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México 0x1 Uruguai; França 1x2 África do Sul; Argentina 2x0 Grécia; Nigéria 2x2 Coréia do Sul.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Uruguai 1x0 México


Não foi um jogo de compadres, como muitos acreditaram. Uruguaios e mexicanos, de forma surpreendente, buscaram o gol desde o início do jogo, talvez com a motivação de escapar de um confronto contra a Argentina logo nas oitavas. A primeira colocação do grupo, que ficou com a “celeste”, deve mesmo ser muito comemorada, afinal as chances dos sul-americanos conseguirem passar pela Coréia do Sul (segunda colocada do grupo B) são grandes. Dessa forma, o Uruguai voltaria a ficar entre os oito melhores de um Mundial, depois de 40 anos. Em jogo agradável, o Uruguai pressionava a saída de bola do adversário e, muitas vezes, recuperava a bola e conseguia a saída rápida através de Luis Suarez. Por outro lado, o México manteve a posse de bola, mas poucas vezes conseguiu incomodar a defesa uruguaia, que saiu da primeira fase sem sofrer nenhum gol. Não concordo com a escalação de Javier Aguirre, que insiste com os veteranos Blanco e G. Franco, enquanto no banco ele tem jogadores ariscos como Alberto Medina, Javier Hernandez e Pablo Barrera, já que Vela está contundido. No lugar do suspenso Efrain Juarez, o treinador escalou Guardado, que fez um bom primeiro tempo e, inclusive, acertou o travessão de Muslera. Inexplicavelmente, o treinador sacou Guardado no intervalo, optando pela entrada do veloz Barrera. Concordo plenamente com a entrada do Barrera, mas poderia ter tirado o lento Blanco. Enfim, o jogo já estava 1x0 e o México até que melhorou na partida, principalmente depois da entrada de Javier Hernandez no lugar do próprio Blanco. O zagueiro Francisco Rodriguez foi quem teve a melhor chance, ao mandar de cabeça para fora, após linda jogada individual de Barrera. Pelo lado do Uruguai, o esquema 4-4-2 foi mantido, com Forlan novamente jogando na armação da celeste. E foi de Forlan o passe para Cavani, que cruzou para Luis Suarez mandar de cabeça para o fundo das redes, abrindo o placar para os uruguaios. Na etapa final, Lugano assustou, mandando cabeçada firme após cobrança de falta. O placar de 1x0, porém, se estendeu até o final, com os sul-americanos comemorando uma excelente campanha em grupo difícil, ficando na primeira colocação com sobras. Nas oitavas, o adversário será a Coréia do Sul. O México, por outro lado, enfrenta a Argentina.

