O Blog Grandes Seleções pretende divulgar o futebol de seleções pelo mundo, em todas as épocas. Este é o espaço pra você relembrar aquela seleção que te encantou, que te fez raiva ou te encheu de alegria. Todas as informações das eliminatórias, amistosos internacionais e da Copa, você encontra aqui!

Grandes Seleções que não levaram a taça! (Falta 1 dia)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Hoje é o último dia da sessão “grandes seleções que não levaram a taça”. Ao todo, falamos aqui de 31 seleções, desde o dia 11.05. Estrategicamente, a Holanda de 1974 abriu nosso especial, que se encerra hoje com a Hungria de 1954. Essas seleções, por sinal, revolucionaram o futebol. Apresentaram novidades no contexto em que estavam inseridas. Procuraram sempre o caminho do gol. Muita gente de gabarito afirma que elas eram melhores do que a campeã que, coincidentemente, foi a Alemanha Ocidental nas duas ocasiões. Enfim, tudo foi devidamente calculado para que Holanda e Hungria fizessem a abertura e o encerramento dessa sessão. O Brasil de 50 /82, a Áustria de 34, as surpresas de 94, Portugal de 66, a Dinamáquina de 86, a França de 82, enfim, são essas grandes seleções que fizeram a Copa do Mundo se tornar uma competição tão atraente nos dias atuais. Afinal, nem sempre é preciso vencer para convencer.

Hungria- Copa do Mundo 1954


Ferenc Puskas, sinônimo de futebol na Hungria. Morreu em Novembro de 2006 e, neste ano, ele e seus companheiros na Copa de 1954 ganharam um espetáculo musical: a equipe de ouro. Se eu escrever páginas e páginas, ainda assim não conseguiria descrever o que representou a seleção húngara para o futebol mundial. No dia 04.06.1950, em Varsóvia, a Hungria fez 5x3 na Polônia, sem se dar conta de que ficaria quatro anos invicta. Na realidade, os húngaros se recusaram a participar da Copa do Mundo no Brasil e, por isso, a primeira grande competição daquela equipe aconteceu em Helsinque (Finlândia), os Jogos Olímpicos de 1952. Cinco jogos e cinco vitórias, 20 gols a favor e apenas dois sofridos. Na final, vitória por 2x0 contra a Iugoslávia. Esse era o cartão de visitas da Hungria, ouro em Helsinque, para a Copa de 1954, na Suíça. Quanta confusão! Quem era o atacante? Quem era meio-de-campo? Pode se atacar em bloco? Por que tantos jogadores aparecem no campo de ataque? Essas perguntas, certamente, passavam pela cabeça dos adversários. A poderosa Inglaterra, por exemplo, foi obrigada a descer do salto. Ah! O “English Team” sempre convidava as seleções que se destacavam para amistosos no estádio Wembley. Então, os ingleses (inventores do futebol) humilhavam os oponentes, para mostrarem a sua superioridade. Com um público de, aproximadamente, 100.000 espectadores, a Inglaterra, que só havia perdido no Wembley para seleções britânicas, tomou um baile da Hungria, que goleou por 6x3. Isso mesmo! A Hungria de Puskas, Kocsis e companhia entrou para a história do futebol ao vencer os ingleses em seu estádio. A Inglaterra pediu uma revanche, que aconteceu em Budapeste, pouco antes da Copa de 1954. Dessa vez, a humilhação foi ainda maior: Hungria 7x1 Inglaterra! Com talento, força a raça, a seleção húngara mostrava quem é que mandava na Europa.
Várias justificativas foram dadas para explicar a força dessa grande seleção! Em uma delas, dizia-se que o time húngaro fazia aquecimento no gramado (uma novidade), bem antes do adversário sair do vestiário. Dessa forma, enfrentando uma equipe "fria", a Hungria armava uma verdadeira blitz. É fato que muitos gols dessa seleção aconteciam no primeiro tempo. Para você ter uma ideia, antes de estrear na Copa de 1954, a Hungria vinha de uma série invicta de 27 jogos, com 23 vitórias, 114 gols marcados e 26 sofridos. O camisa 9 era Hidegkuti. Mas ele era mesmo o centroavante? Sem transmissões pela televisão, era difícil o adversário saber informações sobre a Hungria. Hoje, nós conhecemos muito pouco da Coréia do Norte, adversária do Brasil na Copa de 2010. Era mais ou menos a mesma coisa com a Hungria em 54! Respondendo a pergunta anterior, Hidegkuti era o camisa 9, mas jogava mais recuado, na armação das jogadas de ataque. Então quem era o atacante? Kocsis, camisa 8, não tinha posição fixa, mas costumava aparecer mais na área. Ele, inclusive, marcou 11 gols na Copa do Mundo, recorde na época e que só foi quebrado por Fontaine, em 1958. Puskas, o major galopante, era o craque do time, hora enfiado entre os zagueiros e hora caindo pelas pontas. Mágica, a Hungria fez 9x0 na Coréia do Sul, em sua primeira apresentação no Mundial. Na partida seguinte, a Alemanha Ocidental adotou uma estratégia estranha, escalando os reservas. A Hungria goleou os rivais por 8x3, em partida que ficou marcada por entrada violenta de Werner Liebrich em Puskas. O craque húngaro caiu de mau jeito e torceu o tornozelo! Sem Puskas, os europeus passaram por Brasil e Uruguai, em dois jogos que terminaram com o placar de 4x2. Depois da partida contra a seleção brasileira, houve uma verdadeira batalha campal (a batalha de Berna), com os jogadores trocando socos, chutes e garrafadas. O técnico Gusztav Sebes decidiu escalar Puskas na final contra a Alemanha Ocidental e mesmo não estando totalmente recuperado, o craque abriu o placar aos 6 minutos. Em seguida, foi a vez Czibor ampliar para a Hungria. Com menos de vinte minutos de jogo, a Alemanha achou o empate, através de Morlock e Rahn. A partida foi movimentada do início ao fim e os húngaros, desesperados, foram para cima na segunda etapa. Mas em um rápido contra-ataque, Rahn virou o jogo para a Alemanha, aos 39 minutos. No lance seguinte, Puskas marcou para a Hungria, mas a arbitragem anulou o gol, alegando impedimento. Enfim, o time ofensivo, que chegava a atacar com 7 jogadores, acabou perdendo para a frieza alemã (o Milagre de Berna). A Hungria de 54, portanto, é a “grande seleção que não levou a taça”.

