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Brasil 3x1 Costa do Marfim; Itália 1x1 Nova Zelândia; Paraguai 2x0 Eslováquia.

domingo, 20 de junho de 2010

Brasil 3x1 Costa do Marfim




Temos que destacar muitas coisas no jogo entre Brasil e Costa do Marfim, realizado neste Domingo. Bom, o primeiro tempo foi equilibrado, mas a seleção canarinho foi mais efetiva, aproveitou sua única chance clara de gol e abriu o placar de forma indiscutível. Aliás, é preciso enfatizar que foi um jogo tecnicamente ruim, de muita marcação e pouca imaginação. Depois do intervalo, pode ser (nunca vamos saber) que a Costa do Marfim melhorasse no jogo, mas em um lance irregular, Luís Fabiano fez o segundo gol dele, ampliando o placar. O atacante do Sevilla subiu com os braços levantados, permitindo que a bola tocasse em sua mão, depois deu um chapéu nos adversários e, outra vez, usou o braço (desculpe a redundância) para marcar o segundo gol da seleção brasileira, logo no início da etapa final. Foi um golaço, certamente vai entrar para a história das Copas. Muito estranho o sorriso do árbitro Stephane Lannoy, em conversa com Luís Fabiano, praticamente admitindo que ele viu a irregularidade, mas que preferiu “garfar” os elefantes. Logo um francês, ora bolas. Tanta coincidência! E aqui no Brasil, que tanto se critica o gol de Maradona em 86 e o lance do Henry no ano passado, o que dizer agora? Talvez não se tenha nada a dizer, é melhor jogar panos frios e esquecer o assunto. A Costa do Marfim, é claro, perdeu a cabeça. Drogba, por exemplo, quase teve sua camisa arrancada por Lúcio (dentro da área) alguns minutos depois, mas o trio de arbitragem não viu, ou fingiu não ver. Perder o controle do jogo, palavra tão usada pelos comentaristas de arbitragem. Foi isso o que aconteceu após as “falhas” da arbitragem, que me lembraram a Copa de 2002. Tioté e Keita (que entrou no segundo tempo) perderam a cabeça, entraram com maldade em Elano (que saiu de maca) e Michel Bastos, respectivamente. Talvez, até pelo futebol burocrático que apresentava, a Costa do Marfim fosse mesmo perder o jogo, mas que o juiz deu uma mãozinha, nem o mais nacionalista dos torcedores pode negar. Certamente a expulsão de Kaká foi para compensar, talvez até por peso de consciência, afinal a imagem do juiz admitindo que viu a irregularidade é muito clara.
Sven-Goran Eriksson foi a contratação mais errada da história do futebol marfinense. Tudo bem que o futebol ofensivo dos elefantes não propiciava grandes resultados, mas o treinador caracterizado por formar verdadeiros ferrolhos, não deu conta do Brasil em 2002 e nem da limitada seleção de Portugal em 2006, dirigindo a excelente seleção da Inglaterra. Eu não sou treinador, nem tenho vontade de ser, mas sabia que a melhor opção era colocar Gervinho e Kalou, um em cada ponta, com Drogba centralizado. Desde o jogo passado, eu já dizia que Dindane é lento, não tem criatividade para agredir o adversário. Gervinho, esse sim, deveria explorar o setor de Michel Bastos, que praticamente nem foi incomodado, afinal a lentidão de Dindane e Demel (o lateral-direito) dava até sono. O super Sven-Goran Eriksson, que está recebendo uma bolada para treinar a seleção africana, inventou de colocar Eboue no meio de campo, sendo que o jogador poderia render muito mais na lateral direita. Também resolvou colocar Zokora, que é volante, fazendo dupla de defesa com Kolo Touré, sacando do time Bamba. Pela esquerda, prefiriu Tioné, sendo que Boka sempre foi um jogador mais firme na posição. Enfim, o treinador sueco estragou qualquer possibilidade da Costa do Marfim atrapalhar a vida do Brasil. Contra os portugueses, é verdade, eles até se saíram bem, só que é preciso dizer que os patrícios não conseguem realizar bons jogos desde a Euro 2008. Dunga, por outro lado, continua muito criticado. Depois do jogo, o treinador xingou Drogba, falou palavrões durante a coletiva de imprensa. Enfim, é uma verdadeira vergonha que o técnico da seleção brasileira seja totalmente desequilibrado e não tenha respeito por outros profissionais, seja os adversários ou a imprensa.
O Brasil jogou muito, sobretudo no segundo tempo, quando o jogo já estava 2x0. Na primeira etapa, a única chance clara (como já disse) foi a chance do gol. O trio formado por Kaká, Robinho e Luis Fabiano funcionou muito bem. Kaká fez uma bela partida, apesar da expulsão no final. O “fabuloso”, apesar de ter usado a mão no segundo gol, também foi um dos destaques do jogo. No primeiro gol, Luís Fabiano passou de calcanhar para Kaká, que driblou os zagueiros e devolveu bola açucarada para o “Fabuloso”, que mandou uma bomba e abriu o placar. A Costa do Marfim, sem nenhuma criatividade, praticamente não ameaçou e o primeiro tempo terminou mesmo em 1x0. Logo no início da etapa final, aconteceu o lance irregular do Luís Fabiano que, apesar de tudo, marcou um gol sensacional. Kaká fez o que dele se esperava, buscou ser o motor do time. Em lance pela esquerda, Kaká chegou a linha de fundo, cruzou rasteiro e Elano apareceu para completar para as redes. A defesa marfinense, visivelmente lenta, não conseguia acompanhar os jogadores brasileiros. Os africanos tentavam o gol em chutes de fora da área e em cruzamentos para Drogba. Em um deles, o artilheiro do Chelsea subiu sozinho e quase marcou o gol. Em outro, Drogba aproveitou cruzamento de Yaya Touré e, outra vez, sozinho marcou o gol de honra. Esse lance, inclusive, começou com um contra-ataque de Gervinho, que saiu em velocidade do campo de defesa, foi impedido de concluir por Juan e, por isso, recuou para Yaya Touré. O jogo, então, partiu para a violência, com jogadas desleais, principalmente dos africanos. Kaká, como já disse, perdeu a cabeça com as entradas maldosas dos jogadores da Costa do Marfim, talvez até por estar revoltado com a entrada de Tioté em Elano, minutos antes. Com muita bagunça e Kaká sendo expulso após dois amarelos, o jogo terminou em clima de guerra. O Brasil venceu, para muitos convenceu, mas eu acho que ainda deve muito. Michel Bastos fez uma partida fraca, enquanto que Lúcio e Juan permitiram que Drogba cabeceasse livre em duas oportunidades. Por outro lado, Elano, Luis Fabiano, Robinho e Kaká foram brilhantes, se esquecermos os lances polêmicos que envolveram alguns desses jogadores. O Brasil se classificou e, dependendo dos cruzamentos, deve chegar entre os oito.

