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Itália 1x1 Paraguai; Japão 1x0 Camarões; Holanda 2x0 Dinamarca.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Itália 1x1 Paraguai



Em jogo de ataque contra defesa, Itália e Paraguai empataram pelo placar de 1x1. Contrariando minhas expectativas, a Azurra jogou ofensivamente, embora não tenha conseguido criar chances claras de gol durante o jogo. Os paraguaios, por outro lado, jogaram muito recuados e não conseguiram mostrar o bom futebol que apresentaram nas eliminatórias. Na realidade, o técnico Gerardo Martino armou o time para segurar os italianos que, teoricamente, são os favoritos do grupo. Dessa forma, qualquer paraguaio está soltando foguetes após o resultado de empate. Interessante é que os laterais praticamente não apoiaram e a equipe jogou com um quinteto defensivo, já que o volante Victor Cáceres atuou praticamente como um terceiro zagueiro. Vera, Riveros e Aureliano Torres (os meio-campistas) foram obrigados a se preocupar muito mais com a marcação do que com a criação, afinal a Itália controlou o jogo e manteve a posse de bola. A falta de ligação com o ataque fez com que os talentosos Lucas Barrios e Haedo Valdez não tivessem oportunidades. No segundo tempo, a dupla de ataque do Burussia Dortmund foi trocada por outros atacantes de envergadura: Oscar Cardozo e Roque Santa Cruz. O técnico da Itália, Marcelo Lippi, colocou a Itália no 4-2-3-1. Zambrotta e Criscito, os laterais, apoiaram bastante durante o jogo, mas não conseguiram mostrar muito serviço. A surpresa, para mim, estava no meio de campo, com a entrada de Montolivo no lugar de Pirlo, enquanto que muita gente apostou que Gattuso seria o titular, para jogar ao lado de Daniele De Rossi. Na frente deles, uma linha de três, formada por Iaquinta (direita), Marchisio (centro) e Pepe (esquerda). Gilardino ficou isolado na frente. A Itália, como eu já disse, dominou o primeiro tempo, ficou rondando a área do Paraguai, mas não conseguia transformar sua superioridade em lances de gol. Enfim, quem saiu na frente foi o Paraguai, que praticamente não havia chegado com perigo até os 37 minutos do primeiro tempo, quando Aureliano Torres levantou bola na área (em cobrança de falta) e o zagueirão Alcaraz subiu para mandar para as redes. No intervalo, Lippi foi obrigado a colocar Marchetti no lugar de Buffon, que teve um problema nas costas. A seleção italiana continuou buscando o jogo e o Paraguai passou a ter mais perigo em lances de contra-ataque. Enfim, falhas de zagueiros e goleiros têm definidos partidas nessa Copa do Mundo. Foi isso o que aconteceu. Após cobrança de escanteio, Justo Villar saiu mal e Daniele de Rossi apareceu bem e fez o gol de empate. Com a entrada do experiente Camoranesi no lugar de Marchisio, a seleção italiana cresceu no jogo. A linha de três jogadores passou a ter mais mobilade, afinal era comum ver Pepe, Iaquinta e Camoranesi trocando suas posições. O problema é que esses jogadores não conseguiam superar o ferrolho paraguaio. Dessa forma, bolas levantadas na área e chutes de longa distância passaram a ser as melhores opções. Di Natale substituiu Gilardino e passou a cair mais pelos flancos. Eu, particularmente, gostei mais da participação de Simone Pepe, que deu mais velocidade, procurou o jogo e arriscou bons chutes. Montolivo também teve boa participação, embora tenha perdido um “gol feito” no primeiro tempo. No próximo Domingo, a Itália encara a Nova Zelândia, enquanto que o Paraguai pega a Eslováquia.

Japão 1x0 Camarões



Em jogo entre duas das seleções mais fracas da Copa do Mundo, o Japão venceu Camarões por 1x0. Pode parecer contraditório dizer que uma seleção que tem Eto’o, Makoun e Assou-Ekotto é fraca, mas é fato que Paul Le Guen conseguiu fazer com que os “leões indomáveis” fossem facilmente domados pelo adversário (me desculpe o trocadilho). Esse técnico e muito ruim. Acompanhei a Copa Africana de Nações de 2010 e Camarões jogou muito mal em todas as suas partidas. Nos amistosos pré-copa não foi diferente. O time é duro, não tem criatividade no meio de campo, a zaga é ruim, os laterais não sabem apoiar e Eto’o não tem o que fazer. Não vou ser demagogo de falar que “Milla tem razão e que Eto’o não joga nada na seleção”. Como ele vai jogar se o time é mal armado pelo técnico? Eto’o, na partida de hoje, foi quase um lateral direito, nem de ponta eu poderia chamá-lo. Mbia, que é volante no Marselha, foi escalado erradamente na lateral, enquanto que o veterano Geremi (lateral de ofício) só entrou no segundo tempo. Do outro lado, Choupo-Moting também jogou como “ponta”, enquanto que Webo ficou centralizado. O meio de campo, porém, é horroroso e esses jogadores não teriam condições de atacar se não recebem a bola. Japão, uma equipe muita fraca, conseguiu anular esses jogadores. Komano e Nagatomo (os laterais nipônicos) praticamente nem subiram, ficaram formando um quarteto defensivo com os zagueiros Túlio Tanaka e Nakzawa. Quem acompanhou os amistosos do Japão, certamente percebeu que esse sistema defensivo é muito fraco. Enfim, o criticado Takeshi Okada, armou os samurais azuis no famoso 4-2-3-1, mas deixo claro que classificar o esquema é questão de cartilha, afinal os jogadores se movimentam muito durante o jogo. Okubo, que é atacante, muitas vezes era visto no setor de criação, enquanto que Honda aparecia muito bem no ataque. Pelo lado direito, Matsui aproveitou os espaços deixados por Assou-Ekotto, que apoiava muito e não conseguia marcar o ataque japonês. Foi desse setor que Matsui encontrou espaço e fez um cruzamento certeiro para Honda, que ajeitou a bola e marcou o gol do jogo. Depois do intervalo, Camarões até que tentou pressionar. O “lateral” Eto’o, por exemplo, fez boa jogada pelo lado direito, passou pelos marcadores e fez o passe para Choupo-Moting, que pegou mal na bola. Nem as entradas de Geremi, Idrissou e Emana fizeram com que os “leões” conseguissem efetividade em suas jogadas de ataque. Mbia, enfim como volante, melhorou no jogo e ainda acertou o travessão de Kawashima. O capitão japonês Hasebe (que é bom jogador) acertou bom chute de fora de área e o goleiro espalmou. Sem emoções, mas com um duelo tático interessante, o Japão alcançou a Holanda na liderança do grupo. Se o ferrolho dos nipônicos é bom mesmo, só vamos saber no sábado, afinal a equipe encara a Holanda. Camarões, para o desespero de Paul Le Guen, enfrenta outra seleção que adora jogar na defesa: a Dinamarca.

