Grandes Seleções que não levaram a taça! (Faltam 25 dias)
segunda-feira, 17 de maio de 2010
URSS- Copa do Mundo 1958Igor Netto, Lev Yashin, Eduard Streltsov, Constantin Krizhevsky, Valentin Bubukin, Mikhail Ogonkov, Yuri Voinov, Yuri Falin, Anatoly Olyin, Slava Metreveli e Boris Kuznetzov.
Falar da extinta URSS é falar de Lev Yashin, considerado por muitos como o melhor goleiro de todos os tempos. Conhecido como “aranha negra”, por usar um uniforme todo negro, o atleta tem até um monumento próximo ao estádio do Dínamo de Moscou. Bom, segundo a lenda, o extraordinário arqueiro defendeu 170 pênaltis e não levou gols em 270 partidas. Além disso, ele fazia, muitas vezes, a função de líbero. Inspiração para a maioria dos goleiros, Yashin disputou quatro Copas ao todo (1958, 1962, 1966 e 1970) e conquistou com a seleção soviética a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1956, além do título da primeira edição da Eurocopa, em 1960. Essa geração, por sinal, é a escolhida do nosso blog como uma “grande seleção que não foi campeã do mundo”. Depois do título das Olimpíadas (a URSS entrava com força máxima por ser um país comunista), a geração de Yashin, Netto, Simonyan, Ilyin, Streltsov, Ivanov e companhia chegou ao Mundial de 1958 cotada como favorita ao título. O grupo era complicado! Na primeira fase, a URSS precisava superar Inglaterra, Áustria e Brasil. No primeiro jogo, empate de 2x2 com os ingleses, com Simonyan e Ivanov abrindo 2x0 para os soviéticos. Kevan e Finney (já aos 40 do segundo tempo) buscaram a igualdade. Na segunda rodada, a seleção soviética passou pela Áustria com vitória por 2x0, gols de Ilyin e Ivanov. Por último, confronto contra o Brasil, que seria campeão daquela Copa. Logo aos 2 minutos de jogo, Vavá abriu o placar para os sul-americanos. O Brasil continuou pressionando durante os primeiros 15 minutos, mas Lev Yashin fazia defesas milagrosas e impedia que a seleção brasileira ampliasse o marcador. Na metade do primeiro tempo, as coisas se equilibraram e a URSS começou a criar chances através de chutes de fora da área. No segundo tempo a história continuou a mesma até os 30 minutos, quando Vavá fez o segundo dele e definiu a vitória por 2x0.
Com um regulamento esquisito, a URSS foi obrigada a fazer um jogo desempate com a Inglaterra para decidir qual das duas seleções ficaria na segunda colocação do grupo, afinal o Brasil terminou em primeiro. Ilyin, mais uma vez, salvou o país comunista, ao marcar o gol da vitória por 1x0 aos 33 da segunda etapa. Nas quartas de final, os soviéticos foram eliminados pela Suécia, anfitriã do torneio. Hamrim, com 4 minutos de jogo, abriu o placar para os nórdicos que, após o gol, foram todos para a defesa segurar o resultado. O jogo, diga-se de passagem, é considerado um dos piores daquela Copa. A Suécia ainda aumentou a vantagem no finalzinho. Os soviéticos, com razão, reclamaram do cansaço. Na realidade, suecos e soviéticos jogaram o último jogo do grupo no dia 15.06 e a partida das quartas de final estava marcada somente para o dia 19.06. A URSS, porém, teve que entrar em campo para um jogo decisivo (o desempate) contra a Inglaterra no dia 17.06 e, por isso, alegou que o time estava exausto na partida contra os donos da casa. Bom, em seis dias foram três decisões. A justificativa foi aceita por todos, menos pela FIFA, que validou um regulamento e um calendário bisonho.
Fala Zakumi!
* Em 1930, os bolivianos resolveram homenagear o país sede, trazendo cada jogador em sua camisa uma letra que formaria a frase: “Viva Uruguay”. Um dos jogadores que carregava a letra “U” teve uma indisposição e não entrou em campo. Mesmo sem a importante letra, os jogadores fizeram a homenagem: “Viva Uru...gay!”
* A Copa de 1998, na França, foi a que teve o maior número de gols: 171 ao todo.
* A partida entre Holanda e Portugal, pela Copa de 2006, foi a com o maior número de cartões da história da competição: 16 amarelos (9 para Portugal e 7 para a Holanda) e 4 vermelhos (dois para cada lado).
Grande time, dizem que o Streltsov era um cracaço e prenderam ele porque ele não queria jogar no time dos militares, algo do tipo... e o Igor Netto também, outro craque de bola, esse time poderia ser campeão da copa de 58.
o Streltsov era chamado de "Pelé Branco", na época. Ele estava no time que conquistou o ouro olímpico e, com sua presença, muitos davam como certo o título da Copa de 1958. Porém, ele foi expulso da seleção antes da copa por se recusar a jogar no CSKA (do exército vermelho) ou no Dínamo (da KGB). Por ser "rebelde", o governo acabou armando uma acusação de estupro para prendê-lo e, assim, os soviéticos perderam a chance de ver um timaço nas Copas de 1958, 1962 e 1966. E mesmo sem ele, a equipe ainda levou a Euro de 1960.
Postar um comentário