Grandes Seleções que não levaram a taça! (Faltam 8 dias)

Holanda- Copa do Mundo 1998
Em pé: Van der Sar, Bergkam, Stam, Jonk, Cocu e Kluivert. Agachados: Davids, Reiziger, Frank de Boer, Zeng e Ronald de Boer.

Depois dos timaços dos anos 70 e do final da década de 80, a Holanda apresentou uma equipe fantástica na Copa de 1998, na França. Dessa vez, a “Laranja Mecânica” não tinha Cruyff ou Van Basten, mas contava com a força de um conjunto disciplinado tecnicamente. No gol, estava o lendário Edwin Van der Sar, ainda com 28 anos de idade. Os gêmeos Frank de Boer (zagueiro) e Ronald de Boer (meio-de-campo) eram indispensáveis. Frank, inclusive, fazia a dupla de zaga com o grandalhão Stam. Reiziger, na direita, e Numan, na esquerda, eram os laterais da laranja. Seedorf e Davids completavam o meio de campo ao lado de Ronald de Boer. No ataque, o temido trio formado por Cocu, Kluivert e Bergkamp causava medo nos adversários. Além desses nomes, o técnico Guss Hiddink ainda colocava em campo jogadores do nível de Jonk, Winter, Overmars, Zenden e Hasselbaink. Ou seja, a Holanda contava com um elenco de primeiro nível. Ainda tentando encontrar o time ideal, Guss Hiddink não gostou da atuação da equipe no empate por 0x0 com a Bélgica, na estreia daquela Copa. No segundo jogo, porém, a felicidade foi completa, já que a Holanda atropelou a Coréia do Sul, com goleada por 5x0. Cocu, Overmars, Bergkamp, Hooijidonk e Ronald de Boer marcaram os gols da seleção europeia. Na última rodada, a Holanda abriu 2x0 para cima do México, com gols de Cocu e Ronald de Boer, mas acabou sofrendo o empate nos acréscimos da partida. Classificada, a “Laranja” encarou a Iugoslávia nas oitavas de final. Em jogo complicado, os holandeses levaram a melhor, com vitória por 2x1. A Holanda abriu o placar com Bergkamp, mas levou o gol de empate no início da segunda etapa. A Iugoslávia ainda desperdiçou um pênalti, antes de Davids, nos acréscimos, fazer o gol da vitória dos holandeses. A grande atuação dessa seleção aconteceu nas quartas de final, contra a Argentina. Foi um início de jogo eletrizante, onde Kluivert, aos 12, colocou a Holanda em vantagem e López, aos 17, empatou para a Argentina. Aos 44 do segundo tempo, Bergkamp recebeu lançamento, se livrou do marcador e disparou para fazer um golaço e definir a vitória de sua seleção por 2x1. Assim como nas oitavas de final, a Laranja escapou da prorrogação com um gol no finalzinho do jogo. Na semifinal, a oportunidade de se vingar do Brasil, que eliminou os europeus da Copa de 1994. Com o lateral-esquerdo Numan suspenso, Guss Hiddink improvisou Cocu no setor, colocando Zenden para fazer companhia a Kluivert e Bergkamp no ataque da laranja. Depois de um primeiro tempo fraco, a seleção brasileira abriu o placar com 20 segundos da etapa final, com um gol marcado por Ronaldo. A Holanda partiu para cima e explorava o lado esquerdo, com Zenden. Cafu, lateral-direito da seleção brasileira, estava suspenso e, por isso, Zagallo escalou o limitado Zé Carlos, que não conseguiu acompanhar as investidas de Zenden. Depois de muita pressão, Zenden levantou para a área e Kluivert empatou para a Holanda, aos 42 minutos do segundo tempo. O jogo, então, foi para a prorrogação. Depois de muitas emoções, com as seleções tendo chances claras de fazer o “gol de ouro”, a partida seria decidida na disputa de pênaltis. Todo mundo acertou nos primeiros 5 chutes e o Brasil vencia por 3x2, quando Taffarel pegou cobrança de Cocu. Dunga, em seguida, abriu 4x2 para a seleção canarinho. Caso a Holanda perdesse o próximo pênalti, que seria cobrado por Ronald de Boer, os sul-americanos se garantiriam na final. Ronald de Boer, um dos grandes nomes do Mundial, foi para a cobrança e... Taffarel defendeu. Um triste fim para a Holanda de 98, mais uma “grande seleção que não levou a taça”.

Fala Zakumi!


* Ao marcar um dos gols da vitória da Croácia sobre a Jamaica por 3x1, pela Copa de 1998, Prosinecki se tornou o primeiro jogador a marcar gols por países oficialmente diferentes na história das Copas (a FIFA desconsidera quem marcou pela Alemanha Ocidental e depois pela Alemanha unificada). Prosinecki, para quem não sabe, jogou a Copa de 1990 pela Iugoslávia, marcando na vitória de sua seleção sobre os Emirados Árabes por 4x1. Depois disso, vários países se tornaram independentes da Iugoslávia, inclusive, a Croácia, local em que nasceu Prosinecki.

* O choro é livre! Na semifinal da Copa de 1990, O inglês Gascoigne, ao cometer falta no alemão Thomas Bhertold, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. O jogador, então, teve uma crise de choro, afinal ele perderia a final caso a Inglaterra vencesse o jogo. Mas quem levou a melhor foi a Alemanha Ocidental, que venceu na disputa de pênaltis.

* Um acidente de avião dizimou a seleção de Zâmbia, durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994. Os “chipolopolos” eram uma das equipes mais fortes da África, na época. Kalusha Bwalya foi o único que escapou, pois viajaria direto da Holanda (local onde jogava) para Senegal, onde aconteceria o confronto pelas eliminatórias contra o time da casa.