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Hora da Revanche! Egito vence Camarões e reencontra Argélia dois meses depois de perder a vaga para a Copa do Mundo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Jogadores egípcios comemoram após apito do árbitro. Em 120 minutos, o Egito fez 3x1 em Camarões e está muito perto de um inédito Tri-campeonato da Copa Africana de Nações!Eto'o é marcado de perto por Fathi. O atacante camaronês foi anulado e pouco conseguiu ameaçar os "faraós".

Aconteceu o que já era previsto! A seleção de Camarões, graças a mais uma atuação pífia de sua defesa, perdeu para o Egito, em dia que os “leões indomáveis” dominaram o adversário durante boa parte do confronto. Camarões jogou na partida de hoje, tudo aquilo que ainda não tinha jogado na primeira fase e poderia tranquilamente ter eliminado o adversário, mas um presentão de sua defesa fez ir por água abaixo todo o esforço da equipe. O Egito adotou a mesma postura que teve contra a Nigéria na primeira fase, quando esperou o adversário e explorou os contra-ataques. Na próxima fase, os “faraós” enfrentam a seleção responsável por sua eliminação da Copa do Mundo de 2010: a Argélia. O jogo acontece quinta-feira às 17h30 (horário de Brasília) em Benguela e envolve uma das maiores rivalidades recentes, já que nas partidas das eliminatórias aconteceram muitos problemas de violência entre as torcidas, que causaram um desentendimento diplomático entre as duas nações.
Foi com muito entusiasmo que as torcidas chegaram ao estádio Obamko, em Benguela, para o confronto entre Egito e Camarões. Pelo lado egípcio, muita confiança após primeira fase perfeita. Por outro lado, o torcedor camaronês chegou preocupado com a defesa de sua seleção, que quase derrubou o time ainda na primeira fase. Além disso, os camaroneses sentiam um enorme desejo de vencer o adversário, algoz na final da Copa Africana de 2008. No início do jogo, ficou muito clara a postura das duas equipes, com Camarões tendo maior volume de jogo e o Egito marcando bem, tentando tomar a bola para encaixar seus mortais contra-ataques. Quanto aos camaroneses, mais do mesmo, afinal na primeira fase a equipe também tomou a iniciativa dos jogos que disputou, mas tendo sua própria defesa como “principal adversária” saiu sempre atrás do placar. A novidade, nesse caso, foi que Camarões saiu na frente do marcador. Aos 26 minutos, Emana cobrou escanteio e ao tentar cortar a bola, Ahmed Hassan mandou para as próprias redes. O “pastelão” da defesa de Camarões, hoje formada por Geremi na direita, Nkoulou e Chedjou centralizados e Bedimo na esquerda, começou com o goleiro Kameni (até ele foi contagiado) saindo mal do gol após lançamento para Moteab, que não aproveitou a chance. Paul Le Guen colocou Camarões em um 4-3-3, com o trio Emana, Eto’o e Idrissou fazendo um verdadeiro rodízio no ataque. Sabendo disso, o técnico Hassan Shehata escalou um trio fixo para marcar o ataque camaronês. Fathallah, Said e Gomaa tiveram muito trabalho, sobretudo com Emana que fez uma excelente partida. No fim do primeiro tempo, quando o jogo já estava 1x1, Emana limpou a zaga e mandou um petardo de fora de área, defendido por Al Hadari. Antes de falar do gol dos “faraós”, é preciso enaltecer que para Ahmed Hassan essa seria uma partida especial, afinal ele completava 170 jogos com a camisa do Egito (um recorde). Descrever a grandiosidade desse feito é difícil, afinal uma seleção faz poucos jogos por ano. Enfim, Ahmed Assan ficou inflamado, querendo apagar o fiasco da falha no lance do gol de Camarões e quase não acreditou quando pegou sobra da defesa adversária e mandou um lindo chute de fora da área, encontrando o cantinho do gol de Kameni, que pulou atrasado. No fim do primeiro tempo, a conclusão era de que Camarões dominava o meio de campo, mas não criava chances claras de gol. Pelo lado do Egito, marcação eficiente e a frieza característica de um time acostumado a grandes conquistas.
No início do segundo tempo, a defesa dos “leões indomáveis” resolveu dar emoção a partida e o Egito esteve próximo de conseguir a virada. Kameni, porém, defendeu em tentativas de Zidan e Hosny, deixando as emoções para a prorrogação. A partir daí, os camaroneses voltaram a girar a bola com paciência, procurando encontrar espaços. Esse cenário tático permaneceu durante os 45 minutos finais, com as chances de Camarões acontecendo em chutes de fora da área, inclusive de Emana. Já no fim da partida, o Egito teve boa chance, com Moteab concluindo cruzamento de Ahmed Assan na rede, mas pelo lado de fora. A impressão, ao fim dos 90 minutos, é que Camarões foi melhor na partida e mereceu ter conseguido a vitória. Com vontade de vencer, os “leões indomáveis” mantiveram a posse de bola e só não marcaram o gol, por falta de oportunidades claras. O Egito, por outro lado, se poupou e não se desgastou muito durante o segundo tempo. O bote dos “faraós” seria fatal na prorrogação! Logo no início, parecia que Camarões continuaria mandando no jogo, principalmente por chutes de fora da área de Eto’o e Webo. No lance seguinte, porém, surgiu o melhor ataque dos adversários de Camarões para resolver a partida: a sua própria defesa. O camaronês Geremi, na intenção de recuar a bola para o goleiro Kameni, deu uma assistência incrível para Gedo concluir e virar o jogo para o Egito. Se tiver votação de melhores assistências da Copa Africana de Nações, essa de Camarões certamente terá lugar entre as cinco melhores. Com a cabeça inchada, os camaroneses ainda assistiram o recordista Ahmed Hassan se consagrar, graças a um erro bisonho da arbitragem. Hassan, em cobrança de falta, mandou para defesa esquisita de Kameni que espalmou, a bola bateu no travessão, caiu em cima da linha e a defesa afastou. Mas a arbitragem, absurdamente, enxergou gol no lance. Com isto, o Egito fez 3x1 aos 5 minutos do primeiro tempo da prorrogação e matou a partida. Cabisbaixos, os camaroneses sentiram o golpe e praticamente desistiram do jogo. Para completar o pastelão da defesa, o péssimo zagueiro Chedjou (substituto de R. Song) foi expulso. É com essa imagem na cabeça, de um zagueiro expulso, que termino minha resenha sobre Camarões na CAN 2010. Aos fãs de Camarões, lamento dizer que com essa defesa, a tendência é que o time fique na primeira fase da Copa do Mundo, podendo até ser o saco de pancadas em grupo com Holanda, Japão e Dinamarca. Quanto ao Egito, é o melhor time das semifinais, apresenta o futebol mais seguro, mas está longe de ser uma seleção fortíssima. Na realidade, o Egito consegue através de seu conjunto, de sua eficiência na marcação e nos contra-ataques, vencer os adversários da África Negra, geralmente afobados na hora de atacar e com defesas inseguras. Contra adversários frios e com o mesmo estilo de jogo, como se comportarão? A resposta é óbvia! Qualquer um pode vencer e entre Argélia e Egito, mais uma vez, não existe favorito.

