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França é campeã europeia sub-19.

sexta-feira, 30 de julho de 2010


Canales (Espanha) e Nego (França) brigam pela posse de bola em final muito disputada.

Foi um grande jogo, cheio de alternativas e com emoções durante os 90 minutos. França e Espanha, desde o início da competição, já mostravam que eram as melhores equipes e que mereciam estar na final. La Roja foi implacável, ganhou de todo mundo e apresentou no europeu as características marcantes do time principal, sobretudo o domínio da posse de bola e a paciência. A Espanha foi campeã do mundo e ganhou admiradores por isso. Os garotos, então, adotaram o estilo, estão prontos para fazer sucesso no futebol profissional, mesmo que seja por seus clubes, a princípio. Daniel Pacheco, do Liverpool, é um exemplo disso. Um jogador de grande talento e futuro, deu um passe de “Xavi” para Rodrigo Moreno abrir o placar no primeiro tempo. Dani Pacheco não só dá passes de Xavi, ele também tem velocidade como Villa e sabe concluir como Torres. Ainda é novo, pode ser lapidado, a tendência é que seja um grande jogador no futuro. Além dele, tem o Keko, o Thiago Alcantara, o Canales, o goleiro Alex, o bom zagueiro Bartra, os dois últimos do Barcelona B. Alguns desses nomes estarão, certamente, se destacando nas principais ligas da Europa nos próximos tempos e, quem sabe, com a camisa da fúria em competições de grande porte como Eurocopa e Copa do Mundo. Pelo lado da França, nada melhor para levantar a auto-estima do torcedor do que um título nas categorias de base, com os garotos provando que têm um futuro promissor. Hora de passar uma borracha na campanha do time principal nos últimos anos, se bem que é difícil esquecer. Mas com a entrada de L. Blanc, a equipe principal passará por renovação. Na semana que vem, o treinador deve anunciar sua primeira convocação e, se eu pudesse dar uma sugestão, certamente falaria para ele olhar para o time que venceu o Europeu Sub-19. Durante a campanha, jogadores como Bakambu, Kakuta, Fofana, G. Sunnu, Griezman, Diallo, entre outros, conseguiram grande destaque. Os bleus não foram campeões por acaso. Atropelaram Holanda e Áustria, 4x1 e 5x0, respectivamente. Bateram a excelente seleção croata na semifinal e conseguiram virar um jogo improvável contra a Espanha na final. Os espanhóis tinham vencido todos os jogos, formam um grande time e, por isso, a vitória da França é ainda mais valorizada. As circunstâncias do jogo comprovam isso.
A Espanha colocou a França na roda, durante os primeiros 45 minutos de jogo. Os garotos se inspiraram nos profissionais e jogaram da mesma forma que a Espanha jogou na Copa do Mundo. Essa é a característica deles, foi assim durante os outros jogos nessa competição, quando a equipe venceu quando bem entendeu. A paciência do time, naturalmente, irrita o adversário, que não quer ser o “bobo”. As faltas, então, se tornam a saída, afinal desarmar “la roja” não é fácil para time nenhum. Como já descrevi, Dani Pacheco fez um lançamento sensacional (parecido com o do Felipe Melo para Robinho no gol do Brasil contra a Holanda) e Rodrigo entrou em condições de marcar o primeiro gol. A Espanha ainda criou outras grandes oportunidades, principalmente com Sergio Canales, mas não ampliou o placar. A seleção francesa, por outro lado, era dominada, não conseguia ameaçar o gol de Alex. O primeiro tempo, dessa forma, terminava com a impressão de que a seleção espanhola estava muito próxima do título europeu. A torcida que compareceu em peso e gritou o jogo inteiro o famoso canto “Allez Le Bleus” inspirou os garotos da França. Se bem que a história poderia ter sido outra, quando Faure recuou mal e o goleiro Diallo perdeu a disputa com Canales, que acabou desperdiçando um gol incrível. No lance seguinte, Yannes Tafer, que entrou no lugar do contundido Griezmann, fez um lançamento lindo e deixou Guilles Sunnu em condições de encobrir o goleiro, fazer um golaço e empatar o jogo aos 4 minutos da etapa final. Eletrizante, assim pode ser definido o restante dessa partida. Espanha e França criaram várias oportunidades e qualquer uma das seleções poderia ter saído com a vitória. Em um determinado momento, porém, os bleus pressionaram muito, encurralaram a Espanha, que não conseguia mais controlar o jogo. Nos contra-ataques, “la roja” até que poderia ter achado o seu gol, mas a França parecia cada vez mais próxima. Alexandre Lacazette entrou no lugar de G. Sunnu e seria o autor do gol mais importante da seleção francesa em 2010, em todas as categorias. Um gol que daria ao torcedor a volta da confiança, a expectativa de um futuro melhor. Tudo começou com Kakuta que, outra vez, mostrou todo o seu talento. No segundo tempo, ele só não fez chover. Deu passes de calcanhar, driblou e corre muito. O goleiro Alex, do Barcelona B, sofria com as investidas do time francês, mas aproveitou para mostrar seu talento, afinal foi pouco testado nos outros jogos. Somente aos 41 minutos que a França virou a partida. Jogada individual de Kakuta, que fez fila na zaga espanhola, mas teve o gol evitado por Alex. No rebote, Kakuta pegou a bola e enxergou Lacazette livre, fez o cruzamento para o companheiro, que mandou de cabeça para o fundo das redes. “Allez le Bleus”, o estádio cantava com orgulho ao final da partida e a França se sagrava campeã da Europa, na categoria sub-19. L. Blanc, depois de uma grande tempestade, sabe que sempre vem a calmaria. E ela começa pela renovação, com os garotos do sub-19, além de talentos que, inexplicavelmente, foram rejeitados por Domenech, como Nasri e Ben Arfa, por exemplo.

