O Blog Grandes Seleções pretende divulgar o futebol de seleções pelo mundo, em todas as épocas. Este é o espaço pra você relembrar aquela seleção que te encantou, que te fez raiva ou te encheu de alegria. Todas as informações das eliminatórias, amistosos internacionais e da Copa, você encontra aqui!

Japão 0x1 Holanda; Austrália 1x1 Gana; Dinamarca 2x1 Camarões.

sábado, 19 de junho de 2010

Holanda 1x0 Japão




É verdade que a Laranja ainda não encantou nesta Copa do Mundo, mas o futebol de resultados apresentado pelo time do técnico Van Marwijk parece eficiente, afinal a Holanda é a primeira seleção classificada matematicamente para as oitavas de final. Com Robben poupado, o que é uma opção inteligente para esta primeira fase, o treinador continuou escalando Van der Vaart como um ponta, mas o jogador do Real Madrid não tem a velocidade para exercer essa função e se transforma em um meia esquerda. Sneijder, então, não tem a mesma liberdade que tem quando Elia substitui Van der Vaart, sempre na reta final do jogo. Enfim, a dor de cabeça do treinador holandês parece não ter fim, já que Robben deve entrar no lugar de Kuyt quando estiver recuperado. No jogo de hoje, vale destacar a disciplina tática do Japão, que congestionou o meio de campo e marcou muito bem as peças de criação da seleção europeia. Takeshi Okada, tão criticado pela mídia local, colocou uma linha de quatro na defesa e os outros seis jogadores no meio de campo, sem nenhum atacante fixo. A prioridade dos japoneses: marcação. Quase que os nipônicos conseguiram êxito, já que os holandeses tocavam a bola (tentando encontrar espaços) sem objetividade. Apesar da maior posse de bola do adversário, o Japão ameaçou mais no primeiro tempo, apesar das chances não terem sido tão claras. Na etapa final, a Holanda voltou pressionando. Van Bronckhorst, que subiu pouco no primeiro tempo, conseguiu o cruzamento, Van Persie dividiu com a zaga e a bola sobrou para Sneijder mandar uma bomba e marcar o gol da partida, contando com uma falha bisonha do goleiro japonês. Os samurais azuis, de forma até surpreendente, partiram com tudo em busca do empate, mas deixando o setor defensivo bem protegido. Okubo, por exemplo, tentou a jogada individual por três vezes, chutando sempre de fora da área e levando perigo ao gol de Stekelenburg. Com as entradas de Afellay e Elia, a Holanda ganhou mais velocidade, o que já é comum nos últimos jogos. Em lance individual, Elia lançou para Afellay, mas o goleiro Kawashima saiu bem e impediu o gol holandês. Pouco tempo depois, já na reta final do jogo, Huntelaar (que entrou no lugar de Van Persie) deixou Afellay na cara do gol, mas o atacante foi impedido de marcar pelo goleiro Kawashima, mais uma vez. Placar final de 1x0 para a Holanda, que já pode projetar sua vida no mata mata. Os nipônicos, por outro lado, vão tentar a sorte contra a Dinamarca, em busca da segunda vaga do grupo.

Gana 1x1 Austrália



Quem acompanhou Austrália e Gana, certamente não se arrependeu. Foi um jogo muito agradável de se ver e cada um, a sua maneira, tentou a vitória. Os “socceroos” começaram pressionando, afinal a goleada sofrida para a Alemanha fazia com que o time entrasse em campo obrigado a vencer a partida. Em falta cobrada por Bresciano, o goleiro Kigson rebateu e Holman pegou o rebote para marcar o primeiro gol da Austrália no jogo de hoje. Depois do lance, Gana cresceu na partida e criou chances de empatar o jogo. Com cinco jogadores no meio de campo, a seleção africana se aproveitava da criatividade de Dedé Ayew (que se movimenta muito) e do volante Prince Boateng, que sai muito para o jogo. De tanto insistir, Gana achou um pênalti. Dedé Ayew fez boa jogada individual pelo lado direito e tocou para trás, Jonathan Mensah acertou o chute e Harry Kewell tirou em cima da linha, mas a bola desviou em seu braço. O juíz marcou pênalti e expulsou o experiente jogador australiano. Na minha opinião, de forma injusta. Asamoah Gyan foi para a cobrança e marcou o gol de empate. Com um jogador a menos, a Austrália deixou de dominar para ser dominada. Gana continuou buscando o jogo. Prince Boateng, por exemplo, fez boa jogada e chutou cruzado, mas o bom goleiro Schwarzer desviou a bola para escanteio. Depois do intervalo, a seleção da Oceania voltou com a mesma formação, o que impediu que o time pressionasse. Com cinco jogadores no setor de meio campo, mas sem nenhuma referência na área, a bola ficava girando de um lado para o outro. No lado de Gana, o atacante Asamoah Gyan (que se movimenta muito) criou jogadas e acertou chutes de fora da área, a exemplo de Kwadwo Asamoah. O goleiro Schwarzer, sempre muito seguro, fez defesas difíceis e impediu que as estrelas negras virassem o jogo. Na reta final, o confronto ganhou em emoção. A Austrália, sem muita criatividade, tentava jogadas em cruzamentos na área. Em falha da defesa de Gana, Chipperfield deixou Wilkshire na cara do gol, mas Kingson saiu bem e conseguiu impedir o gol. No rebote, Kennedy ainda perdeu a chance de dar a vitória a seleção australiana. Alguns chutes de fora da área de Gana e um acidente com Pantsil, que quebrou o nariz e sangrou muito, foram as cenas finais de um jogo que deixou o complicado grupo D totalmente em aberto. Na última rodada, Gana joga pelo empate contra a poderosa Alemanha. A Austrália, por outro lado, precisa de aplicar uma goleada história sobre a Sérvia para ficar com a segunda colocação.