França 1x2 África do Sul



Que grande jogo! Apesar de saberem que a classificação estava muito distante, África do Sul e França entraram em campo com a motivação de sairem da Copa do Mundo de cabeça erguida. Nos primeiros 20 minutos, os “bleus” até que dominaram o jogo, embora não tenham criado nenhuma grande possibilidade. A falha de Lloris, que saiu muito mal em cobrança de escanteio, foi determinante para o comportamento da França no restante da partida, afinal o lance resultou em gol de Khumalo. A partir daí, uma verdadeira blitz dos bafana bafana, que criaram chances atrás de chances. Mphela, por exemplo, acertou dois bons chutes da entrada da área, sendo que um deles foi para fora, enquanto o outro foi defendido por Lloris. Pelo lado francês, apenas uma falta cobrada por Ribery, que contou com boa defesa do goleiro Josephs. Enfim, o segundo gol saiu ainda no primeiro tempo, quando Masilela aproveitou falha da defesa e deu o passe para Mphela completar para as redes. Na etapa final, a África do Sul continuou dominando o jogo, com a França visivelmente abatida por sua situação dentro da Copa. Como o Uruguai vencia o México por 1x0, os bafana bafana passaram a acreditar na vaga, afinal precisavam de mais dois gols contra uma equipe quase que entregue dentro da partida. Mphela, por exemplo, acertou um belo chute, mas Lloris salvou. O goleiro francês, inclusive, foi o responsável por fazer com que os sul-africanos não marcassem mais gols na partida. Quando não dava para Lloris, a trave salvava, como aconteceu em lance que Tshabalala deixou Mphela na cara do gol, mas o atacante não conseguiu marcar. Enfim, quando a África do Sul dominava e poderia lutar pela vaga, aconteceu o gol da França. Sagna encontrou Ribery sozinho na área, Josephs saiu e Ribery deu o passe para Malouda fazer o único gol francês no Mundial. Depois do lance, a seleção sul-africana se abateu e a França voltou a controlar a partida, mas sem efetividade, não conseguiu ameaçar o goleiro da equipe anfitriã. Por outro lado, Tshabalala ainda teve chance clara para ampliar, mas Lloris salvou. No fim, com as duas seleções eliminadas, a torcida aplaudiu a garra dos jogadores sul-africanos, que acabaram entrando para a história, como a primeira seleção da casa a ser eliminada na fase de grupos de uma Copa.
Domenech x Parreira. Em 2006, o treinador francês levou a melhor, quando, com show de Zidane, a França eliminou o Brasil e chegou a decisão do Mundial, perdendo para a Itália. A vingança é um prato que se come frio, certo Parreira? De lá para cá, Parreira foi treinar a África do Sul, mas acabou não conseguindo tanto sucesso e saiu. Domenech, por outro lado, continuou no comando dos bleus, fez uma Eurocopa pífia, quando os franceses foram goleados pela Holanda, perderam para a Itália e caíram ainda na primeira fase, somando apenas um ponto, no empate sem gols com a Romênia. A mídia pressionou, mas o técnico francês (sempre muito polêmico) permaneceu no comando dos bleus para tentar a vaga para a Copa de 2010. Enquanto que a África do Sul (já com Joel Santana) conseguia certo sucesso na Copa das Confederações, dando trabalho para o Brasil na semifinal, a França (de Domenech) corria atrás da Sérvia nas eliminatórias, sem conseguir êxito. Parreira voltou aos “bafana bafana” e Domenech viu a França ir para a repescagem, conseguindo a classificação diante da Irlanda com um gol irregular, em jogada em que Henry ajeitou a bola com a mão para fazer o cruzamento para o gol de Gallas. Em Dezembro, Domenech e Parreira descobriram que ficariam frente a frente outra vez, afinal África do Sul e França estavam no mesmo grupo da Copa. Pelo lado europeu, muitos problemas internos, o técnico não conseguindo comandar os seus comandados, excesso de salto alto e vaidade. A França ficou no hotel mais caro, foi criticada até pelos políticos de seus país. Nos alpes franceses, Domenech tentava dissolver as panelinhas, propondo atividades, no mínimo, estranhas. Enquanto a África do Sul vencia Colômbia e Dinamarca, a França perdia para a China nos amistosos antes da Copa. Bom, começa o Mundial e a África do Sul surpreende o mundo, afinal todos esperavam um vexame diante do México, mas os “bafana bafana” abrem o placar, levam o empate, mas merecem a vitória, quando Mphela acerta a trave no finalzinho. Em jogo ruim, a França só empata com o Uruguai, resultados estes que deixam o grupo embolado. Na segunda rodada, Parreira e Domenech já imaginam que vão morrer abraçados, afinal a seleção africana faz uma péssima partida e perde por 3x0 para o Uruguai, enquanto que a França é derrotada pelo México. Os problemas internos da seleção europeia vem a tona quando Anelka, após ser substituído, xinga Domenech. O atacante, então, é mandado embora e a confusão se instala. Os jogadores se negam a treinar, o time fica ao avesso, vira uma bagunça, como é a cara de seu treinador. No jogo final, Parreira, que nunca venceu uma partida em Copas por uma seleção que não fosse a brasileira, reencontra o algoz de 2006. Com comportamento de derrotada, a França de Domech está cheia de alterações. Nada adianta. Sem atenção, os bleus apanham, literalmente. Apanham e tomam um show de bola de um dos times mais fracos da Copa que, sem brincadeiras, poderia ter saído de campo com uma goleada histórica. No fim, Parreira e Domenech morreram abraçados, mas o treinador brasileiro saiu com o gostinho da vitória. Ao cumprimentar o francês, foi ignorado, uma total deselegância de um treinador que não é respeitado por ninguém em seu país, é odiado pela nação. Hoje, o mundo inteiro, entendeu os motivos, inclusive Carlos Alberto Parreira. Parabéns aos “bafana bafana”, um time limitado, mas que passaria de fase se a Copa tivesse o mesmo regulamento de 1994, a mesma que os EUA se classificaram em terceiro lugar, atrás de Romênia e Suíça. Moralmente, portanto, os sul-africanos não ficaram muito atrás dos norte-americanos.