“Super Águias” nas semifinais!

O goleirão Enyeama converte último tiro livre e dá a vitória aos nigerianos diante de Zâmbia, na disputa de pênaltis.
o zambiano Musonda não deixa Odemwingie respirar durante jogo contra a Nigéria. Zâmbia marcou bem, mas faltou pontaria para vencer a partida.

Foi um jogo horrível! 120 minutos de tortura para quem assistiu à partida entre Zâmbia e Nigéria, que protagonizaram algo indescritível nessa Segunda-Feira, em Lubango. O placar de 0x0 foi mantido até o fim, com a Nigéria jogando um futebol sonolento, repetindo as atuações apagadas da primeira fase. Os nigerianos, após serem ameaçados pelo ataque de Zâmbia o jogo inteiro, conseguiram vitória na disputa de pênaltis, graças ao goleiro Enyeama, que defendeu cobrança de Nyrienda e para completar marcou o gol da classificação. Na próxima quinta-feira, a Nigéria enfrenta Gana às 14 horas, em Luanda.
Durante o primeiro tempo, a Nigéria tomou a iniciativa do jogo, mas sem objetividade não conseguiu ameaçar a meta do goleiro dos “chipolopolos”. Shuaibu Amodu insistiu no esquema 4-3-3, que ainda não funcionou na Copa Africana. Com Obasi e Odemwingie se revezando nas pontas e Yakubu centralizado, o esquema pode até ficar bonitinho na prancheta de Amodu, mas na prática não vinga. Para tudo existe uma explicação! Os laterais Yusuf e Eichiejile não tem vocação ofensiva e pouco encostam nos dois pontas. O meio de campo é formado por 3 volantes: Etuhu, Kaita e Mikel. O jogador do Chelsea, além de marcar, realiza outra função na seleção nigeriana: ser o responsável pela ligação com o ataque. Como Mikel não tem esse costume, ele acaba não correspondendo as expectativas e não se torna o “motor” que o time tanto precisa. Acontece com ele na Nigéria, mais ou menos a mesma coisa que acontecia com Hernanes no São Paulo, quando Muricy escalava o jogador na armação das jogadas. Então se conclui que a Nigéria não tem um armador de ofício e essa falta de ligação entre meio de campo e ataque é o principal motivo do futebol apagado da equipe, que já teve Amokachi. Bom, falei várias vezes nessas últimas linhas à palavra “não”, justamente para se ter uma ideia do que ocorre com a tradicional Nigéria na Copa Africana de Nações: os “Super Águias” não mostraram nada até agora! Hoje foi um fiasco, que só será apagado em caso de atuação brilhante contra a seleção de Gana na quinta-feira. A única chance clara do primeiro tempo foi em chute rasteiro de Mikel, que Mweena defendeu. Pelo lado de Zâmbia, aos 43 minutos, Mbola caiu pela esquerda e encontrou Chamanga sozinha na área, mas o atacante dos “chipolopolos” não pegou bem na bola. No fim do primeiro tempo, 0x0 para um jogo horroroso, truncado e violento.
A insistência em manter Yakubu (que não vem fazendo uma boa Copa Africana) é outra teimosia difícil de entender do técnico Amodu. Na partida de hoje, o atacante do Everton parecia um poste e não se movimentou hora nenhuma, até ser substituído por Oba Oba Martins (esse deveria ser o titular). Odemwingie é o único do trio de ataque que entrou como titular, que merece algum destaque, já que usou sua velocidade e seu talento para se livrar da forte marcação imposta pela zaga zambiana. Porém o jogador não estava em um dia inspirado! Obasi, por outro lado, só apareceu na CAN no primeiro jogo contra o Egito e depois sumiu e já merece perder a vaga para Obinna, que sempre quando entra dá