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Holanda 2x1 Brasil; Uruguai 1 (4) x 1 (2) Gana

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Holanda 2x1 Brasil




Se a Copa fosse disputada de dois em dois anos, certamente a Holanda já teria sido campeã do mundo. Gerações como as de Cruyff, Van Basten e Bergkamp tinham caixa para isso. Como a competição é de quatro em quatro anos, um torneio rápido que muitas vezes prega peças em seleções favoritas, é difícil analisar quais são as potências através de números frios: Brasil (cinco títulos); Itália (quatro); Alemanha (três); Argentina e Uruguai (dois); Inglaterra e França (um). Será que Hungria, Tchecoslováquia e Holanda, duas vezes vice-campeãs do mundo cada uma, são tão pequenas assim? E a Espanha, duas vezes campeã da Eurocopa? Enfim, ouvi durante a semana que a Holanda não é grande, que não tem tradição e que Brasil x Holanda não deveria ser considerado um clássico, segundo um “jornalista esportivo” do Sportv. Bom, essas duas seleções disputaram três jogos decisivos de Copa do Mundo até a edição de 2010, com 1 vitória para cada e 1 empate, sendo que nesse empate, o Brasil conseguiu a vitória através da disputa de pênaltis. Em 2010, esse encontro ganhou mais um capítulo, com vitória da Holanda por 2x1, uma vitória épica que comprova o quanto esse confronto tem que ser considerado um verdadeiro clássico da história do futebol mundial.
Como tal, não tem um favorito definido. Eu, particularmente, achava que qualquer coisa poderia acontecer em uma partida tão equilibrada. Sneijder e Robben são jogadores diferenciados, enquanto que a defesa da seleção brasileira é considerada a melhor do mundo. Tamanho é o equilíbrio desse confronto, que houve dois tempos distintos. No primeiro, o Brasil dominou uma nervosa Holanda, poderia até ter saído com um placar maior do que 1x0. No segundo, a Laranja Mecânica foi incorporada por esse esforçado time e a Holanda virou o jogo para 2x1. É uma epopéia. Van Basten, ídolo como jogador, dirigiu a Holanda na Copa de 2006 e na Euro 2008, mas o time caiu sempre no primeiro jogo do mata-mata, após uma primeira fase tranquila. Faltava algo mais para esse time, que jogava bonito, mas não aprendia a ter calma suficiente para jogos decisivos de torneios tão importantes. Bert Van Marwijk, portanto, foi contratado com o simples objetivo de ser campeão do mundo. O time, então, aprendeu a ser pragmático, tocar a bola com paciência e nunca partir com tudo para cima quando está perdendo o jogo. Foram oito vitórias em oito jogos das eliminatórias e mais nove vitórias nos nove jogos que disputou em 2010, sendo cinco nessa Copa e quatro em amistosos, quando passou por times como México, EUA e Gana (todos fizeram boas campanhas na África do Sul). Enfim, mas na Copa eu ainda escutava de um “jornalista” que a Holanda ainda não pegou ninguém. Dinamarca, Camarões e Japão foram desprezados e até mesmo a Eslováquia que tirou a Itália não era considerada por esse senhor, que ainda nem tem quarenta anos. Será que o Brasil também não é ninguém para ele? Enfim, a resposta foi dada em campo. Esse desabafo não é por torcer por uma ou outra seleção, tento ser o mais imparcial possível, mas certos “comentários” de gente que só acompanha futebol internacional de quatro em quatro anos, realmente me irrita.
