Grandes Seleções que não levaram a taça! (Faltam 9 dias)

Camarões- Copa do Mundo 1990

A Copa de 1990 foi sem graça. Com as principais seleções jogando um futebol feio, alguns coadjuvantes ganharam fãs pelo mundo. A seleção de Camarões, liderada pelo experiente Roger Milla, foi a grande surpresa daquela competição. Os leões indomáveis eram os menos cotados em grupo com Argentina, URSS e Romênia. No jogo de abertura da Copa, aconteceu o que ninguém esperava. Com gol de Oman-Biyik, Camarões derrotou a Argentina de Maradona por 1x0. A “zebra” repercutiu por todo o mundo. Muitos acreditaram que o resultado foi somente uma “obra do acaso” e que os leões indomáveis perderiam o seu jogo seguinte, para a Romênia. Mas, outra vez, Camarões fez sua parte e com dois gols de Roger Milla, a equipe africana venceu os europeus pelo placar de 2x1. Já garantida na fase seguinte, a seleção camaronesa relaxou no jogo final contra os soviéticos e perdeu por 4x0. Na Copa “sem sal”, Camarões encontrou no mata-mata uma outra seleção coadjuvante que adorava emoções: Colômbia. Depois do placar de 0x0 se arrastar durante os 90 minutos, o confronto foi para a prorrogação. Roger Milla, novamente, foi o homem do jogo, abrindo 2x0 para os africanos. No segundo gol, Milla tomou a bola de René Higuita, que tentou sair jogando fora da sua área. A famosa dançinha em volta da bandeira do escanteio se popularizava pelo mundo, graças ao talento de Milla. Curioso é que o veterano jogador sempre começava os jogos na reserva! No fim, a Colômbia ainda diminuiu, mas foram os camaroneses que festejaram (e muito) a vitória. Nas quartas de final, outro jogo eletrizante, dessa vez contra a Inglaterra. Camarões já havia conseguido a proeza de se tornar a primeira seleção africana a chegar entre os oito melhores da Copa do Mundo, mas ainda queria mais. No intervalo, a Inglaterra vencia por 1x0, gol de Platt. No segundo tempo, os britânicos não conseguiram acompanhar a correria dos africanos, que viraram o jogo com gols de Kunde e Ekeke. Lineker, de pênalti, empatou para a Inglaterra, aos 37 minutos da segunda etapa. Novamente, Camarões disputava uma prorrogação. O futebol alegre e vistoso dos leões indomáveis já havia conquistado o mundo. Nem o gol de Lineker, outra vez de pênalti, que deu a vitória ao English Team, foi capaz de atrapalhar a felicidade dos torcedores africanos que compareceram ao estádio San Paolo, em Nápoles. A Inglaterra se classificou! O técnico Nepomniachi mandou a campo, na partida contra os ingleses, a seguinte formação: N’Kono, Tataw, Ebwelle, Massing, Kunde, Pagal, Libiih, Mfede, Mabdean, Makanaky e Oman-Biyik. Milla entrou no intervalo, no lugar de Mabdean. Nem de longe era um timaço, como a Holanda de Van Basten ou a Argentina de Maradona, mas era um conjunto esforçado e rápido. A verdade é que, com um gostinho de “quero mais”, os africanos voltaram para casa.

Fala Zakumi!


* Embora tenha falhado na final da Copa de 2002 contra o Brasil, o alemão Oliver Kahn é o único goleiro escolhido pela FIFA como melhor jogador de uma Copa do Mundo.

* O jogo entre Irã e EUA, pela Copa de 1998, era esperado com ansiedade pelo mundo inteiro, devido aos problemas diplomáticos entre as duas nações. Quando entraram em campo, os jogadores deram um exemplo de cordialidade, ao trocarem rosas brancas e tirarem a foto oficial da partida unidos. Os iranianos venceram por 2x1.

* Mesmo sendo a sede da Copa de 1934, a Itália precisou disputar as eliminatórias. Mas não passou nenhum susto e goleou a Grécia por 4x0.