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México vence a Itália e faz história!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O mexicano Carlos Vela deitou e rolou para cima de Zambrotta durante o amistoso. Os dois, na foto, disputam a bola.
Local do jogo de hoje, o estádio Rei Balduíno, antes conhecido como Heysel,já foi palco de uma grande tragédia, onde 39 torcedores morreram na final da Uefa Champions League, entre Juventus e Liverpool, em 1985.

Pela primeira vez, a seleção mexicana pôde comemorar uma vitória contra a poderosa Itália. Jogando em Bruxelas, na Bélgica, os astecas dominaram a partida e poderiam ter saído de campo com um placar muito maior do que 2x1. Nos jogos anteriores, contra Inglaterra e Holanda, o México se mostrou uma equipe bastante ofensiva, mas não conseguiu parar os atacantes adversários. Sabendo das limitações defensivas de sua equipe, Javier Aguirre reforçou a marcação no meio de campo, escalando os polivalentes Rafa Marques e Torrado como verdadeiros cães de guarda da defesa. Além deles, Efrain Juarez completou o setor, mas deve ser o reserva de Guardado na partida inaugural da Copa do Mundo, contra a África do Sul. O esquema continuou o mesmo, o 4-3-3. O trio de ataque é o ponto forte desse time. Eu me arrisco a dizer que nunca houve um ataque tão rápido e habilidoso na história da seleção mexicana. Carlos Vela e Giovanni dos Santos, caindo pelos lados do campo, deram trabalho para a defesa adversária, enquanto que Javier Hernandez era a referência dentro da área. O experiente Zambrotta não conseguiu acompanhar a velocidade de Vela, enquanto que Criscito praticamente não se arriscou no ataque, preocupado em não dar espaços para Giovanni dos Santos. Criscito só desceu com perigo uma vez, já no fim do primeiro tempo, e acabou não conseguindo sucesso em chute sem ângulo. Enfim, a movimentação dos jogadores de frente da seleção mexicana confundiu a defesa italiana. Giovanni dos Santos, pela direita, fez ótima jogada individual e deu uma assistência perfeita para Vela abrir o placar, aos 16 minutos. Salcido e Paul Aguillar, os laterais mexicanos, se arriscaram no ataque algumas vezes. Salcido, inclusive, criou boa chance, em chute de fora da área. Mas o primeiro tempo ficou só 1x0.
Pelo lado da Azurra, Marcelo Lippi pecou na escalação. O treinador tenta repetir o 4-2-3-1 que deu certo na reta final da Copa de 2006, mas muita coisa mudou de lá para cá. Acredito que Zambrotta não tem mais condição de ser titular e Maggio (que entrou bem no segundo tempo) é quem deve ficar com a vaga na direita. A defesa, que era o ponto forte há quatro anos, não condiz com a tradição italiana. Cannavaro, infelizmente, não consegue mais acompanhar os lances com a mesma precisão de outrora. Ele nem deveria ter sido convocado! Bonnuci, seu parceiro de zaga, falhou no primeiro gol da seleção mexicana, mas é jovem e merece um desconto, até mesmo pelas suas boas atuações pelo Bari. Bochetti, que substituiu Cannavaro, talvez fosse uma boa opção para fazer dupla com Bonucci ou, quem sabe, o próprio Chielini. Bom, no meio de campo, Pirlo, De Rossi e Marchisio são as melhores opções. Di Natale e Ianquinta (esse é o erro) não levam jeito para jogar como pontas. A entrada de Simone Pepe no lugar de Di Natale melhorou o lado esquerdo, no segundo tempo. Mas o limitado Ianquinta continuou na ponta direita, a posição que seria ocupada por Camoranesi, que se machucou. Dessa forma, a Azurra não era nada criativa e foram poucas as vezes que conseguiu ameaçar o baixinho Perez, goleiro reserva do adversário. Quando o México atacava, todos os jogadores da Itália ficavam atrás da linha bola, uma característica marcante dessa seleção. Os europeus até que começaram bem. Depois de cobrança de escanteio, Ianquinta acertou o travessão e, no rebote, Gilardino mandou por cima. Mas depois disso, os italianos caíram de rendimento e tomaram um banho de bola do oponente, saindo com derrota por 1x0 no primeiro tempo, como já foi descrito nessa matéria.
Na etapa final, o México continuou usando a velocidade de seus pontas e a defesa italiana passava por “sustos” constantemente. Vela, por exemplo, sofreu pênalti claro de Zambrotta, não marcado pela arbitragem. O trio de ataque, em um determinado momento, foi todo alterado, com as entradas de Medina, Blanco e Israel Castro. O veloz Pablo Barreira, como sempre, entrou muito bem, ao substituir Rafa Marques. A equipe, dessa forma, continuou dando canseira na defesa da Azurra. O segundo gol, porém, só saiu no fim do jogo, quando Blanco fez um lançamento magistral para Medina que entrou sozinho e mandou para as redes de Buffon. Lippi, talvez, se cansou de homenagear Canavarro e colocou Bochetti. Ironicamente, após cobrança de escanteio, Bochetti pegou bonito e mandou na trave. No rebote, seu companheiro de zaga, Bonucci, marcou o gol de honra da Itália. Guardado, que tinha acabado de entrar, ainda perdeu chance clara para os mexicanos, que, depois de 12 amistosos em 2010, formam um time bem entrosado e capaz de surpreender África do Sul, Uruguai e França. A Itália, que fez apenas sua segunda partida no ano, volta a campo no Sábado, para pegar a Suíça, no último amistoso antes da estreia no Mundial.

