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Inglaterra 1x1 EUA.

sábado, 12 de junho de 2010





Sempre que começa uma Copa do Mundo, é a mesma história: todos esperam muito da Inglaterra. Se avaliarmos pelo primeiro jogo, os ingleses podem ser considerados como uma decepção, o que não é nenhuma novidade, já que nessa década a equipe estreou fazendo partidas ruins contra Suécia (2002) e Paraguai (2006). No fim das contas, a Inglaterra acabou eliminada nas quartas-de-final, nas duas oportunidades. Bom, o ano de 2010 é o que nos interessa. Depois de fazer campanha espetacular nas eliminatórias, os ingleses não fizeram bons amistosos contra México e, sobretudo, contra Japão. O aviso, portanto, estava dado. Mas assim como 2006, quando o paraguaio Gamarra fez um “gol contra” com 3 minutos de jogo, os ingleses abriram o placar logo no início, com Gerrard. A história se repete e a torcida se empolga, achando que o “English Team” vai atropelar o adversário. Naquela oportunidade, o jogo foi horroroso e terminou mesmo em 1x0. Dessa vez, a história foi pior. Green, no final do primeiro tempo, levou um frango histórico, que entra para a galeria de falhas mais grotescas das Copas do Mundo. O chute despretensioso de Dempsey, que girou duas vezes para cima de Gerrard, acabou indo fraco e o goleiro, ao tentar segurar a bola, levou o gol.
Durante o jogo, podíamos notar que havia um duelo tático interessante no meio de campo. No caso da Inglaterra, Capello escalou uma linha de quatro com Millner (esquerda), Lennon (direita), Gerrard e Lampard (mais centralizados). Aos 3 minutos, saiu o primeiro gol dos ingleses, quando Heskey se livrou da marcação de Demerit e encontrou Gerrard, que entrou sozinho e mandou para as redes. A Inglaterra, depois disso, recuou bastante e os EUA mantiveram o domínio da posse de bola. A linha de quatro dos norte-americanos era formada por Bradley, Clark, Donovan e Dempsey. Com a defesa inglesa bem fechada, os ianques só conseguiam ameaçar em cruzamentos para a área e em chutes de fora da área. Aproveitando os contra-ataques, a Inglaterra criava perigo, principalmente pelo flanco direito, com as subidas de Johnsson e as investidas de Lennon, que atuou praticamente como um ponta. Millner, pela esquerda, se preocupava tanto com Cherundolo e Donovan, que praticamente não apoiava. Depois de receber amarelo, Capello não pensou duas vezes e substituiu o jogador por Wright Phillips, ainda no primeiro tempo. Philips melhorou a qualidade técnica pelo lado esquerdo e, assim, a Inglaterra passou a jogar pelos dois lados do campo. O craque Rooney saiu muito para buscar o jogo e conseguiu fazer boas assistências na etapa inicial. Mas o atacante foi pouco incisivo na hora das definições das jogadas, o que preocupa a torcida. Então, no final do primeiro tempo, o frango de Green, em chute de Dempsey, foi um banho de água fria. Assim, com o empate por 1x1, os jogadores foram para os vestiários.
Os ingleses começaram pressionando na etapa final. Logo aos 7 minutos, Heskey recebeu lançamento em profundidade, se livrou da marcação, mas disparou em cima do goleiro Howard. Apesar da primeira impressão, o jogo voltou a ficar morno e a Inglaterra não conseguiu mais ameaçar. Os Estados Unidos jogaram com muita paciência e cadenciaram o jogo, afinal o placar de empate é um resultado espetacular. Aos 20 minutos, eles encaixaram um bom contra-ataque, Altidore passou por Carragher e chutou bem, o goleiro Green desviou e a bola explodiu na trave. A Inglaterra apostava em cruzamentos na área e chutes de fora da área, afinal o ferrolho americano não dava espaços. Rooney, aos 29, arriscou de longe e a bola foi para fora. Depois disso, nada de mais importante aconteceu, a não ser à entrada de Crouch. Fim de jogo e o placar de 1x1 festejado pelos EUA e lamentado pela Inglaterra.

Minha vuvuzela!

Gostei do segundo dia da Copa do Mundo. Pela manhã, a Coréia do Sul confirmou minhas perspectivas e passou pela Grécia. A atitude (ou falta dela) dos gregos é que me surpreende. O péssimo futebol, inclusive, me lembra os helênicos de 1994, que tinham os mesmos problemas de 2010: equipe envelhecida, lenta e sem criatividade no meio de campo. Se bobear, a Grécia acaba saindo da Copa de 2010 sem fazer nenhum gol e com três derrotas, como há 16 anos. Pelo lado da Coréia do Sul, enfim, um bom time, com jogadores de talento. Em 2002, os tigres asiáticos foram para frente mais por apito amigo e empolgação da torcida do que por um bom futebol. No segundo jogo do dia, fiquei feliz em ver um confronto entre seleções ofensivas. Claro que não torço para Argentina e nem para Nigéria, mas certamente as torcidas dessas seleções ficaram preocupadas. Os “hermanos” têm um grande time do meio de campo para frente, mas a defesa é um horror. Maradona escala Jonas Gutierrez, um meio de campo, como lateral direito. Enfrentar uma Holanda da vida (com pontas como Robben ou Kuyt) com essa formação pode ser mortal. A Nigéria, por outro lado, até que melhorou com Lars Lagerback. Eu, que acompanhei a Copa Africana de Nações, posso assegurar que a Nigéria era muito mais burocrática do que foi hoje. O time, apesar de fraco, tem condições de vencer a Grécia e brigar com a Coréia do Sul pela vaga. Isso, se os sul-coreanos, não surpreenderem a Argentina, o que não é impossível. Por último, fiquei decepcionado com o futebol da Inglaterra, mas considero que foi apenas um acidente de percurso. Não quero acreditar que o “English Team” vai repetir as histórias de 2002 e 2006. Na estreia, as seleções estão sempre mais nervosas e os EUA cresceram muito nessa década. No ano passado, os norte-americanos venceram a Espanha na Copa das Confederações, naquela que foi única derrota da “fúria” em quatro anos. Então, finalizando, os ianques têm tudo para ficarem com a segunda vaga e serem a surpresa da competição.

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