Itália 1x1 Nova Zelândia



Ninguém poderia imaginar que a seleção da Nova Zelândia fosse chegar ao terceiro jogo com chances reais de classificação. Depois de empate milagroso contra a Eslováquia, os “all whites” seguraram a poderosa Itália neste Domingo. Mas vamos combinar que o futebol da “Azurra” piorou muito nos últimos anos. Na Eurocopa 2008, tomou um baile da Holanda e na Copa das Confederações 2009 caiu ainda na primeira fase, com direito a uma derrota humilhante para o Brasil. Por outro lado, a seleção italiana tem por tradição calar a boca de pessoas como eu (que a desprezam, principalmente depois de empates contra seleções como Nova Zelândia). Basta olhar as campanhas na primeira fase das Copa de 70, 82 e 94, por exemplo. É sempre assim, a Itália passa na bacia das almas e depois sua eficiente marcação funciona no mata mata. Se passar pela Eslováquia, o confronto pode ser contra a Holanda e a Itália tentaria, outra vez, contrariar a “lógica”. Afinal o futebol é cheio de surpresas.
Mesmo com a pressão dos jogadores, da torcida e da mídia, o técnico Marcelo Lippi manteve o 4-2-3-1, com Ianquinta e Gilardino mantidos no time titular. Sem o contundido Pirlo, a Itália fica sem criatividade no setor de meio de campo. Pirlo, além disso, ainda é bom nas bolas paradas, uma das falhas da Itália na partida de hoje, já que as chances em cobrança de falta foram para o espaço, literalmente. A Nova Zelândia, como todos nós sabíamos, jogou retrancada, podemos dizer que os jogadores de futebol se inspiraram nos jogadores de rugby, sempre dividindo a bola numa vontade incrível. Para piorar, Elliot cobrou falta, a bola passou por todo mundo e desviou em Canavarro, sobrando limpa para Smeltz abrir o placar para os neozelandeses. Ouvi muita gente reclamando de impedimento, mas o “desvio” de Reid foi tão de leve, que a olho nu ninguém consegue enxergar. Os italianos, depois do susto, passaram a pressionar, mas não conseguiam entrar na área da Nova Zelândia, sempre tão congestionada de zagueiros. Rick Herbert armou o time com cinco jogadores de defesa (três zagueiros e dois laterais) e mais dois volantes que ficavam o tempo todo dentro da área neozelandesa. Dessa forma, a Itália passou a arriscar chutes de fora da área e cruzamentos, sempre cortados pela zaga, principalmente pelo jovem Reid e pelo experiente Nelsen (que jogou demais). Os volantes Montolivo e De Rossi foram os melhores jogadores italianos na partida, sempre saindo para o jogo e arriscando chutes de fora da área. Montolivo, por exemplo, acertou dois bons chutes, um bateu na trave e o outro, já no segundo tempo, foi defendido por Paston. Já Danielle de Rossi conseguiu um pênalti, ao ser puxado dentro da área. Iaquinta foi para a cobrança e empatou o jogo. Naturalmente insatisfeito com a postura do ataque, Marcelo Lippi mudou o time para o segundo tempo, colocando Camoranesi no lugar de Pepe e Di Natale no lugar do apagado Gilardino. Com isso, o time melhorou na movimentação e saiu em busca da virada. As jogadas de ataque, porém, eram sem efetividade, já que a Itália girava a bola de um lado para o outro, mas não conseguia criar chances claras. Não seria exagero dizer que a Nova Zelândia, que só se defendia, criou as melhores chances de gol. Em uma delas, Vicelich pegou rebote da zaga e mandou de primeira, com a bola passando muito perto. Em outra, o jovem Wood conseguiu fazer bonita jogada para cima do lento Canavarro e chutou forte, cruzado e rasteiro, com a bola passando muito perto do gol do Marchetti. No fim, com a Itália pressionando, mas só conseguindo chegar com perigo na bola área, o placar se manteve inalterado. Na Quinta, a “Azurra” precisa vencer a Eslováquia para se classificar, enquanto que a Nova Zelândia busca uma classificação histórica diante do Paraguai, precisando de vitória simples. Claro que acho isso improvável, mas depois desse resultado de hoje, não ouso duvidar de mais nada nessa Copa do Mundo.