Holanda 2x0 Dinamarca




Morten Olsen, zagueiro da famosa Dinamáquina de 86, sabia muito bem o que fazer para frear a Laranja Mecânica. Para muitos comentaristas de campeonato estadual, a Holanda decepcionou. Bom, eu acho que o embate tático foi um dos mais interessantes desse Mundial. A Holanda, vamos lá, mudou seu esquema. Van der Vaart reclamou, não quer ficar na reserva e Van Marwijk então foi obrigado a mudar o esquema tático da Laranja Mecânica. Eu, particularmente, acho que essa é a maior dor de cabeça de um treinador nesse mundial. A Holanda encantou o mundo jogando no 4-3-3. Com dois pontas abertos, geralmente Kuyt e Robben, e com um atacante centralizado, Van Persie. Sem Robben, o setor deveria teoricamente ser ocupado por Afellay ou Elia (jogadores em fase fantástica). Mas como a defesa não é confiável, o treinador opta por dois volantes clássicos: Van Bommel e De Jong. Aí surge o problema, afinal existe uma posição para dois grandes jogadores: Sneijder e Van der Vaart. Na teoria, Van der Vaart ficaria aberto pela esquerda, mas na prática o jogador do Real Madrid (concorrente de Kaká) gosta mesmo é de jogar centralizado, o setor ocupado pelo craque Wesley Sneijder, o “dono do time”. Então você pode perceber que os dois batem cabeça e a Holanda fica no 4-4-2, com o lado esquerdo praticamente não sendo utilizado em jogadas de ataque. Essa é a questão! A “Laranja Mecânica” perde em criatividade e, enquanto Van der Vaart e Sneijder jogaram juntos, a equipe não conseguiu encantar, como fazia anteriormente. A Dinamarca, por outro lado, jogou na defesa. Lars Jacobsen, pela direita, ficou preso na marcação de Kuyt e não apoiou. Os escandinavos, diga-se de passagem, jogaram com cinco jogadores na defesa, afinal Christian Poulsen era praticamente um líbero. Os outros jogadores, quando a Holanda atacava, ficavam atrás da linha bola. A ideia dos dinamarqueses estava muito clara: contra-atacar. Algumas jogadas de perigo aconteceram no primeiro tempo. Van Bronckhorst, o lateral esquerdo holandês, não conseguia acompanhar a velocidade de outro veterano: Rommedahl. Desse lado, saíram as melhores chances, quando ele cruzou para Bendtner (que cabeçeou para fora) e em chute defendido por Stekelenburg. Outra chance aconteceu quando Bendtner voltou para buscar o jogo e deu um passe açucarado para Kahlenberg disparar bem, para boa defesa de Stekelenburg.
O segundo tempo mal havia começado quando Van Persie fez cruzamento para a área e Simon Poulsen, de forma atrapalhada, tentou tirar de cabeça, mas a bola desviou em Daniel Agger e entrou. Com o gol, a pressão diminuiu e a “Laranja” melhorou na partida. Mas somente com a saída de Van der Vaart (que é ótimo jogador e fez boas jogadas) que a Holanda deslanchou na partida. Seu substituto foi Eljero Elia, um jogador de muita habilidade e consciência tática, que jogou como ponta, o setor que “teoricamente” deveria ter sido ocupado por Van der Vaart. Elia fez jogadas fantásticas, dribles desconcertantes e sua velocidade fez com que a Holanda crescesse no jogo. Com a entrada de Afellay no lugar de Van Persie, Dirk Kuyt passou a jogar centralizado no ataque, enquanto que Afellay ficou no flanco direito. Enfim, Holanda com cara de Holanda. Sneijder, que dividia seu espaço com Van der Vaart, melhorou muito na partida. Em tabelinha com Afellay, ele recebeu e chutou bem, com a bola desviando em Agger e batendo no travessão. O segundo gol saiu após passe de Sneijder para Elia que ficou a frente com Sorensen e tocou bem, o goleiro desviou e a bola bateu na trave. Kuyt, no rebote, empurrou para as redes. Em outro lance pelo flanco esquerdo, Kuyt cruzou e Afellay tirou de Sorensen, mas Agger conseguiu tirar em cima da linha. No final, a Holanda venceu por 2x0. Para o pessoal acostumado a comentar Copa do Brasil, a Holanda foi uma vergonha. Talvez eles nem saibam que existe um tal de Robben que ainda vai entrar nesse time.

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