Brasil do "Mano" encanta os manos.

Em uma atuação de gala, a jovem seleção brasileira passou com facilidade pela seleção norte-americana. Na verdade, o placar final de 2x0 acabou não refletindo a superioridade dos canarinhos na partida. Chances atrás de chances para o lado brasileiro, que imprimiu um ritmo alucinante durante os 90 minutos de jogo. Os EUA não respiraram durante a partida, os goleiros Howard (primeiro tempo) e Guzan (etapa final) trabalharam como nunca, se consagraram. Na realidade, se não fosse a boa atuação, sobretudo de Guzan, o Brasil teria conseguido uma goleada histórica. Neymar e Ganso, tão solicitados por imprensa e torcida para o Mundial de 2010, jogaram com uma leveza impressionante. Ganso, com sua categoria que lhe é peculiar, sempre deixava um ou outro companheiro na cara do gol. Já Neymar ocupava todos os lugares do campo e nenhum ao mesmo tempo, sempre usando sua grande velocidade e, claro, sua habilidade. Mano Menezes escalou o time no 4-2-3-1, a tática do futebol moderno e que se consagrou nos últimos anos, principalmente com Espanha, Holanda e Alemanha, as três melhores seleções da Copa do Mundo. Com essa formação, Robinho e Neymar jogaram mais abertos pelos flancos, Ganso centralizado nessa linha de três e Alexandre Pato mais a frente, com uma boa liberdade de movimentação. Vale ressaltar que Pato foi outro que fez uma partida brilhante. O time todo foi muito bem. A dupla de volantes formada por Ramires e Lucas estava perfeita, da mesma forma que a dupla de zaga com David Luiz e Thiago Silva que, na minha opinião, são os mais fortes candidatos para formarem a dupla titular em 2014. André Santos, que viu os meias Michel Bastos e Gilberto ocupando sua posição na Copa, conta com a confiança do ex-treinador do Corinthians (seu ex-clube) e tem tudo para se firmar, enquanto que Daniel Alves dispensa apresentações.
Enfim, o Brasil construiu sua vitória em jogadas bem trabalhadas. No primeiro gol, André Santos fez o cruzamento da esquerda e Neymar, sem sair do chão, mandou de cabeça para o fundo das redes. No segundo, um rápido contra-ataque, onde Ganso encontrou Ramires, que deu um bonito toque para Alexandre Pato fazer o gol. Na etapa final, a seleção brasileira continuou envolvendo o adversário, sempre com toques rápidos. Foram vários gols perdidos por Alexandre Pato, Neymar, Robinho, Ganso, Carlos Eduardo e André (que entraram no seg. tempo). A seleção dos Estados Unidos, é verdade, não está entre as melhores do mundo, mas certamente já faz parte do chamado segundo escalão do futebol mundial, até pelos bons resultados obtidos nessa década. A equipe é experiente, com jogadores importantes como Donovan e Bocanegra, e isso valoriza (e muito) a vitória de um time que nasceu agora. Mano Menezes agradou ao colocar o que tem de melhor e ao passar a ideologia do futebol ofensivo para o seu elenco. Se permanecer assim, o Brasil pode voltar a ser uma das mais fortes seleções do mundo, status que perdeu faz algum tempo. Não sou de fazer coro ao que dizem a imprensa e os torcedores, mas é fato que Dunga é um técnico retranqueiro, que poderia fazer sucesso numa Itália ou Grécia, por exemplo. Quanto aos meninos da Vila, eu admito que não concordo com algumas atitudes do Neymar, mas acho que o garoto ainda pode ser lapidado para se tornar um dos grandes jogadores do futebol mundial. Tendo uma visão imparcial da coisa, vai me dizer que você não queria um Neymar ou Ganso no seu time (ou seleção)? Toda sorte do mundo para o Brasil do Mano, que encantou os brasileiros e tem tudo para voltar a ser um time popular entre os manos.

Itália perde para a Costa do Marfim


A Azurra ainda não venceu em 2010. Entre amistosos e a decepção nos jogos da Copa do Mundo, a seleção italiana já trocou de técnico (Lippi por Prandelli) e, mesmo assim, continua seu inferno astral. Dessa vez, derrota para a Costa do Marfim pelo placar de 1x0, gol de Kolo Touré. O ex-treinador da Fiorentina, a exemplo de Mano Menezes por aqui, chamou todos os jogadores que imprensa e torcedores queriam na Copa, como é o caso de Cassano, Balotelli e Amauri, por exemplo. Não adiantou nada! A equipe, é verdade, até criou algumas chances de gol, mas podemos dizer que a seleção marfinense foi melhor nos 90 minutos. Sem Sven-Goran Eriksson, que mais atrapalhou do que ajudou, a Costa do Marfim voltou a ser aquele time solto que tirava o sono das grandes seleções. Na Copa, inspirada pela ideologia defensiva de seu treinador, a seleção africana fez feio nos jogos contra Brasil e Portugal e quando acordou já estava praticamente eliminada. Enfim, a equipe foi dirigida por François Zahoui e não contava com Drogba, que passou por cirurgia e só deve voltar a ser chamado durante as eliminatórias para a CAN 2012, que começam no mês que vem. Gervinho e Kalou nas pontas, Doumbia centralizado e a Costa do Marfim jogou com três atacantes. Essa era a formação que eu queria na Copa, mas com Drogba no lugar de Doumbia, obviamente. O time, jogando mais solto, tem capacidade e qualidade para incomodar o adversário com frequência. A defesa italiana, formada por Chielinni e Bonucci, sofreu. A melhor chance da primeira etapa foi de Gervinho, que tabelou com Doumbia, ficou na cara gol, mas mandou para fora. A grande chance da Itália, que já havia assustado em bolas paradas, aconteceu quando Cassano cruzou para Amauri perder o gol. Na etapa final, a Azurra começou melhor e parecia que o gol era questão de tempo. O lateral Motta, uma das novidades da lista, acertou a trave, depois Pepe chutou bem, mas o goleiro Yeboah salvou. O gol, no entanto, foi dos elefantes, aos 10 minutos, após cruzamento de Demel pela direita e conclusão de Kolo Touré. Como sempre acontece nos amistosos, o número exagerado de alterações esfria o jogo, que permaneceu em "banho maria" até o final. Em Setembro, a Itália pega Estônia e Ilhas Faroe pelas eliminatórias para a Eurocopa. O time, que ainda não venceu em 2010, tem obrigação de fazer 6 pontos contra seleções de um nível técnico muito inferior. Qualquer resultado que não seja a vitória nesses jogos, será uma grande zebra. Para quem ficou em último lugar em grupo com Nova Zelândia, Paraguai e Eslováquia, nada é impossível.

Coréia do Sul derrota a Nigéria


Comandada pelo novo técnico, Cho Kwang-Rae, a Coréia do Sul derrotou a Nigéria por 2x1, em amistoso realizado nesta Quarta-Feira. As seleções se enfrentaram em Junho, um jogo decisivo pela Copa do Mundo, que valeu a classificação dos coreanos e a eliminação dos nigerianos após um empate dramático por 2x2. O confronto amistoso aconteceu no estádio Suwon e os gols foram marcados por Yoom Bit-Garam e Choi Hyo-Jin (Coréia), enquanto que Odemwingie descontou para a Nigéria, que foi dirigida interinamente por Augustine Eguavoen. Essas seleções, a partir de agora, pensam nas competições continentais. Em Janeiro, a Coréia do Sul disputará a Copa da Ásia no Catar, enquanto que a Nigéria começa, em Setembro, as eliminatórias para a Copa Africana de Nações, que ocorre em 2012.