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Segue a Copa do Mundo...

quarta-feira, 30 de junho de 2010



A Copa do Mundo já está quase acabando. Das 32 seleções que começaram a competição, apenas oito seguem brigando pelo título. França, Itália e Inglaterra foram as grandes decepções da Copa, sem dúvida alguma. Os franceses, com tantos problemas internos, pareciam ansiosos para voltarem logo para casa. Não preciso entrar em detalhes para falar da situação da equipe, pois eu estaria sendo repetitivo. Agora é olhar para o futuro e ver se Laurent Blanc vai curar essa grande ferida que ficou no futebol francês. Na Itália, também não temos muito o que dizer. Os times italianos estão em má fase, exceto a Internazionale, formada basicamente por jogadores estrangeiros. Vários dos jogadores convocados estiveram presentes na pífia campanha do Juventus na temporada passada. Isso explica muita coisa. Lippi confiou nos medalhões, mas a receita para se ganhar a Copa do Mundo nunca é a mesma. Esperamos, que para a Euro 2012, a Azurra volte com uma nova geração, apesar dessa possibilidade ser improvável nesse momento. A Inglaterra, por outro lado, é o time da contradição. Desde 1990, quando chegou ao quarto lugar, que a Inglaterra não conseguiu mais nada em Copas do Mundo. Em 2002, 2006 e 2010, a seleção prometia muito, mas não teve nenhum sucesso. Nesse meio caminho, a equipe ainda fez feio em algumas Eurocopas, sendo que nem conseguiu classificação para disputar a última. Só que com a chegada de Fábio Capello, as esperanças aumentaram, ainda mais depois de atuações de gala nas eliminatórias e em alguns amistosos. Coincidentemente, depois do escândalo envolvendo John Terry, o “English Team” nunca mais jogou bem. Nos amistosos pré-Copa, contra México e Japão, a equipe foi dominada pelos adversários. Na Copa, fez uma primeira fase muito fraca e acabou atropelada pela Alemanha, apesar de um gol inglês (legítimo) ter sido anulado. Como Alemanha x Argentina e Holanda x Brasil são confrontos sem um favorito, a única possibilidade de um quarto fiasco nessa Copa é a Espanha perder para o Paraguai. Afinal a “fúria” só deixará de ser uma decepção se voltar a ficar entre os quatro, depois de 60 anos. O caminho está aberto, assim como estava em 2002, quando a arbitragem colocou a Coréia do Sul nas costas e tirou a fúria do caminho. Enfim, qualquer coisa pode acontecer, inclusive “erros”. Mas pelo bem do espetáculo, torço para que a Espanha chegue para enfrentar Argentina ou Alemanha.
As grandes decepções, portanto, são essas. Algumas menores também existem. Vou generalizar e, em vez de analisar uma por uma, prefiro colocar as seleções europeias do segundo nível em um mesmo pacote. Sérvia, Grécia, Eslovênia, Suíça e Dinamarca não passaram da primeira fase. Podemos dar um desconto para os eslovenos, que são fracos e conseguiram até muita coisa em três jogos. A Suíça, que venceu a Espanha, se torna uma decepção ao não conseguir vencer Honduras e, assim, ficar pelo caminho. A Grécia até que fez dois gols na Copa, venceu um jogo e ninguém esperava muita coisa dela. Já Dinamarca e Sérvia tinham obrigação de passar da primeira fase. Os dinamarqueses, pela tradição, e pela concorrência ser fraca (Japão e Camarões) decepcionaram muito. A Sérvia, que até venceu a Alemanha, fez eliminatórias impecáveis, amistosos sensacionais no ano passado, mas pouco antes da Copa a equipe caiu de produção. Chegou a perder para a Nova Zelândia, que saiu do Mundial com muita honra. Enfim, na mesma situação podemos colocar as seleções africanas, exceto Gana. A dona da casa, por mais fraca que fosse, tinha tudo para ficar com a segunda vaga, principalmente se tivesse vencido o México na estreia. Camarões e Nigéria são seleções cada vez mais decadentes, enquanto que a Costa do Marfim sempre promete muita coisa, mas não mostra nada.
Algumas surpresas marcaram esse Mundial. Com a pouca produtividade das seleções da Europa e da África, o caminho se abriu para as equipes da América do Sul e da Ásia. O Chile, que quase caiu no ostracismo, voltou com tudo e as duas vitórias na primeira fase devem ser comemoradas pelos jogadores, afinal já fazia 42 anos que o Chile não ganhava um jogo de Copa. Paraguai e Uruguai, eu confesso, não estavam na minha lista de possíveis candidatos às quartas de final, mas chegaram lá. Ironicamente, as duas seleções eliminaram as surpresas da Ásia: Japão e Coréia do Sul. Depois de 2002, muitos acreditaram que ia demorar muito tempo para japoneses e sul-coreanos fazerem uma boa campanha em Copas. Mas as duas equipes passaram da primeira fase, o que já é um grande feito. Os nipônicos, inclusive, só perderam para o Paraguai na disputa de pênaltis. De tantas decepções entre as seleções medianas da Europa, vale destacar uma que se sobressaiu: a Eslováquia. Depois de dois jogos muito fracos, os eslovacos cresceram contra a poderosa Itália, venceram por 3x2 e se garantiram no mata-mata. Isso já deve ser motivo de muito orgulho para uma seleção nova, que nunca havia disputado um Mundial e que mandou para casa a campeã da edição anterior. A Copa segue. Entre Uruguai e Gana, uma pode continuar surpreendendo. O Paraguai, que pega a Espanha, tenta o mesmo caminho. Vamos ver o que acontece a partir de sexta-feira, quando começa a fase quartas de final. Até mais!

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