Holanda convocada!

Bert Van Marwijk anunciou a convocação da Holanda para o amistoso contra a Ucrânia, dia 11.08. Como era a expectativa, o treinador deu folga para os jogadores utilizados na Copa do Mundo, que brigaram com unhas e dentes pelo título da competição. Somente o goleiro Michel Vorm, que não entrou em nenhuma partida na África do Sul, foi chamado para o confronto contra os ucranianos, anfitriões da próxima Eurocopa. Portanto, uma convocação cheia de novidades e que cria a expectativa de uma renovação em alguns setores necessários da Laranja Mecânica. Van Bronckhorst, por exemplo, se aposentou e a lateral-esquerda precisa ser preenchida. Na Copa, seu reserva foi Braafheid, que não chega a ser unanimidade. Vurnon Anita e Emanuelsson, ambos do Ajax, foram convocados e podem brigar pela posição. Na equipe holandesa, Anita joga na lateral, enquanto que o flexível Emanuelsson costuma atuar mais na ponta esquerda. Além deles, tem o Drenthe, hoje no Real Madrid, que tem um estilo parecido com o de Emanuelsson, atuando como lateral ou ponta, até mesmo como meia de ligação, mas que não foi lembrado pelo técnico para essa convocação. O problema, talvez, seja o time em que joga. Drenthe não tem muitas chances no Real, mas ainda é novo e pode aparecer bem em outros grandes clubes da Europa. A zaga é outro setor que precisa ser renovado urgentemente, afinal Mathijsen não tem mais o mesmo pique de antes e Heitinga, lateral direito de origem, tem sido improvisado no setor. Gostei das apostas na covocação do Lambertus, conhecido como Bert. O garoto Bruma, hoje no Chelsea, é um zagueiro de muito futuro. Vlaar, do Feyernood, é o principal candidato a ficar com uma vaga nesse time, lembrando que o experiente Ooijer, de 37 anos, não deve mais ser convocado. Enfim, o treinador deve aproveitar o jogo para fazer várias experiências. Engelaar, que por pouco não ficou com a vaga de Schaars na Copa, recebe uma homenagem, não é jogador para o futuro da seleção. Os outros ainda podem brigar por vaga, mesmo alguns mais rodados como Brama e Bakkal. A convocação de Siem de Jong, uma jovem revelação do Ajax, me deixou satisfeito, é um jogador de muito talento e, quem sabe, pode ser o reserva imediato de Sneijder no futuro. No ataque, destaque para a convocação do jovem Van Wolfswinkel, do Utrecht, o famoso homem de área, justamente o que faltou na seleção holandesa na Copa de 2010. Afinal Van Persie, um jogador que gosto muito, sempre foi um ponta e acabou incumbido de ficar no setor que vinha sendo ocupado por ninguém menos que Van Nistelrooy nos últimos anos. O papel, na teoria, deveria ser de Huntelaar, que é um jogador injustiçado no futebol europeu, inclusive na seleção. Mas isso pode (e deve) mudar, a partir de agora. Quanto aos pontas, setor que mais surge grandes jogadores no futebol holandês, foram convocados Roy Beerens (Heerenveen) e Jeremain Lens (PSV), além do próprio Emanuelsson, que pode atuar nesse setor. Será um amistoso de experiências para a Holanda que, a partir de Setembro, começa a brigar por vaga na próxima Eurocopa, em um grupo onde tem como principal concorrentes as seleções da Suécia e Hungria.

Goleiros: Vorm(FC Utrecht), Velthuizen (Vitesse).
Zagueiros: Ron Vlaar (Feyenoord), Erik Pieters (PSV), Loovens (Celtic), Bruma (Chelsea).
Laterais: Anita (Ajax), Ronnie Stam ( Twente)
Meias: Siem De jong (Ajax), Janssen (Twente), Mendes da Silva (Salzburg), Engelaar (PSV), Brama (Twente), Bakkal (PSV).
Atacantes: van Wolfswinke (FC Utrecht), Jeremain Lens (PSV), Beerens (Heerenveen), Emanueslon (Ajax).

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