Pensando na Sérvia, Alemanha vence a Bósnia-Herzegovina.



Na primeira fase da Copa do Mundo, a seleção alemã enfrentará a Sérvia, que fazia parte da ex-Iugoslávia, assim como a Bósnia-Herzegovina, escolhida a dedo para ser sua última adversária antes do Mundial. A partida ocorreu em Frankfurt, em clima de festa, já que marcou a despedida da seleção alemã antes de viajar para a África do Sul. O bósnio Dzeko, ídolo do campeonato local, colocou água no chope germânico, ao abrir o placar, com 15 minutos de jogo. No lance, Pjanic, jogador do Lyon, lançou para a área e, ao tentar afastar a bola, Lahm chutou no peito de Dzeko, encobrindo o goleiro Neuer. Os bósnios têm uma boa equipe do meio para frente, com jogadores como Ibisevic, Pjanic, Salihovic e a dupla Misimovic e Dzeko, do Wolfsburg. Mas a zaga, apesar da presença do experiente Spahic, é o ponto fraco do time. De qualquer forma, acho que os bósnios têm condições de aparecer, pela primeira vez, em uma grande competição na Eurocopa 2012. Eles terão como principais adversários, nas eliminatórias, os franceses e romenos, sendo que, ficando em segundo lugar, podem conseguir a vaga na repescagem. Mas é hora de falar em Copa do Mundo e, portanto, falar do “Nationaleft”.
Sem Ballack, Joachim Löw armou a Alemanha no 4-2-3-1. No primeiro tempo, Klose ficou isolado na frente e, mesmo com uma belíssima história na seleção, ele não tem condições de ser titular. Mais recuados no meio de campo estavam Schweinsteinger e Khedira, enquanto que Podolski, Özil e Trochowski formaram o trio responsável por articular as jogadas de ataque. Trochowski e Klose, no entanto, são jogadores lentos e acabaram substituídos por Thomas Müller e Cacau, respectivamente. Dessa forma, o ataque ganhou em movimentação. Podolski, que no primeiro tempo acertou o travessão da Bósnia, levou algumas entradas duras e acabou substituído por Marko Marin. Os eslavos, por sinal, abusaram da violência. Enfim, logo no início do segundo tempo, ainda com Podolski em campo, a Alemanha empatou a partida. Philip Lahm acertou um belo chute da entrada da área, no ângulo do goleiro Kenan Hasagic. Com o resultado, os alemães cresceram no jogo. Özil fez uma partida brilhante, arriscando chutes de fora da área e dando trabalho para o goleiro. Em uma tabelinha com Cacau, Özil ficou cara a cara com Hasagic, mas perdeu a chance de virar a partida, acertando o travessão. Marko Marin, depois que entrou, infernizou a defesa adversária com sua habilidade e velocidade. Ele e Özil podem estourar na Copa. Foi através de um pênalti cometido sobre Marin que a Alemanha virou o jogo, com Schweistenger. Poucos minutos depois, foi a vez de Thomas Müller descer pela direita e sofrer falta, dentro da área, de Spahic. Outro pênalti, mais uma vez convertido por “Scheinger”. No fim, Joachim Löw ainda promoveu a entrada de Mário Gomez, no lugar de Özil. Dessa forma, o “nationaleft” passou a jogar com Cacau caindo pelo lado esquerdo, Marin no meio e Müller pela direita, enquanto que Gomez se isolou na frente. Ah! Vale destacar, também, a boa atuação do jovem Badstuber, na lateral esquerda. Como você vê, a Alemanha vem para a Copa de2010 cheia de garotos talentosos (ainda tem Toni Kroos que entrou no final). Se eu fosse o técnico, tirava Klose, Trochowski e Friedrich, deixando o time com: Neuer, Lahm, Mertesacker, Tasci, Badstuber, Schweinstenger, Khedira, Marin, Özil, Müller e Cacau. Com um time assim, a Alemanha, mesmo sem Ballack, pode aparecer entre os quatro melhores da Copa do Mundo pela terceira vez consecutiva.

