Chicharito”. O ex-jogador do Chivas foi contratado pelo Manchester United, pra você ter uma ideia. Pena que Javier Aguirre é cabeça dura e teimou em escalar G. Franco e Blanco em alguns dos jogos da primeira fase. Enfim, no jogo contra a Argentina, o polêmico treinador colocou o veterano Adolfo Baustita, sendo que poderia ter escalado Pablo Barrera ou mesmo Alberto Medina, jogadores que sabem jogar como pontas e substituiriam Carlos Vela (contundido) com propriedade. De qualquer forma, o México dominava o jogo no início, com Salcido acertando o travessão e Guardado perdendo grande chance após passe de G. Santos. Pelo lado da Argentina, uma jogada do genial Messi que limpou os marcadores, mas tentou mandar por cobertura, facilitando a vida do baixinho Perez, goleiro do México. O gol (irregular) saiu quando Messi encontrou Tevez, o goleiro saiu, a bola sobrou para Messi que deu um toque na bola e Tevez (impedido) desviou de cabeça. No telão do estádio, o replay enfatizou o lance, causando a fúria dos jogadores mexicanos e dos torcedores. O bandeirinha, certamente, observou o erro, chamou o árbitro para uma conversa, mas não dava mais para voltar atrás. Mesmo sabendo que poderia atrapalhar o sonho dos mexicanos, o juíz deu a saída de bola e o jogo seguiu. Pior de tudo é que a repetição do lance deixou o trio de arbitragem numa saia justa e os jogadores do “tri” bastante nervosos com a situação. Prova disso foram as entradas duras de Rafa Marques após o lance e o erro bisonho de Osorio, que praticamente deu o segundo gol para Higuain, que aproveitou a assistência do mexicano, driblou o goleiro e mandou para as redes. Na etapa final, a Argentina conseguiu o terceiro gol com Tevez, que tabelou com a zaga e mandoum foguete de fora da área. O “Chicharito” ainda diminuiu para o México, mas o placar de 3x1 foi mantido até o final. Maradona, vale destacar, sacou Jonas Gutierrez para colocar Otamendi pela lateral direita. Essa mudança fortalece a defesa. No meio de campo, Mascherano é o “cão de guarda”, enquanto que Maxi Rodriguez e Di Maria têm mais liberdade para se aproximar dos atacantes Higuain e Tevez. Messi, por outro lado, faz tudo. É o motor do time, nem de longe é aquele atacante fixo ou um ponta clássico. Ele é mais que isso, atua por todos os setores do meio de campo e de ataque e, por isso, é tão fundamental para a seleção sul-americana. No fim do jogo de hoje, novamente o destino impediu que ele marcasse seu gol, após boa jogada para cima dos defensores e um chute bonito, bem defendido pelo goleiro Perez. É incrível como esses goleiros crescem para defenderem as bolas do Messi. Enfim, no sábado o jogo é contra a Alemanha, em um clássico sem favorito.

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