O Blog Grandes Seleções pretende divulgar o futebol de seleções pelo mundo, em todas as épocas. Este é o espaço pra você relembrar aquela seleção que te encantou, que te fez raiva ou te encheu de alegria. Todas as informações das eliminatórias, amistosos internacionais e da Copa, você encontra aqui!

Grandes Seleções que não levaram a taça! (Faltam 2 dias)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Brasil- Copa do Mundo 1982


Muitos admiram o Brasil, que disputou a Copa de 1982, sob o comando do mestre Telê Santana. O futebol era bonito, criativo, ofensivo... Já vi gente tentando comparar essa equipe com a incomparável seleção de 70, que tinha Gérson, Rivelino, Jairzinho, Tostão e Pelé. Enfim, cada um tem a sua opinião e nossa missão aqui é voltar no tempo, exatamente no ano de 1982, quando o Brasil entrou para o clube das “grandes seleções que não levaram a taça”. Antes da Copa, uma péssima notícia: Careca – o melhor atacante do momento- sofreu uma distensão muscular e foi cortado da delegação. Para o lugar do jogador, que atuava pelo Guarani, Telê chamou Roberto Dinamite, que não entraria em nenhuma partida do Mundial. A opção de Telê foi por Serginho Chulapa, que era muito contestado pela imprensa. No país, todos solicitavam que o treinador montasse o time no 4-3-3. Para você entender melhor, o grande Éder Aleixo gostava de jogar pelo flanco esquerdo. Telê bem que tentou, mas não conseguiu encontrar um jogador que tivesse as características de um ponta direita. Dessa forma, colocou o time no 4-4-2, com o setor de meio de campo sendo formado por Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico. Éder Aleixo, assim, se tornou o companheiro de ataque de Chulapa, mas sempre jogando aberto pela esquerda. A ideia de Telê era muito clara: quando o Brasil estivesse com a bola, Zico e Sócrates se revezariam na hora de cair pelo flanco direito. Nota-se também que os laterais Leandro e Júnior subiam muito e, em alguns momentos, funcionavam como “pontas”. Pela qualidade dos jogadores, a equipe era cheia de alternativas. O problema de se ter um futebol tão ofensivo é que a defesa fica desprotegida. Leandro e Júnior, ao subirem, deixavam um “buraco” em seus setores. Cerezo e Falcão, que gostavam de sair para o jogo, muitas vezes não tinham tempo para ajudar a dupla de zaga formada por Luizinho e Oscar. O goleiro Valdir Perez, para piorar, era muito criticado, principalmente depois de um frango sofrido contra a URSS no primeiro jogo do Brasil. Nessa partida, os sul-americanos venceram por 2x1, de virada, com dois golaços, um de Sócrates e outro de Éder Aleixo. A arbitragem ainda ajudou o Brasil, deixando de marcar dois pênaltis claros para os europeus. No jogo seguinte, com gols de Zico, Oscar, Falcão e Éder Aleixo, o Brasil detonou a Escócia, também de virada, pelo placar de 4x1. Por último, mais uma goleada, dessa vez sobre a Nova Zelândia (4x0), com gols de Falcão, Serginho Chulapa e Zico, duas vezes. O ápice dessa seleção aconteceu na segunda fase, quando venceu a Argentina por 3x1. Com um futebol envolvente, o Brasil não teve problemas para construir o resultado, com gols de Zico, Serginho Chulapa e Júnior. Mas o inesperado aconteceu na rodada seguinte. A seleção brasileira, mesmo jogando pelo empate, manteve seu ímpeto ofensivo na partida contra a “Azurra”. Em dia de Paolo Rossi, que fez os três gols da Itália, o Brasil foi derrotado por 3x2. Sócrates e Falcão marcaram os gols da seleção brasileira no duelo. O tão sonhado Tetra foi adiado para a Copa de 1994, ironicamente ao vencer a Itália na final. Em 1982, após primeira fase péssima, a “Azurra” cresceu e passou por Argentina, Brasil, Polônia (semifinal) e Alemanha Ocidental (final).

Fala Zakumi!


* A Hungria é a seleção que mais marcou gols em uma única edição de Copa do Mundo. O timaço de Puskas (que será apresentado amanhã no blog) fez 27 gols em 5 partidas, com uma média de 4,5 gols por jogo, na Copa do Mundo de 1954. Dentre todas comentadas aqui, a Hungria, certamente, é a “grande seleção que não levou a taça.”

* Na história das Copas, nunca uma seleção anfitriã perdeu em sua estreia. Além disso, as donas da casa sempre passaram, pelo menos, da primeira fase. Algumas seleções eram bastante desacreditadas, como EUA (1994), Chile (1962), México (1970), Japão e Coréia do Sul (2002). A empolgação da torcida fez essas equipes crescerem em jogos decisivos! Essa é a esperança dos “bafana bafana” para o Mundial de 2010.

* A cobertura da Copa do Mundo de 2010 promete! A Rede Globo e a Bandeirantes vão transmitir 56 jogos ao vivo e passarão compactos dos 8 restantes, que acontecem simultaneamente a outras partidas. A FIFA disponibilizou o sinal 3D para o Brasil, através da Rede Globo, que promete passar os jogos nas salas da rede Cinemark em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Brasília. O Sportv, com 4 canais, vai transmitir todos os jogos ao vivo, inclusive em HD. A ESPN, com 3 canais, também vai passar todas as partidas ao vivo, mas somente 56 delas em HD. Todas as emissoras terão vários programas diários, com toda a cobertura do que acontecer na África do Sul. A bola vai rolar e no blog “grandes seleções” você não perde nada.

1 comentários:

FabioZen 9 de junho de 2010 às 04:10  

O melhor time que vi jogar desde que acompanho futebol.Uma seleção fantástica.Pouco antes ouve um clamor popular bem parecido com o que há hoje em relação ao Neimar.Muita gente queria um ponta de ofício,e justamente naquele ano,nas finais do Campeonato Brasileiro,surgiu no Grêmio o jovem Renato Portallupi(Gaúcho),que deu um verdadeiro "baile" no lateral Júnior,do Flamengo,nas finais.Ele reunia a força de zagueiro,habilidade,arranque e precisão nos cruzamentos.Uma pena,se ele tivesse ido,talvez a história seria diferente.

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