Placar geral dos amistosos: Espanha 1x0 Coréia do Sul; México 2x1 Itália; Alemanha 3x1 Bósnia-Herzegovina.
Amanhã: Japão x Costa do Marfim; França x China; Eslovênia x Nova Zelândia; Luxemburgo x Ilhas Faroe.

Outras notícias

Com um esquema de segurança de "cinema", a Inglaterra (acima) desembarcou na África do Sul. Os paraguaios (abaixo) também chegaram hoje ao país da Copa.


Durante treinamento dos EUA, o atacante Jozy Altidore assustou o técnico Bob Bradley, ao torcer o tornozelo direito. Levado a um hospital, o jogador realizou uma radiografia, que revelou a lesão. Apesar da preocupação, ele não será problema para a Copa do Mundo. Mas no amistoso de sábado contra a Austrália, Altidore é desfalque praticamente certo.

O amistoso entre França e China, que acontece amanhã em Saint-Pierre, será especial para o técnico Raymond Domenech, que completará 76 jogos no comando dos “bleus” e, assim, ultrapassará Michel Hidalgo, se tornando o treinador com o maior número de partidas com a seleção francesa. Para o jogo contra os chineses, Marc Planus, William Gallas e Valbuena (que tiveram problemas durante a semana) estarão à disposição de Domenech.

Destaque da Internazionale, o atacante Diego Milito sofreu uma entorse no tornozelo direito durante treinamento da Argentina em Pretória. Pelas primeiras observações, a lesão não parece grave, mas Milito precisará passar por exames detalhados para saber suas reais condições de estar disponível para o jogo contra a Nigéria, no dia 12.06.

Estranha no Ocidente, a seleção norte-coreana parece não conhecer as regras da FIFA. A federação do país inscreveu o atacante Kim Myong-Won com goleiro, para completar a lista de 23 jogadores, acreditando que não haveria nenhum problema nisso. A FIFA se manifestou sobre o caso e afirmou que os três jogadores convocados como goleiros só poderão atuar nessa posição durante o Mundial. Dessa forma, o atacante só entraria em campo na África do Sul, se fosse para ficar debaixo das traves. Na Coréia do Norte, reza a lenda que ele já atuou como goleiro em seu clube e defendeu três pênaltis. Em 2014, estaremos contando esse caso como mais uma curiosidade da história das Copas.

A seleção brasileira realizou um treinamento aberto nesta quinta-feira, no estádio Dobsonville, em Soweto. A presença da seleção canarinho atraiu milhares de torcedores, que compareceram ao local e fizeram muita festa com a presença de ídolos como Kaká, Robinho e Luís Fabiano. O goleiro Júlio César, que teve um problema lombar no amistoso contra o Zimbábue, não participou da atividade. O Brasil volta a treinar amanhã, em dois períodos.

O austríaco Josef Hickersberg, que treinou a seleção de seu país na Eurocopa 2008, é o novo comandante do Bahrein, que sonha em conquistar a Copa da Ásia, em Janeiro de 2011. O treinador, que já teve passagem pela seleção bareinita no fim da década de 90, substitui o tcheco Milan Macala. O Bahrein, vale lembrar, quase disputou as Copas de 2006 e 2010, mas caiu sempre na repescagem, sendo eliminado por Trinidad e Tobago (2006) e Nova Zelândia (2010).

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