Eslováquia 0x2 Paraguai



O futebol ofensivo prevaleceu e os paraguaios derrotaram os eslovacos com facilidade na manhã deste Domingo. Gerardo Martino escalou a seleção sul-americana com três atacantes, fazendo com que o Paraguai mostrasse autoridade desde o início do jogo. É verdade que falta um jogador de ligação no meio de campo, mas o volante Vera se aproxima muito dos atacantes, sempre como elemento surpresa. Barrios, Santa Cruz e Haedo Valdez formam um ataque de causar inveja em muitas seleções por aí. O argentino Lucas Barrios, inclusive, fez um primeiro tempo impecável, o que acabou ofuscando sua participação tímida na etapa final. De seus pés, o Paraguai criou suas melhores jogadas de ataque. Santa Cruz também jogou muito, inclusive deu trabalho para o goleiro Mucha em duas oportunidades. Na segunda delas, aproveitou falha defensiva dos eslovacos e ficou frente a frente com o goleiro, que fez defesa bonita, quando o jogo já estava 1x0. Pois é! O primeiro gol, que saiu um pouco antes, também ocorreu em falha defensiva dos eslovacos. Barrios puxou a marcação adversária e encontrou Vera, que apareceu na área e deu um bonito toque para abrir o placar. Bom, a seleção da Eslováquia melhorou um pouco e passou a buscar o jogo no segundo tempo. Hamsik, é verdade, era uma das apostas do técnico Wladimir Weiss, mas o jogador fez duas partidas péssimas e dependerá do confronto contra a Itália, país onde joga, para tentar sair da Copa de cabeça erguida. Por outro lado, o filho do técnico, que também se chama Wladimir Weiss, mais uma vez mostrou seu talento e buscou o jogo, sempre com muita habilidade. Mas o talentoso jogador não consegue jogar sozinho, já que seus companheiros não conseguem acompanhá-lo. Sestak e Vittek são jogadores de área, não têm muito repertório, enquanto que Hamsik “amarelou”. Odeio usar essa palavra, mas não acho outra para justificar a pouca inspiração desse diferenciado jogador, que mostrou seu talento no Napoli. Já que a Eslováquia não chegou nenhuma vez com perigo, o técnico Gerardo Martino mexeu bem e colocou Aureliano Torres no lugar de Valdez. O homem de criação, que eu tanto queria, entrou e mudou a cara do jogo. Pela meia esquerda, Torres fez a jogada e deu bom passe para Santa Cruz, que cruzou para Vera cabecear, mas a bola acabou indo para fora. Já no fim do jogo, Torres cobrou a falta para a área, Paulo da Silva tentou de cabeça, Strba cortou, mas a bola sobrou para Paulo da Silva, que ajeitou para Riveros definir o placar. Vittek, nos acréscimos, conseguiu a única chance dos europeus, em chute de fora da área, muito bem defendido por Villar. Com o resultado, a boa seleção paraguaia não só fica perto da vaga, como também tem tudo para conseguir a primeira colocação do grupo e escapar de um confronto com a temida Holanda. Para isso, precisa de vitória simples contra a Nova Zelândia, que deve manter o espírito dos últimos jogos para segurar os paraguaios.

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