Camarões 1x2 Dinamarca



Camarões é a primeira seleção eliminada da Copa do Mundo. Depois de péssima apresentação contra o Japão, os leões indomáveis até que melhoraram e fizeram uma boa partida contra os escandinavos, mas não aproveitaram as várias chances de gol e perderam de virada. Vale destacar que a Dinamarca também perdeu chances claras em um jogo muito equilibrado. Enfim, foi uma partida aberta e até os minutos finais qualquer coisa poderia acontecer. A defesa da Dinamarca, por exemplo, adora dar sustos na torcida. No jogo anterior, o primeiro gol da Holanda saiu em um “gol contra” do lateral esquerdo Simon Polsen. Dessa vez, Sorensen saiu jogando com Christian Poulsen, que tentou dar o passe para Lars Jacobsen. Emana, no entanto, chegou antes do lateral direito dinamarquês, roubou a bola e tocou para Eto’o, que totalmente livre, mandou para as redes. Nesse momento, pelo volume de jogo apresentado por Camarões, parecia que o jogo seria uma goleada para os africanos. Com o gol, porém, os africanos “relaxaram” e permitiram que a Dinamarca tocasse a bola, sua principal característica. Morten Olsen, técnico da seleção europeia, certamente pediu ao lateral Lars Jacobsen e ao ponta Rommedahl que explorasse o setor direito de ataque, afinal Assou-Ekotto sai muito para apoiar e deixa uma verdadeira avenida Ekotto por esse espaço do campo. Dito e feito! Sempre chegando pelo lado direito, a “Dinamáquina” voltou a apresentar um bom futebol em Copas do Mundo e tomou as rédeas do jogo. Kjaer, que me lembrou o ex-zagueiro Morten Olsen (atual técnico), fez um lançamento preciso para Rommedahl, que fez um cruzamento rasteiro para o artilheiro Bendtner empatar a partida. Um lindo gol, digno da boa e velha Dinamáquina. No fim do primeiro tempo, muitas emoções. O guerreiro A. Song perdeu a bola no meio de campo, Rommedahl e Bendtner aproveitaram a avenida Ekotto, fizeram tabela e Rommedalh ficou frente a frente com o goleiro, dando um toque para trás, para a chegada de Tomasson que chutou. Adivinha quem apareceu para salvar o gol? Se você falou A. Song, acertou. Poucos segundos depois, o experiente Jorgensen (aquele que fez um gol no Brasil em 98) perdeu bola boba no campo de defesa e Camarões só não fez o gol por causa da trave, que caprichosamente se duplicou para evitar o gol de Eto’o. No lance seguinte, Emana fez boa jogada individual, driblou os zagueiros e, por muito pouco, não marcou o gol.
No segundo tempo, Camarões voltou pressionando, com o mesmo volume de jogo do início da partida. Mbia teve chance de marcar de cabeça, após cobrança de escanteio, mas o goleiro Sorensen salvou. Com os camaroneses buscando o jogo, consequentemente os dinamarqueses passaram a aproveitar os contra-ataques. Olha como o segundo gol é emblemático. Assou-Ekotto vem pela esquerda e cruza rasteiro para Webo, que gira e chuta em cima de Sorensen. O goleiro repõe rápido e Bendtner lança Rommedahl, que aproveita a avenida Ekotto, chega dentro da área, dribla o volante Makoun e manda para o gol. Com a virada no placar, a tônica do jogo permaneceu a mesma, com Camarões em busca do gol e dando espaços em seu setor defensivo. O treinador de Camarões, o francês Paul Le Guen, mexeu no time, colocou Idrissou e Aboubakar (atacantes) para buscar o empate, afinal a derrota eliminava a seleção africana de forma antecipada. Chutes para fora, defesas de Sorensen e o desespero aumentava. Por outro lado, a Dinamarca cansava de perder gols. Bendtner encontrou Rommedahl livre dentro da área e o experiente jogador do Ajax ajeitou para Tomasson, que soltou um bom chute, mas o goleiro Soleymanou defendeu muito bem. Em outro lance, Bendtner recebeu, Rommedahl passou livre pelo lado esquerdo, mas o atacante do Arsenal prefiriu chutar para o gol, para fácil defesa do goleiro camaronês. Do lado de lá, Idrissou, Aboubakar, Webo, Makoun e Geremi, todos tiveram suas chances. Eto’o, inclusive, fez uma bela partida. Em alguns momentos, jogou dentro da área como segundo atacante, em outros como armador de jogadas. As mudanças de Paul Le Guen, motivadas pelas reclamações dos jogadores, fizeram com que os africanos jogassem bem, apesar do resultado negativo. A Dinamarca, para variar, deve passar de fase, apesar do Japão jogar pelo empate na última rodada. No jogo, considerado como um dos melhores da Copa, a vontade de fazer gols prevaleceu. Ainda bem.

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