Grandes Seleções que não levaram a taça! (Faltam 10 dias)

França- Copa do Mundo 1958


Com a contusão do atacante Rene Bliard, o treinador dos “bleus”, Albert Batteux, precisou encontrar um substituto de última hora. Batteux dividia o cargo entre a França e o Stade Reims, clube que treinou entre os anos de 1950 e 1963. Nesse período, a equipe se sagrou campeã nacional em cinco oportunidades. Nascido no Marrocos, Just Fontaine era o principal goleador do clube e, assim que foi confirmada a lesão de Bliard, o técnico não pensou duas vezes antes de escalar o artilheiro do campeonato francês na Copa do Mundo. Ao todo, Fontaine marcou 13 vezes em apenas 6 partidas e dificilmente seu recorde de gols em uma única edição do Mundial será quebrado. O cérebro da seleção era o brilhante Raymond Kopa, considerado o primeiro grande jogador da história do futebol francês. O inteligente meio-de-campo chegou a ser treinado por Batteux no Reims, mas se transferiu para o Real Madrid em 1956. A vocação ofensiva dos “bleus” chamava a atenção. A comissão técnica armou um quinteto mágico, com Kopa, Winieski, Piantoni, Vincent e Fontaine. O entrosamento entre os jogadores (Vincent e Piantoni eram companheiros de Fontaine no Reims) facilitou muito. Esse ataque, diga-se passagem, foi demasiadamente efetivo, com 23 gols marcados. A defesa, por outro lado, era muito fraca e, não por acaso, a seleção francesa foi vazada 15 vezes, com uma média de 2,5 gols sofridos por partida. A campanha começou com uma goleada impiedosa para cima do Paraguai: 7x3. Nesse jogo, Fontaine marcou três gols e os demais colegas do quinteto (Winieski, Vincent, Piantoni e Kopa) fizeram 1 gol cada um. Nos jogos seguintes, a França perdeu para a Iugoslávia por 3x2 e venceu a Escócia por 2x1. Pelas quartas de final, goleada para cima da Irlanda do Norte, pelo placar de 4x0. Fontaine (duas vezes), Winieski e Piantoni marcaram para os “bleus”. O jogo da semifinal era contra o Brasil, de Pelé, Zagallo, Didi, Garrincha e companhia. A França, com uma defesa vergonhosa, não aguentou o poderio do ataque brasileiro e foi eliminada com uma goleada de 5x2. Fontaine e Piantoni foram os autores dos gols da equipe europeia, que ainda ficou com o terceiro lugar ao atropelar a Alemanha Ocidental por 6x3, com direito a quatro gols de Fontaine. A primeira grande geração da França, portanto, ficou com um honroso terceiro lugar e, se tivesse bons marcadores, poderia ter dado mais trabalho para o Brasil.

Fala Zakumi!


* Na Copa de 2006, o brasileiro Ronaldo marcou três gols e se tornou o maior artilheiro da história das Copas com 15 gols, superando o alemão Gerd Muller, que fez 14.

* No jogo contra a Escócia, pela Copa de 1986, o uruguaio Jose Batista recebeu o cartão vermelho mais rápido da história das Copas, com apenas 56 segundos de jogo.

* O português Ricardo entrou para a história como o primeiro goleiro a defender três cobranças de pênalti em um único jogo de Copa do Mundo. O episódio aconteceu na disputa de pênaltis entre Inglaterra e Portugal, pela Copa de 2006.