Fala Zakumi!


História dos confrontos

África do Sul x México

Esse será apenas o quarto jogo entre sul-africanos e mexicanos na história. Nas primeiras oportunidades em que as seleções se enfrentaram, o México levou a melhor com vitórias por 4x0 e 4x2, mas os jogos eram amistosos. O único encontro oficial entre as equipes aconteceu pela Copa Ouro de 2005, quando os “bafana bafana” surpreenderam e venceram por 2x1. Evans e Van Heerden colocaram a África do Sul em vantagem no primeiro tempo, enquanto que Rodríguez descontou para o México já no final do jogo. Vale lembrar que a seleção sul-africana entrou na Copa Ouro como convidada pelos organizadores do torneio. Confira os resultados e datas dos três encontros entre as equipes:

05.10.1993 México 4x0 África do Sul (amistoso)
06.06.2000 México 4x2 África do Sul (amistoso)
08.07.2005 África do Sul 2x1 México (Copa Ouro)

Uruguai x França

Encontro de campeões do mundo! Apesar de terem se cruzado poucas vezes na história, Uruguai e França adoram cair na mesma chave em Copas. Em 1966, a “celeste olímpica” levou a melhor com vitória por 2x1, em Londres. O resultado foi decisivo para a classificação final do grupo, com os sul-americanos se garantindo ao lado da anfitriã Inglaterra e a França amargando a lanterna da chave com apenas 1 ponto. Em 2002, as duas seleções empataram por 0x0 pela segunda rodada e acabaram eliminadas ainda na primeira fase. Coincidentemente, a França ficou na lanterna com 1 ponto. A partir de amanhã, uma nova história pode ser contada e os franceses tentam quebrar esse incômodo tabu de sempre ficarem na última colocação da chave quando pegam os uruguaios. Confira os quatro jogos entre as seleções:

15.07.1966 Uruguai 2x1 França (Copa do Mundo)
20.08.1985 França 2x0 Uruguai (amistoso)
06.06.2002 França 0x0 Uruguai (Copa do Mundo)
19.11.2008 França 0x0 Uruguai (amistoso)

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