Argentina 2x0 Grécia


O técnico da Grécia, Otto Rehaggel, curiosamente, tentou se defender contra Coréia do Sul e Nigéria, mas não deu certo. Contra os nigerianos, inclusive, ele mudou a postura do time após a expulsão de Kaita e, assim, a Grécia parou de se defender, virou o jogo e até surpreendeu o mundo, provando que também sabe jogar futebol e não só se defender. Contra os argentinos, naturalmente, a tendência era defender, ainda mais quando se tem Messi do outro lado. Só que o técnico exagera, coloca praticamente sete defensores e mais dois meias que jogam atrás da linha da bola. Só Samaras no ataque, enquanto que Salpingidis e Gekas ficaram no banco, lembrando que apesar de limitados conseguiram certo destaque nos últimos tempos. A Grécia, portanto, entrou para se defender e perder de pouco, quando ainda poderia lutar pela vaga. Maradona, por outro lado, poupou a maioria dos seus titulares, mas escalou Messi, colocando o craque como capitão do time. Muito bem marcado por quatro ou cinco grandalhões, o baixinho virava um gigante, quando driblava, matava a bola no peito e ameaçava o gol de Tzorvas. O goleiro grego, diga-se de passagem, trabalhou (e muito) no jogo. Chances atrás de chances e Tzorvas sempre lá para defender. A Grécia só atacou no início do segundo tempo, quando o solitário Samaras aproveitou falha de Demichelis (o ponto fraco dos hermanos) e só não marcou o gol devido a sua incompetência na hora de finalizar. A defesa grega parecia uma parede, mas a artilharia argentina estava afim de quebrar esse muro helênico. Demichelis, logo ele, aproveitou cruzamento em cobrança de escanteio, cabeceou em Milito, a bola voltou e ele conseguiu concluir para as redes. Com o placar, a Grécia precisou sair para o jogo, mas lotada de zagueiros, era difícil imaginar algum lance criativo. Karagounis, Katsouranis e Torosidis (três dos melhores jogadores do time) saíram machucados. Messi, então, surgiu para fazer suas lindas jogadas. Em uma delas, a bola bateu na trave. Em outra, Tzorvas espalmou e a bola sobrou para Palermo (que tinha entrado pouco antes) completar para as redes. A tática de 2004 não funcionou e já é hora de Otto Rehaggel mudar seus conceitos, ou a Grécia trocar de técnico. Maradona, tão criticado nas eliminatórias, viu sua Argentina triunfar nos três jogos da fase de grupos e se tornar cada vez mais favorita ao tri. Cá pra nós, é a única seleção com cara de campeã até agora.

Coréia do Sul 2x2 Nigéria


Claro que poucos brasileiros trocaram o jogo da Argentina pelo encontro entre nigerianos e sul-coreanos. Mas quem fez isso, acredite, não se arrependeu. Foi um jogo bom, cheio de alternativas e com as equipes abertas, buscando o gol a todo momento. A Nigéria, sabendo que só a vitória poderia colocá-la nas oitavas de final, partiu com tudo para cima desde os primeiros minutos, tanto é que não demorou a abrir o placar com Kalu Uche. Com Obasi, Yakubu, Kanu e o próprio Uche, a seleção africana era bastante ofensiva na partida. A Coréia não ficava atrás, sempre contando com a criatividade de Park Ji-Sung e com o talento de Park Chu-Young. O jogo, então, era lá e cá. Uche acertou a trave, após linda jogada de Obasi, mas quem fez o gol foi a Coréia do Sul, quando o zagueiro Lee Jung-Soo aproveitou cruzamento em cobrança de falta. As emoções aumentaram ainda mais no segundo tempo, principalmente depois que Park Chu-Young acertou lindo chute em cobrança de falta e colocou a seleção asiática em vantagem no placar. A Nigéria, então, abusou de perder gols. Em um desses, Yakubu conseguiu o mais difícil, sozinho e sem goleiro, deu um toque rasteiro e a bola caprichosamente foi para fora. Se ele repetisse essa jogada mais umas 100 vezes, não conseguiria jogar a bola para fora. Logo depois, ele se redimiu, empatando a partida em cobrança de pênalti. A Coréia do Sul, preocupada com a possibilidade da Grécia vencer a Argentina, partiu para o ataque e o jogo ficou ainda mais aberto. Park Chu-Young e Lee Chung-Young foram impedidos de fazer o terceiro gol pelo bom goleiro Enyeama, enquanto que Oba Oba Martins mandava para fora uma grande chance para a Nigéria vencer o jogo do lado de lá. Victor Obinna, em chutes de fora da área, ainda tentou o gol da vitória, mas não conseguiu acertar o alvo. Com muita emoção, principalmente no final da partida, o resultado de 2x2 colocou os sul-coreanos, pela primeira vez fora de casa, na segunda fase de uma Copa do Mundo. A Nigéria, por outro lado, fica pela segunda vez consecutiva na primeira fase de um Mundial, repetindo a campanha medíocre de 2002, quando saiu da Copa com apenas 1 ponto. Desde 1986, a África tem sempre um representante passando de fase. Dessa vez, Nigéria, Camarões e África do Sul já ficaram pelo caminho e a Costa do Marfim precisa de um verdadeiro milagre para passar de fase. Gana e Argélia, que dependem de vitória simples, não são favoritas em seus jogos e, por isso, na Copa da África é bem possível que o continente não esteja representado na fase de mata mata. Se o Egito estivesse lá, talvez a história poderia ser diferente. Mas futebol é mesmo imprevisível e, quem sabe, a própria Argélia, responsável pela eliminação dos faraós, não surpreenda o mundo amanhã.

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