É um grande erro culpar o técnico Dunga. Por mais que tenha sido arrogante ou intransigente em alguns momentos, o treinador não pode resolver dentro de campo. O Brasil, no primeiro tempo, teve uma atuação de gala, com a mesma formação que todos criticaram depois. Ou seja, se tivesse ganhado o jogo, Dunga seria o melhor técnico do mundo. Se não fosse uma defesa de Stekelenburg em chute de fora da área de Kaká, o Brasil abriria 2x0 e complicaria a vida dos holandeses. No primeiro gol, o criticado Felipe Melo deu uma assistência perfeita para Robinho abrir o placar. Depois disso, só deu Brasil no jogo. No início, é verdade, a Holanda até que começou bem, mas a seleção canarinho cometeu muitas faltas, tentando intimidar os jogadores adversários. Acho que a equipe tentou catimbar o jogo, no estilo da Argentina há alguns anos. A tática surtiu efeito e a Holanda se intimidou em campo. Michel Bastos, logo no começo, cometeu falta dura em Robben, mas nem recebeu o cartão. Não gostaria de usar a palavra “medo”, mas foi essa a sensação que a seleção europeia passou na primeira etapa. O Brasil, então, dominava uma equipe nervosa. Só que a única grande chance foi mesmo a do gol e a do Kaká, que surgiu após boa jogada de Robinho e Luís Fabiano. Começa o segundo tempo e a seleção holandesa volta com a mesma postura, mas sem o medo de antes. A Laranja, em nenhum momento, partiu pra cima e deu espaços para os contra-ataques, como aconteceu com chilenos e marfinenses quando enfrentaram o Brasil. Esse equilíbrio da Holanda é o que pode fazer a diferença na hora de decidir uma Copa do Mundo. O Brasil, vendo que o adversário não se abria, começou a ficar nervoso. Aliás, os jogadores sempre estiveram desequilibrados nessa Copa, basta pegar o jogo contra a Costa do Marfim como exemplo. Em carrinho de Michel Bastos, o árbitro deu falta que foi rapidamente batida pelos holandeses. Robben devolveu a bola para Sneijder que jogou a bola para a área, Júlio César saiu mal, bateu cabeça com Felipe Melo, à bola desviou no volante brasileiro e entrou. Em 2002, um gol assim, no acaso, de Ronaldinho Gaúcho salvou o Brasil diante da Inglaterra nessa mesma fase do Mundial. Enfim, com o gol, o time brasileiro partiu com tudo, perdeu o controle. A Holanda, surpreendentemente fria, fez o segundo gol em jogada ensaiada. Robben bateu o escanteio, Kuyt desviou e a bola sobrou para Sneijder mandar de cabeça para o fundo das redes. Com a virada holandesa, os jogadores sul-americanos mostraram total despreparo para jogar uma competição tão importante. A entrada de Felipe Melo em Robben foi criminosa. Expulso do jogo e o Brasil expulso da Copa. Agora é pensar em 2014, quando a seleção tem a obrigação de fazer bonito em casa. A Holanda, por outro lado, tem tudo para disputar a final da Copa, será favorita contra o Uruguai na semifinal. Bert Van Marwijk sabe muito bem que não tem um carrossel em suas mãos e esse é o grande trunfo dessa seleção. Sneijder pode se tornar, caso a Holanda conquiste o título, o melhor jogador do mundo em 2010, até mesmo pela conquista da Internazionale na Champions League. O problema é a concorrência de Messi. Mas para chegar ao título pode ter que enfrentar Alemanha ou Argentina, algozes nas Copas de 74 e 78, ou mesmo a Espanha, o que representaria um campeão do mundo inédito para a primeira Copa na África.