maior movimentação ao flanco esquerdo. A segunda etapa começou com Zâmbia melhor e buscando o jogo, já que a Nigéria estava confusa em campo. Os zambianos passaram a arriscar chutes de fora da área, mas poucas vezes assustaram de fato o goleiro Enyeama, comprovando a falta de pontaria de seus jogadores. Aos 20 minutos, Timoonde cabeceou após cobrança de escanteio e a zaga nigeriana tirou em cima da linha, salvando uma decepção ainda maior para os “Super Águias”. O jogo continuou truncado e a partida se arrastou assim, com muitas faltas, muitos erros de passe e nenhum lance perigoso até o fim do segundo tempo. Na prorrogação, Obinna conseguiu fazer boa jogada e cruzar para Oba Oba Martins que perdeu o gol aos 4 minutos. Apesar disso, a partida continuou sonolenta, com a Zâmbia jogando melhor. Aos 2 minutos do segundo tempo da prorrogação, o zagueiro da Nigéria Opam foi expulso após receber o segundo cartão amarelo. Isso não influenciou em nada, já que a Zâmbia continuava rondando a área e dando chutes que só entrariam no gol, caso a trave fosse três vezes mais alta do que é. A partida, então, foi para a disputa de pênaltis. A Nigéria foi implacável e acertou todas as suas cinco cobranças, batidas sempre com muito confiança. Zâmbia também foi bem, mas na quarta cobrança, o nervoso Nyrienda parou no goleiro Enyeama. Curioso é que os últimos pênaltis foram reservados aos dois goleiros. Primeiro Mweena converteu para Zâmbia, quando uma cobrança mal sucedida poderia dar números finais ao jogo. A responsabilidade, portanto, ficou toda para Enyeama, que bateu muito bem e fez o gol da classificação da Nigéria. Depois de 4 jogos, os nigerianos permanecem com um futebol burocrático, mas caminham na Copa Africana de Nações. O adversário agora será Gana, que mesmo renovada, mostrou-se bem segura contra Angola. Os “estrelas negras”, aliás, tem um diferencial em relação a Nigéria: o meia Kwadwo Asamoah, que faz uma Copa Africana excelente. Pelo lado de Zâmbia, uma despedida honrosa para um time que entrou de penetra nas quartas de final. A turma de Félix Catongo, Chamanga, Musonda, C. Katongo, Mulenga e companhia não têm perspectivas de melhores resultados em médio prazo. Já a Nigéria precisa mudar muito para fazer uma boa Copa do Mundo, quando enfrentará Coréia do Sul, Grécia e Argentina na primeira fase.

Atacante paraguaio entre a vida e a morte

Saindo um pouco da Copa Africana, um episódio chocou o mundo nessa segunda-feira, quando foi noticiado que o atacante paraguaio Cabañas levou um tiro na cabeça, em um barzinho na Cidade do México, onde o jogador reside. Após uma delicada cirurgia para a retirada da bala, o jogador saiu com vida. No entanto, a bala continuou alojada no cérebro, por decisão da equipe médica. Os médicos ainda não confirmam se o paraguaio irá sobreviver, já que a situação é muito crítica. Cabanãs, vale lembrar, é conhecido do público brasileiro, por fazer grandes atuações contra Flamengo e Santos pela Libertadores de 2008, atuando pelo América-MEX. O atacante também era titular da seleção paraguaia e foi um dos destaques das eliminatórias, contribuindo para uma classificação tranqüila de sua seleção. Ainda não se sabe ao certo os motivos da barbaridade, já que Cabañas levou um tiro gratuito no banheiro do bar, supostamente sem nenhuma ação que pudesse provocasse isso.

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