Uruguai 1 (4) x 1 (2) Gana




Um jogo para os almanaques. Uruguaios e ganeses fizeram uma partida espetacular que terminou de forma dramática para os africanos, que sonhavam em fazer história e representar o continente pela primeira vez em uma semifinal de Copa do Mundo. Em 120 minutos de bola rolando, as seleções alternaram momentos e mostraram o grande equilíbrio entre elas. Na primeira meia hora de jogo, o Uruguai dominou. Um quase “gol contra” de Vorsah e uma chance clara de Luis Suarez fizeram os uruguaios sonharem com o gol e uma classificação tranquila. Mas na reta final do primeiro tempo, Gana cresceu muito e criou oportunidades mais claras. O gol de Muntari, no último lance do primeiro tempo, era um aviso que até o último segundo haveria a oportunidade de surgirem heróis e vilões na história dessa partida. Muslera saiu como vilão no primeiro tempo, até por levar um gol bobo, de fora da área. Mas no conjunto da obra, seria um dos heróis. O segundo tempo mal havia começado e Forlan cobrou falta do lado esquerdo e empatou o jogo. Kingson falhou no gol. A partir daí, Luis Suarez perdeu três chances claras, em uma delas a bola havia passado por Kingson após cruzamento de Forlan, mas o goleador do Ajax mandou para fora. Vilão? Bom, começa a prorrogação e o jogo se arrasta até o último lance do segundo tempo. O jogo já ia para os pênaltis, quando Luis Suares salvou um chute de Appiah, em cima da linha, após falha de Muslera. No rebote, Mensah mandou de cabeça e, sem nenhuma possibilidade de evitar o gol com as pernas ou cabeça, Suarez espalmou o que seria um gol certo de Gana. Ele foi expulso! Então ele se tornou o vilão, certo? Enfim, Asamoah Gyan, herói da classificação na primeira fase e nas oitavas, foi para a cobrança e... mandou no travessão. Suarez, chorando, parou para ver o lance e de vilão virou herói. Comemorou muito, soltou um grito de alívio... Caso saísse o gol, seria o “culpado”, mas como Gyan perdeu a cobrança, ele se torna o grande herói, que será sempre lembrado na história das Copas. O jogo foi para os pênaltis, Forlan e Gyan (precisando se redimir) converteram as primeiras. Ah, você se lembra quando eu disse que Muslera também deixaria de ser um vilão para se tornar um herói? Ele defendeu as cobranças de John Mensah e de Adiyiah, que bateram muito mal. Loco Abreu, com direito a sua manjada cavadinha, foi o responsável pela classificação da celeste. Gyan chorou tanto que deu pena. Alguém, nessa história, seria o culpado e alguém seria o herói. A mão de Luis Suarez seria uma reedição da “mão de Deus”? Fato é que mudou a história das Copas, que estava pronta para ter uma seleção africana entre as quatro melhores. A celeste olímpica voltou, está em uma semifinal depois de quarenta anos. O sonho é passar pela Holanda, favorita do jogo. Mas quem disse que os sul-americanos querem ser favoritos? A Copa prossegue e Uruguai x Holanda será mais um confronto épico, com toda a certeza.

Fala Zakumi!


Alemanha x Argentina
Um dos maiores clássicos do futebol mundial. Por duas vezes, Alemanha e Argentina decidiram uma Copa do Mundo. Os argentinos venceram em 1986 e os alemães deram o troco em 1990. Na Copa de 2006, jogaram pelas quartas de final e a Alemanha conseguiu a vitória nos pênaltis. Sempre um grande jogo e a expectativa é que isso se repita amanhã.

08.06.1958 Argentina 1x3 Alemanha Ocidental (Copa do Mundo)
16.06.1966 Argentina 0x0 Alemanha Ocidental (Copa do Mundo)
14.02.1973 Alemanha Ocidental 2x3 Argentina (amistoso)
05.06.1977 Argentina 1x3 Alemanha Ocidental (amistoso)
12.09.1979 Alemanha Ocidental 2x1 Argentina (amistoso)
01.01.1981 Alemanha Ocidental 1x2 Argentina (amistoso)
24.03.1982 Argentina 1x1 Alemanha Ocidental (amistoso)
12.09.1984 Alemanha Ocidental 1x3 Argentina (amistoso)
29.06.1986 Argentina 3x2 Alemanha Ocidental (Final da Copa do Mundo)
16.12.1987 Argentina 1x0 Alemanha Ocidental (amistoso)
02.04.1988 Alemanha Ocidental 1x0 Argentina (amistoso)
08.07.1990 Alemanha Ocidental 1x0 Argentina (Final da Copa do Mundo)
15.12.1993 Alemanha 1x2 Argentina (amistoso)
17.04.2002 Alemanha 0x1 Argentina (amistoso)
09.02.2005 Alemanha 2x2 Argentina (amistoso)
21.06.2005 Argentina 2x2 Alemanha (Copa das Confederações)
30.06.2006 Alemanha 1(4) x 1(2) Argentina (Copa do Mundo)
03.03.2010 Alemanha 0x1 Argentina (amistoso)

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